A Estrada do Barcal, em Monsanto, Lisboa, é envolta por um misterioso véu de lendas e mistérios que perduram há gerações. Esta estrada sinuosa e estreita, serpenteando entre árvores antigas e vegetação densa, é o palco de histórias que alimentam a imaginação e despertam a curiosidade dos que ousam explorá-la.
Os habitantes locais, por vezes relutantes em falar sobre o assunto, sussurram sobre avistamentos inexplicáveis e sensações estranhas que invadem quem se aventura por ali. Diz-se que, ao cair da noite, sombras misteriosas dançam entre os ramos das árvores, criando uma atmosfera de arrepiar os mais corajosos.
Os mais supersticiosos acreditam que a Estrada do Barcal é um lugar onde os véus entre o mundo dos vivos e dos mortos se encontram, permitindo vislumbres fugazes de uma realidade além da compreensão humana. Relatos de vozes sussurrantes e risos fantasmagóricos ecoam pelos recantos sombrios, deixando um rasto de mistério no ar.
A história oral da região conta que a estrada foi palco de eventos inexplicáveis ao longo dos séculos, desde aparições de figuras enigmáticas até sons inexplicáveis que ecoam pela noite. Os moradores mais antigos afirmam que é um lugar onde o tempo parece diluir-se, onde o presente e o passado se misturam numa dança enigmática.
Apesar dos rumores e das histórias que circulam, a Estrada do Barcal atrai aventureiros e curiosos, desafiando-os a explorar os seus segredos ocultos. Alguns buscam respostas racionais, enquanto outros procuram emoções fortes, mas todos são envolvidos pelo fascínio do desconhecido.
Assim, entre sombras dançantes e murmúrios enigmáticos, a Estrada do Barcal em Monsanto permanece um mistério encantador que continua a intrigar e a despertar a imaginação de quem se atreve a desvendar os seus segredos.
O Parque Florestal de Monsanto situa-se na Serra de Monsanto, no concelho de Lisboa. Tem uma área de 900 hectares submetidos ao regime florestal total, cerca de 10% do concelho de Lisboa, integrando o território de sete freguesias.
É o principal pulmão da capital portuguesa, o maior parque florestal português e um dos maiores europeus. Inclui espaços lúdicos que proporcionam aos habitantes e visitantes várias atividades, tais como desportos radicais, caminhadas, atividades ao ar livre, trilhos de btt-enduro, peças de teatro, concertos, feiras, exposições, e vistas únicas sobre a cidade de Lisboa e concelhos limítrofes, o estuário do rio Tejo e o oceano Atlântico.
No século XIX, a serra de Monsanto era coberta por searas e por pastos para gado. A importância da produção cerealífera é atestada pelos inúmeros vestígios de moinhos de vento. Tinha também várias pedreiras em actividade, de onde se extraía a matéria-prima para a crescente demanda urbanística da Lisboa da época.
Em 1868 o Eng. Florestal João Maria de Magalhães defende pela primeira vez a utilidade de arborizar o que seria o Parque Florestal de Monsanto, para benefício do clima e da paisagem de Lisboa. Mas só em 1929 foi criada a primeira comissão para elaborar plano de arborização da Serra de Monsanto.
Atualmente o Parque Florestal de Monsanto tem a dimensão aproximadamente de 900 hectares, mas já teve cerca de 1000 ha, tendo sido cedida em 2005 uma extensa faixa para possibilitar a construção da Radial de Benfica.