Igreja Paroquial de Sºao João Baptista de Cavez - Edificio do Séc. 18 / 19.
Planta longitudinal composta por três naves e capela-mor, mais estreita, rectangulares, com torre sineira integrada na fachada principal, estreita capela lateral e sacristia rectangular, ambas adossadas lateralmente a S., à nave e à capela-mor, respectivamente. Volumes escalonados de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo da torre sineira. Coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na nave, capela-mor e capela lateral, uma água na sacristia e coruchéu pétreo rematado por esfera e cruz de ferro. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas regulares, com as juntas cimentadas, percorridas na nave por embasamento avançado, com pilastras toscanas nos cunhais coroadas por pináculos e cruz sobre esfera e acrotério nas empenas posteriores da nave e capela-mor. Remates em cornija, sob beiral nas fachadas laterais. Fachada principal orientada, em empena truncada por torre sineira, definindo três panos estruturados por pilastras, as do pano central emolduradas. Este pano apresenta portal principal de verga recta recortado nos cantos superiores, sobrepujado por modilhão que se liga a mísula gomada em nicho concheado com imagem pétrea de São João Baptista, enquadrado por pilastras de dupla ordem toscana decoradas por motivos fitomórficos e aletas. Remate em frontão de volutas interrompido. O nicho é encimado por óculo polilobado, erguendo-se sobre este pano a torre sineira. Panos laterais rasgados, inferiormente, por fresta jacente entaipada, e superiormente por janelão rectangular, em capialço, ladeado por óculo emoldurado em duplo círculo. Torre sineira enquadrada por pilastras toscanas nos cunhais emolduradas, rasgada por quatro sineiras em arco pleno e rematada por cornija com gárgulas de canhão nos vértices e balaustrada de pedra com pilastras nos cunhais sobrepujadas por urnas. Pano N. com relógio abaixo da sineira. Fachada lateral N. rasgada na nave por porta travessa de verga recta, ladeada por pequeno vão, quadrangular, e superiormente por dois janelões rectangulares, em capialço, surgindo junto ao topo direito uma cruz relevada de via sacra. Na capela-mor rasga-se janelão recortado em capialço. Fachada lateral S. marcada pelo escalonamento dos corpos, com pano da nave rasgado por porta travessa de verga recta encimada por dois janelões rectangulares, em capialço. Pano da capela lateral cego, em empena rematada por beiral. Pano da capela-mor com dois janelões em capialço, um acima do corpo da sacristia e outro a ladeá-lo. Sacristia rasgada no pano S. por porta de verga recta e no pano E. por janela quadrangular. Fachada posterior cega.
INTERIOR com três naves separadas por três arcos plenos assentes em pilares paralelepipédicos, com paredes integralmente revestidas a azulejos industriais de padrão, monocromos de estampilha azul. Pavimento em soalho e tecto em falsas abóbadas de berço, de madeira pintada e decorada com festões, cartelas e representações de São João Baptista com a Igreja de Cavez como fundo e dos quatro Evangelistas, as armas reais e as letras IHS. Coro-alto sobre estrutura de pedra integrando os pilares que suportam a torre sineira, e arcos das naves, com friso de óvulos e acima balaustrada de pau-preto. Acesso por escada de pedra adossada na nave, do lado da Epístola. Na parede fundeira ergue-se escadaria de acesso à torre. Sub-coro tendo do lado do Evangelho pia baptismal monolítica, com taça gomada e pequeno vão rectangular para guardar alfaias litúrgicas, encimado por painel de azulejos policromos figurativo, representando Cristo Redentor. Nos dois pilares centrais de suporte do coro encontram-se pias de água benta gomadas. Na nave principal dispõem-se confrontantes dois púlpitos adossados aos pilares centrais, de planta quadrangular, com base semi-oval, em granito, sobre modilhão fitomórfico, estriada inferiormente, e guarda plena policroma a dourado, com marmoreados a creme e verde, e escada helicoidal, em torno do pilar, em granito com guarda de ferro, e dois retábulos laterais confrontantes, junto ao arco triunfal, o do lado do Evangelho dedicado a Nossa Senhora do Rosário, e o do lado oposto a Santo António. Nas naves laterais dispõem-se quatro confessionários, em vãos de arco pleno, duas portas travessas ladeadas por pia de água benta com bordo boleado, ritmada por três elementos relevados unidos inferiormente, entre os quais surge corrente. Nas paredes testeiras surgem dois retábulos colaterais de talha policroma a branco, creme e dourado, dedicados a São José, do lado do Evangelho e ao Sagrado Coração de Jesus, do lado oposto. Junto a estes rasgados nas paredes das naves laterais surgem meios arcos plenos. Na nave lateral do lado do Evangelho, encontra-se retábulo lateral de Nossa Senhora de Fátima em talha policroma a branco, azul e dourado. Na nave oposta, capela retabular, à face, dedicada às Almas com retábulo de talha policroma a dourado, com marmoreados a vermelho, azul, verde e castanho. Arco triunfal pleno sobre pilastras toscanas. Capela-mor rebocada e pintada de rosa com silhar de azulejos industriais relevados, de padrão, policromos a amarelo e verde. Tecto em abóbada de berço de madeira pintada. Parede do lado da Epistola abre-se porta de acesso à sacristia. Sobre dois degraus de pedra ergue-se retábulo-mor de talha policroma a verde, bege e castanho, de planta convexa e três eixos, o central encimado por espaldar recortado coroado por frontão triangular. Os eixos são definidos por duas colunas de fuste marmoreado e terço inferior estriado com capitéis compósitos que sustentam o ático. Tribuna com fundo pintado com fundo pintado com querubins e trono de quatro degraus sustentando resplendor. Os eixos laterais apresentam fundo marmoreado e mísulas com imaginária. Altar em forma de urna com frontal pintado a marmoreado, friso e elementos fitomórficos. Sacristia com paredes decoradas por silhar de azulejos industriais de padrão, monocromos a azul. Pavimento em tijoleira. Lavabo de pedra com pia semicircular, depósito embebido na parede, com abertura em semicirculo e bica carranca com torneira.
TALHA: Retábulos laterais da nave central semelhantes de planta concava e um eixo estruturado por dois módulos de pilastra e coluna compósitas, de fuste relevado com concheados sobre plintos bojudos integrados no banco com vão emoldurado por motivos fitomórficos e concheados encimado por querubim, albergando, o do lado do Evangelho imagem, e o do lado oposto sacrário. Remate em espaldar recortado e decorado com apontamentos fitomórficos, querubins e conchas. Ao centro, nicho com remate contracurvado e fundo pintado de azul com flores. Altar recto com frontal decorado por painéis decorados por motivos fitomórficos e anjos; Retábulo das Almas de planta côncava, um só eixo definido por colunas salomónicas que se prolongam em arquivoltas unidas no sentido do raio por elementos fitomórficos. Todo o retábulo é emoldurado por motivos concheados e coroado por sanefa recortada com lamberquim. As colunas apresentam bases sobre plintos decorados por querubins, fustes relevados com motivos fitomórficos e capitéis compósitos. Entre as colunas surgem mísulas com imaginária protegida por baldaquino. As colunas são sobrepujadas por impostas ornadas com querubins. Painel central relevado com cena do Purgatório; Retábulos colaterais semelhantes, de planta recta e um só eixo com nicho central albergando imagens. O do lado do Evangelho está estruturado por duas colunas de fuste marmoreado e capitel compósito, com remate em frontão curvo sobrepujado por espaldar com aletas decorado por anjos segurando cartela. O do lado da Epístola está estruturado por duas colunas de fuste canelado e capitel compósito com remate em cornija quebrada com símbolo do orago no vértice, enquadrado por urnas e sobrepujado por espaldar decorado com festões.
1320 - Referência à vigaria de Cavez, taxada em 30 libras; 1726 - referência à Igreja de São João de Cavez que é uma das onze igrejas que o Arcebispo de Braga, D. Martinho de Oliveira, anexou ao Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, em tempo do Abade D. Martim Pires, sendo seu vigário o Padre Manuel Teixeira Rebelo; séc. 18 - reedificação da igreja; séc. 19 - colocação dos retábulos neoclássicos e revivalistas e execução das abóbadas; 1842 - Camilo Castelo Branco visita a igreja de Cavez; séc. 19, final - colocação de azulejos.
A Cache:
Vai encontrar um container pequeno com o objetivo de dar a conhecer a igreja, uma cache simples para que qualquer geocacher a possa encontrar. Não existe material de escrita nem espaço para trocas.