O próprio autor do livro é um personagem da história, em que ele inicia no papel de narrador contando as recordações de infância. Ele adorava desenhar, mas alguns adultos lhe aconselhavam a deixar esse sonho para lá, e então ele se empenha na profissão de aviador.
Em uma de suas viagens pelas terras dos desertos do Saara, seu avião cai no meio do deserto. E após adormecer e acordar, se depara com o menino de baixa estatura, cabelos louros e que usava um cachecol vermelho no pescoço.
Ao longo da história, o Pequeno Príncipe conta as suas aventuras para o Piloto.
Conta sobre o seu planeta B-612, que era formando apenas por três vulcões, um que estava extinto e uma Rosa, a pivô do Pequeno Príncipe sair em suas viagens em busca do sentido das coisas.
O Piloto e o personagem principal criam um relacionamento de amizade e conversam sobre tudo, a amizade, o amor, a lealdade e a busca por si.
Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o Piloto vai percebendo que as pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida.
O Piloto
•Eterno solitário
•Imaginativo
•“Camaleão”
Representa a nossa própria imagem, o nosso reflexo na história e é ele que nos faz ver como deveríamos ver as coisas e como na realidade as vemos.
O piloto viu a sua sensibilidade artística e a sua capacidade de ver além das aparências diminuídas por aqueles que se tinham entregado à monotonia dos seus pequenos mundos, os adultos. Mas anos depois, longe de todos, desenha a sua própria história com a ajuda daquele que deixou o seu mundinho de lado para entrar nos mundos dos outros e aprender com eles. Tocado pela ingenuidade e simplicidade do principezinho, o piloto redescobre os seus talentos e desperta para a beleza das coisas simples,dos sentimentos, dos valores e também da causa do próprio egocentrismo das pessoas. Foi obrigado a crescer antes do tempo, o que o tornou um solitário por natureza. Foi obrigado a adaptar-se ao meio circundante, a camuflar-se tal como um camaleão quando se sente em perigo, mas de certa forma, sempre que encontrava alguém que lhe parecesse sensato e sensível mostrava o seu desenho de menino na esperança de que o compreendessem.
O piloto é a prova de que nunca é tarde para irmos atrás dos nossos sonhos. Sejamos como ele e resgatemos o principezinho que existe dentro de cada um de nós, pois a sua principal função na obra é mesmo essa, mostrar-nos que todos temos um pouco de si mas também muito do Principezinho.
“ As pessoas crescidas disseram que era preferível deixar-me de jibóias abertas e jibóias fechadas e dedicar-me à geografia, à história, à matemática e à gramática. E assim abandonei, aos seis anos de idade, uma magnífica carreira de pintor. Ficara completamente abalado com o insucesso do meu desenho número um e do meu desenho número dois. As pessoas crescidas nunca entendem nada sozinhas e uma criança acaba por se cansar de lhes estar sempre a explicar tudo.”
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