Praça da Batalha
No ângulo sudoeste da atual praça ficava situada a Porta do Cimo de Vila da Muralha Fernandina, junto da qual ficava a Capela de Nossa Senhora da Batalha. No século XVIII, a zona sofreu grandes transformações, sendo demolida a muralha.
No lado oriental da praça podemos ver um palacete brasonado mandado construir nos fins do século XVIII pela família Melo Correia e posteriormente vendido em 1826 por António de Melo Correia Pereira de Medela a José Anastácio da Silva da Fonseca, cavaleiro da Casa Real. Na altura do Cerco do Porto os proprietários pró-miguelistas abandonaram o palacete, o que fez com que o governo liberal lá se instalasse, usando-o para várias instituições públicas e hospital de sangue. Foi aqui que Bernardo de Sá Nogueira, mais tarde Marquês de Sá da Bandeira, foi internado após ter sido gravemente ferido, acabando-se por lhe amputar o braço direito ferido. Em 1842, foi restituído aos antigos donos e, em 1861, quando a câmara mandou terraplanar o largo, o palácio ficou cerca de um metro mais alto que o pavimento da praça. A câmara deu ao proprietário 800 mil réis de indemnização, dinheiro usado para rebaixar o pavimento do palácio. Estação central dos Correios, Telégrafos e Telefones ao longo de grande parte do século XX, em 2009 o edifício foi vendido ao grupo hoteleiro Hotel Dona Inês que aí prevê instalar um hotel de charme.
A praça é, desde 1866, dominada pelo monumento a D. Pedro V, da autoria de Teixeira Lopes, pai. Na praça está também localizado o Teatro Nacional São João e o Cine-Teatro Batalha.
A operação de reabilitação urbana realizada no âmbito do Porto 2001, envolveu a P da Batalha, o Lg Stº Ildefonso,a Rua 31 de Janieo, R. Augusto Rosa e Lg 1º de Dezembro, e foi coordenada pelo Arqº Adalberto Dias, tendo colaborado ainda os Arq. Fernando Távora, Alvaro Siza, Souto de Moura, Alcino Soutinho e J.Pedro Xavier.