Esta cache é baseada na cache original chamada Fooogo! que aqui esteve e que foi uma das primeiras caches que eu procurei em 2011.
Todas as referências do texto são de um livro com o título "A Artilharia Antiaérea em Portugal", propriedade do Regimento de Artilharia Antiaérea nº 1, disponível aqui.
No decorrer da II Guerra Mundial, era comum assistir-se a bombardeamentos aéreos sobre as cidades, como estratégia de persuasão para levar os países à rendição. Portugal, que até então mantinha uma histórica aliança com o Reino Unido, ocultada sob a capa da neutralidade, passou a ser considerado como um possível interveniente ao lado dos Aliados. (P. 181)
Portugal, temendo um ataque da poderosa Força Aérea alemã à cidade de Lisboa, mantendo uma plena consciência de que as suas Forças Armadas não possuíam condições para garantir a defesa do Território Nacional contra este tipo de ameaça, deu início a uma série de estudos para garantir a Defesa Antiaérea contra ameaças externas. (P. 181)
O Plano Barron
O “Plano Barron” identificou vários pontos vulneráveis no seio e imediações de Lisboa. [...] Como pontos vulneráveis situados nos arredores e a grandes distâncias da Cidade, foram identificados: o Centro de Aviação Naval, em construção a Oeste de Samouco (Hoje Base Aérea do Montijo), a fábrica de Munições de Barcarena e duas grandes estações de Telegrafia sem Fios. (P.183)
Foi através da aprovação oficial da relação dos meios necessários para a implementação do “Plano Barron” que Portugal abandona o conceito de “defesa afastada”, vertido no antecessor “Plano Mínimo de Defesa Antiaérea de Portugal”, e opta por um conceito de Defesa Aérea centrado em áreas vitais, particularmente em Lisboa, na capital do país. (P. 184)
A 22 de junho de 1940, procedeu-se ao levantamento da necessidade de adquirir 14 Baterias Pesadas (56 Peças de Artilharia Antiaérea (AA) 9,4 cm), 4 Baterias Ligeiras (60 Peças de Artilharia Antiaérea (AA) 4 cm) e 5 Baterias de Referenciação (90 Projetores); (P.186)
O dispositivo foi construído em duas fases, e Massamá foi a 2ª Bateria Pesada construída na segunda fase. (P.187)
Tinha uma peça de artilharia (AA) de 9,4 cm m/940 de conceção britânica com uma cadência de tiro de 8 a 12 tiros por minuto. (P. 194)
Cada Bateria Pesada dispunha nos seus paióis de 1.000 granadas (P.196)
Hoje restam apenas as suas duas plataformas mas mantém-se a excelente vista sobre o estuário do Tejo. A segunda plataforma está a noroeste do GZ.
O paiol desta Bateria está localizado por baixo da plataforma ao qual se pode aceder, se não estiver inundado, mas a entrada já não oferece todas as garantias. Avaliem o Risco.