O Penedo é uma das vias de acesso à Vila, para quem vem da antiga estrada nº1, agora designada por IC2. Mesmo ao cimo da ladeira íngreme, surge-nos uma alta cruz em pedra, em frente a uma pequena capela, "A Capella de Nossa Senhora do Amparo". O largo era formado por uma penedia, sem resguardo e com altura de mais de cinco metros. No meio do largo havia um cruzeiro sobre a penedia. Segundo reza a lenda contada pelos mais antigos, em 29/04/1877 tinha havido um grande desastre à cruz do Amparo. Viajando dois estrangeiros, ao chegarem ao Hotel Castela (?), Apeou-se um deles, tendo ficado o outro na carruagem. Então, os cavalos desenfreados, seguiram pela rua do Penedo indo cair o carro do penedo abaixo. Apesar da grande altura, só um dos cavalos morreu. O conde Fernand dÁlviz, que ia dentro, ficou ferido, mas sem gravidade. O outro estrangeiro, que se tinha apeado, livrou-se, por isso, do desastre. A 05/05/1877, na semana seguinte à do desastre, deliberou a Câmara fazer ali uma cortina junto à ribanceira, para evitar a repetição do acidente. Esta deliberação não chegou, porém, a ser levada a efeito. Só 25 anos depois, em 1892 é que a Câmara ali mandou fazer um grande paredão por fora da penedia, com grades de ferro na cortina, acabando assim o precipício e ficando o lugar mais largo. Nessa ocasião foi colocada em cima do paredão a Cruz que se encontrava no meio do largo.

