
A zona do ponto zero vista do Prado do Conho no Inverno
Saibro
O granito decomposto é a classificação da rocha resultante da meteorização do granito até ao ponto em que o material original se quebra prontamente em pedaços menores de rocha mais fraca. A meteorização adicional produz material que facilmente se desintegra numa mistura de partículas do tamanho de cascalho conhecidas como saibro, que por sua vez se podem decompor para produzir uma mistura de argila e areia de sílica ou partículas de silte.
Diferentes tipos específicos de granito têm diferentes propensões ao clima e, portanto, diferentes probabilidades de produzir granito decomposto. Têm utilizações práticas que incluem a sua incorporação em materiais de pavimentação e calçada, materiais de jardinagem residencial em ambientes áridos, bem como vários tipos de passarelas e caminhos de uso pesado em parques. Diferentes cores de granito decomposto estão disponíveis, resultantes da gama natural de cores de granito e de diferentes pedreiras; e a mistura de outros materiais naturais e sintéticos pode estender a gama de propriedades do granito decomposto.
Meteorização
A meteorização é a desagregação de rochas, solos e minerais bem como materiais artificiais devido ao contacto com a atmosfera terrestre, biota e água. A meteorização ocorre no local, ou “sem movimento”, e assim não deve ser confundida com erosão, que envolve o movimento das rochas e minerais devido a diversos agentes: água, gelo, neve, vento, ondas e gravidade. Assim os processos de meteorização alteram as características primárias das rochas; a erosão corresponde ao conjunto de processos físicos, que permitem remover os materiais resultantes da meteorização. A meteorização ajuda a fragmentar as rochas em pequenas porções, que, posteriormente serão erodidas.
A meteorização física ocorre em grande escala na forma de juntas de esfoliação, que são o resultado da expansão e fratura do granito à medida que a pressão é aliviada quando o material sobreposto é removido por erosão ou outros processos.
A meteorização química do granito ocorre quando o ácido carbónico diluído e outros ácidos presentes na chuva e nas águas do solo alteram o feldspato num processo denominado hidrólise. Como demonstrado na reação a seguir, isso faz com que o feldspato de potássio forme caulinite, com iões de potássio, bicarbonato e sílica em solução como subprodutos. Um produto final do intemperismo do granito é o saibro, que muitas vezes é feito de fragmentos de granito grosso de granito desintegrado.
2 KAlSi3O8 + 2 H2CO3 + 9 H2O → Al2Si2O5OH4 + 4 H4SiO4 + 2 K+ + 2 HCO3-
O granito não fracturado é impermeável, e como os processos de meteorização dependem da presença da humidade as superfícies graníticas expostas meteorizam-se lentamente. Contudo, quando o granito está enterrado no solo e em contacto com uma mistura reactiva de água, gases atmosféricos e o resultado da degradação de matéria orgânica, o granito degrada-se muito mais rápido. As fracturas no granito servem de avenidas para a circulação de água em profundidade permitindo assim a meteorização a um nível considerável abaixo da superfície rochosa. À medida que a meteorização afecta a rocha desde as superfícies de junção, as arestas e os cantos dos blocos vizinhos são afectados mais rapidamente que os lados porque são atacados ao mesmo tempo em duas ou três direcções. O granito remanescente e não meteorizado no centro das junções transforma-se num bloco arredondado, chamado rocha nuclear, e o processo da sua formação é uma forma de esfoliação chamada disjunção esferoidal. |
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Tipos de granito
As três fácies graníticas deste maciço aflorantes na área do PNPG apresentam texturas distintas:
Tipos de granitos no PNPG |
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Granito de Paufito |
Granito de Carris |
Granito de Gerês |
1 - porfiróide de grão grosseiro a médio no granito de Gerês;
2 - porfiróide a inequigranular de grão médio no granito de Paufito;
3 - granular de grão fino, por vezes porfiróide, no granito de Carris.
A observação macroscópica revela a ocorrência da mesma associação mineralógica nas três fácies: quartzo, feldspatos (feldspato potássico e plagioclase) e biotite. O granito de Gerês apresenta frequentemente uma coloração rósea que lhe é conferida pela presença de feldspato potássico róseo.
Fontes:
http://www.aprh.pt/rgci/glossario/escala.html
http://sopasdepedra.blogspot.pt/2011/12/das-rochas-sedimentares-15.html
http://www.dct.uminho.pt/pnpg/geol/gran_peneda_petro.html
Wikipedia
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