As fontes públicas permitiram a sobrevivência das populações até à chegada da água canalizada a todas as casas. Durante séculos, as populações deslocavam-se, de cântaro na mão ou à cabeça, para obter o maior bem essencial.
As fontes foram durante muitos anos locais de culto, encontro e convívio das gentes que viviam em seu redor. As suas histórias e lendas fazem assim parte da memória coletiva destas populações.

Neste projecto GC irão visitar algumas dos pontos de água potável mais importantes da freguesia de Santa Margarida da Coutada.

 

Esta é a fonte mais antiga da freguesia, com lavadouro adjacente.Construída em 1849, um ano depois da Fonte Velha na sede do concelho, foi uma das mais importantes obras do século para os habitantes das localidades a Sul do Tejo do concelho de Constância. Para além do valor patrimonial, dada a imponência, a singeleza e a sobriedade do seu espaldar e do lavadouro adjacente, a sua água constituiu um vital bem dado à escassez que existia e as doenças que derivavam da ingestão de água nas fontes de chafurdo da região.

 

Os habitantes da Aldeia e dos locais circundantes contribuíram para a edificação desta fonte, através de pequenas dádivas, da colaboração na construção ou na cedência de materiais, revelando a união de um povo em prol de um equipamento essencial para a história e para a vivência destas gentes.

Nos finais do século XX foi recuperada, embelezada e requalificada, assim como o lavadouro, e enquadrada paisagisticamente no Açude de Santa Margarida.

 

 

 

Recordada por várias gerações, esta fonte monumental foi local de enamoramento por excelência, de encontro e convívio social, onde as lérias à desgarrada faziam as delícias dos populares, pela enorme afluência de pessoas e de animais que aqui acorriam com as cangalhas e com os cântaros.

Sendo, ainda hoje, local de encontros e de romarias em busca de água para os consumos domésticos, se diz que quem bebe da água da Fonte de São João da Aldeia ali encontrará o marido ou a esposa ideal.

 

Foi sempre bom molhar a cara na água desta fonte por alturas do São João, por ser esta água que sela os amores e faz lindas as raparigas.

Atualmente, as gentes da localidade de Aldeia retomaram tradições e pelo S. João enfeitam a fonte com flores e rosmaninho.

 

 

 

 

 

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