O Parque
Urbano das Camélias, com 2,5ha, encontra-se localizado numa vertente do
anfiteatro natural que abraça o centro da cidade de Braga, numa extensa
zona de espaços verdes e equipamentos municipais (mais de 60ha) como o
Parque da Ponte, Parque Urbano do Monte Picoto, Parque de Campismo,
Ecovia do Este, Piscinas Municipais, Estádio 1.º de Maio, Altice Fórum
e Escola Profissional de Braga.
Foi renovado em 2021 com recurso a financiamento do Programa
Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos
(POSEUR). Com a reabilitação deste espaço, disponibilizaram-se aos
cidadãos, mais áreas verdes de recreio e lazer, com aproveitamento das
águas pluviais, tanque e furo para rega, encurtamento de distâncias
entre espaços residenciais e equipamentos, percursos acessíveis,
inclusivos e seguros, bancos, mesas, bebedouros, papeleiras e miradouro
com bancada.
Além dos benefícios urbanísticos e paisagísticos inerentes à
reabilitação deste espaço são relevantes os benefícios ambientais,
sociais, culturais e de desenvolvimento turístico associados.
Criou-se assim um laboratório vivo de experimentação de soluções de
adaptação às alterações climáticas em meio urbano, em linha de conta
com a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas
(EMAAC).
O Parque das Camélias contribui para a educação ambiental,
experimentação de soluções amigas do ambiente, divulgação e
disseminação de boas práticas para novos empreendimentos e ações de
reabilitação noutros espaços deste género. São exemplos disso: os
painéis informativos sobre a EMAAC, a cobertura verde sobre o edifício
da receção do Parque de Campismo e futuro Centro de Interpretação do
Laboratório para a EMAAC, o aproveitamento das águas pluviais, do
tanque e do furo para rega, os percursos permeáveis, a junção de
corredor verde (parque) e azul (rio Este), a criação de mais zonas
naturais de sombreamento e o aumento da biodiversidade, desde logo,
através da eliminação das linhas elétricas que atravessavam o parque e
da arborização e respetivos prados, priorizando as espécies nativas,
nomeadamente, azevinho, medronheiro, sobreiro, carvalho-alvarinho,
vidoeiro e pilriteiro, entre outras, procedeu-se à eliminação e
controlo de espécies invasoras, como austrália e mimosa e ao
estabelecimento de faixas de colmatagem com arbustos nas vertentes
suscetíveis à erosão.
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