Os fossos e minas de Valongo
As minas romanas das Serras de Valongo foram durante muito tempo utilizadas como vasadouro dos mais variados lixos. No seu interior corre um curso de água que, passando pelos detritos, surge no exterior sob a forma de uma nascente, que é usada para regas agrícolas. A A.E.S.D.A. Topografou o Fojo das Pombas e estudou o seu circuito hídrico, com o principal intuito de prevenir situações de perigo ao nível da saúde pública e também para dar os primeiros passos numa perspectiva de defesa e preservação do complexo mineiro.
Os problemas ambientais relacionados com as águas subterrâneas têm vindo a merecer uma atenção mais aprofundada por parte das associações, autarquias e até do grande público. São conhecidos os efeitos nefastos da poluição nos lençóis freáticos e cursos de água subterrâneos, mas abundam persistentemente os casos de despejo de lixos, entulho e substâncias tóxicas para o interior de grutas e minas. Na Serra de Santa Justa em Valongo, sucedem precisamente as referidas situações.
A existência de um complexo sistema mineiro inactivo, com diversas comunicações para a superfície (fojos) tem, desde há longo tempo, sido o “lugar ideal” para fazer desaparecer quantidades imensas de lixo e entulho. Para quem visitava o interior da mina o espectáculo era sem dúvida revoltante: pneus, plásticos, latas de tinta, cadáveres de animais em decomposição e até a carcaça de um automóvel, faziam parte do fabuloso conteúdo das galerias, enviado através dos poços. Para agravar a situação, um curso de água estigial banhava todos estes elementos, percorrendo a mina, até finalmente aparecer no exterior, pronta a ser consumida pela população. A equipa da A.E.S.D.A. recolheu informações diversas que levaram à conclusão de que esta água é conduzida frequentemente para regas agrícolas.

Tenham cuidado na abordagem à cache e não precisam de descer para aceder ao container.
Também não aconcelho a irem sozinhos para vossa segurança