Quercus Suber
O sobreiro (Quercus suber) é uma árvore da família do carvalho, cultivada no Sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. O sobreiro é, juntamente com o Pinheiro-bravo, uma das espécies de árvores mais predominante em Portugal, sendo mais comum no Alentejo litoral e serras algarvias. Pode ter até 20 m, mas normalmente terá 15 m.
Graças à cortiça, o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. A extração da cortiça não é (em termos gerais) prejudicial à árvore, uma vez que esta volta a produzir nova camada de "casca" (súber) com idêntica espessura a cada 9 anos, período após o qual é submetida a novo descortiçamento.
O sobreiro também fazia parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da acção do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do género Quercus.
Distribui-se essencialmente pela Península Ibérica e por alguns locais mais húmidos do norte de África. Em Portugal, ele predomina a Sul do rio Tejo, surgindo naturalmente associado: ao pinheiro-bravo, nos terrenos arenosos da Península de Setúbal, Vale do Sado e no barlavento algarvio; à azinheira (Quercus ilex), nalgumas regiões do interior alentejano, zona nascente da serra algarvia, Tejo Internacional e Douro Internacional; ao carvalho-cerquinho (Quercus faginea), na Estremadura, Alentejo Litoral e Monchique; ao carvalho-das-canárias (Quercus canariensis), na região de Odemira-Monchique; ao carvalho-negral (Quercus pyrenaica), em alguns pontos da Beira Interior e Alto Alentejo, como as Serras da Malcata, São Mamede e Ossa. Surge ainda em alguns pontos de clima atlântico com pluviosidades extremamente elevadas, como na Serra do Gerês, onde predomina nas encostas mais soalheiras.