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PNSAC Broken Pieces EarthCache

Hidden : 07/07/2024
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
4.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


PNSAC BROKEN PIECES

 

Nota: Esta Earthcache pode ser visitada em qualquer época do ano, mas é desaconselhável após chuvadas ou com muito calor. Faça a abordagem pela serra por cima. Aconselhável é sempre o uso de calçado e roupa confortável - roupa grossa resistente a carrascos, chapéu, calçado resistente a mato e água para beber. Outras ferramentas habituais para este tipo de terreno também poderão ser úteis....

 

Para registares esta Earthcache responde às seguintes questões (Observa as várias rochas à tua frente no vale e consulta também a informação abaixo na listing):

1. Qual o tipo de rocha e qual a sua cor predominante no GZ ?

2. O que deu origem à formação da cascalheira?

3. Qual extensão estimada desta cascalheira? É a única neste vale?

 

OBRIGATÓRIO: Foto identificativa do geocacher ou da sua presença no local!

Esta cache  dá a conhecer um cantinho com uma geomorfologia muito interessante coberta pontualmente por cascatas de pedra. 

De realçar que o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros é considerado a zona calcária mais importante de Portugal.

PNSAC

O Parque Natural Das Serras de Aire e Candeeiros foi criado em 1979, devido aos seus valores paisagísticos, culturais e tradicionais. Insere-se no Maciço Calcário Estremenho, formação geológica datada do Jurássico, essencialmente calcária. Este tipo de litologia sofreu ao longo dos tempos a erosão cársica, originando uma paisagem característica com dolinas, grutas, algares, poljes, lapiás, lapas.

O Parque Natural das Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC) é uma dessas áreas e situa-se no litoral centro, na região de turismo Leiria/Fátima. Abrange cerca de 38900ha distribuídos por 7 concelhos: Ourém, Torres Novas, Santarém, Rio Maior, Alcanena, Porto de Mós e Alcobaça.

GEOLOGIA

GEOMORFOLOGIA

A área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros insere-se no Maciço Calcário Estremenho. É uma grande unidade geomorfológica elevada acima da Plataforma Litoral, da Bacia de Ourém e da Bacia do Tejo, com cerca de 900km2 de superfície. Chega aos 678m de altitude, apresenta grandes falhas e depressões, individualizando-se das formações geológicas vizinhas. Esta formação rochosa data do Mesozóico, sendo os principais constituintes geológicos pertencentes quase totalmente ao Jurássico, com predominância dos calcários do Dogger (Jurássico médio).

Erosão cársica

O calcário não é permeável em virtude da sua porosidade, mas em consequência de um sistema de fendas, relacionado com fracturas e diaclases, condicionadas pela tectónica. Estas fendas permitem a passagem e infiltração da água das chuvas, originando a dissolução química do calcário, que lentamente o moldam, originando as mais variadas formas: lapiás, dolinas, uvalas, poljes, canhões, grutas, algares, lapas, etc. A terra rossa é o material de natureza argilosa, de cor avermelhada, resultante da dissolução do calcário.

CASCALHEIRA

De referir a ocorrência de cascalheiras calcárias, nas quais a vegetação devido à instabilidade do substrato e à ausência de solo à superfície dificilmente se instala. A água foi protagonista nos fenómenos de erosão ao longo do tempo. Vários depósitos de cascalheiras resultam da fissuração dos afloramentos provocados pela expansão da água que ao congelar parte a rocha em pequenas partes.

A glaciação ocorreu sucessiva e periodicamente no Quaternário. Nesta Era ocorreu um período de modelagem de relevo, com sedimentação predominantemente mecânica não consolidada. A acção do frio desta Era não se limitou à acumulação de gelo nas vertentes abrigadas, sendo muito mais evidentes os vestígios de fenómenos periglaciares. A fisionomia actual da área afectada por toda esta dinâmica periglaciar revela que ocorreram, essencialmente, processos de crioclastia e gelifração. A gelifração foi o processo mais determinante na génese das cascalheiras portuguesas.

Fórmula geral da dissolução do calcário: H2O + CO2 → H2CO3 → H+ + HCO–3, em que H2CO3 é o ácido carbónico e HCO–3 é o ião hidrogenocarbonato.

HISTÓRIA GEOLÓGICA

O Maciço começou a formar-se há cerca de 200M.a. e é essencialmente constituído por sedimentos marinhos. Pertence à Bacia Lusitânica, unidade morfo-tectónica, que se formou no Mesozóico na consequência de episódios distensivos que levaram à formação do Oceano Atlântico. Durante o Jurássico o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros era uma zona litoral alagadiça, sob um lençol de água, em comunicação com o mar.

Durante grande parte do Jurássico Inferior e, praticamente, todo o Jurássico Médio, a Bacia Lusitânica sofreu um grande período de transgressão, criando-se condições para a acumulação de grandes quantidades de sedimentos marinhos, materializados através de uma espessa série carbonatada, abrangendo aquele intervalo de tempo.

Durante o Terciário depositaram-se os Calcários de Alcanede e Arenitos de Monsanto, os Arenitos de Ota, as Argilas de Tomar e os Arenitos de Assentiz e Batalha.

Durante o Quaternário depositaram-se areias e cascalheiras relacionadas com terraços fluviais. Formou-se também a terra rossa, devido à dissolução química do calcário e os aluviões ligados a bacias fluviais. Um conjunto de fases tectónicas fracturou, separou e ergueu o Maciço Calcário Estremenho.

LITOLOGIA

A litologia do P.N.S.A.C. apresenta camadas desde o Triásico Superior até à actualidade (Quaternário/Holocénico). Mas, são as camadas rochosas do Jurássico que predominam em quase toda a área do Parque, com predomínio do Jurássico Médio. O Cretácico tem uma representação quase nula. As diferentes litologias existentes no Maciço são representadas principalmente pelos calcários, margas e arenitos.

a) Triásico Superior é representado por: Margas da Dagorda (Complexo Pelítico, Carbonatado e Evaporítico de Dagorda) – unidade que aflora exclusivamente ao longo da fina extrusão ao longo da base este da Serra dos Candeeiros até ao sul da Batalha.

b) Jurássico Inferior é representado por: Margas da Dagorda e Calcários Margosos e Margas da Fórnea.

c) Jurássico Médio é representado por: Calcários Margosos de Zambujal, Calcários de Chão de Pias, Calcários da Serra de Aire e Calcários de Moleanos.

d) Jurássico Superior é representado por: certo Camadas de Cabaços, Camadas de Alcobaça e Arenitos do Bombarral. e) Cretácico Inferior é representado por: Arenitos e Conglomerados da Caranguejeira e Amiais.

f) Cretácico Superior é representado por: Calcários Margosos de Ourém e Batalha e pelos Conglomerados e tufos vulcânicos da Nazaré.

g) Paleogénico (Paleocénico e Eocénico) é representado por: Calcários de Alcanede e Arenitos de Monsanto.

h) Neogénico (Miocénico): é representado por: Arenitos de Ota e Argilas de Tomar.

i) Neogénico (Pliocénico) é representado por: Arenitos de Assentiz e Batalha.

j) Quaternário é representado por: depósitos de terraços (areias e cascalheiras), depósitos de aluviões, terra rossa e tufos calcários de Ribeira Branca.

Nesta serra, a rocha mais abundante é o calcário, uma rocha sedimentar química formada a partir da precipitação de carbonato de cálcio em água. O mineral principal desta rocha é a calcite.

O Parque Natural das Serras de Aire e candeeiros é considerado a zona calcária mais importante de Portugal.

 

FLORA:

Durante o percurso até ao GZ poderá ver e sentir na pele matos de grande interesse florístico predominando, em termos de vegetação espontânea, áreas arbustivas de carrasco (Quercus coccifera) e subarbustivas de alecrim (Rosmarinus officinalis). As árvores, arbustos e ervas, que crescem espontaneamente no Parque, são, em si mesmo, um alvo de conservação. Até hoje conhecem-se cerca de 600 espécies vegetais o que significa que, numa área de cerca de 39 mil ha, é possível observar cerca de um quinto das espécies de plantas que ocorrem no país. Algumas só existem em Portugal, outras na Península Ibérica ou então na Península e norte de África e, outras ainda, possuem uma área de distribuição ou um estatuto de raridade, que lhes conferem uma situação especial em termos de conservação da natureza. Para além da importância que a função das plantas desempenham nos ecossistemas e do seu potencial valor económico e científico, muitas plantas do Parque Natural têm qualidades medicinais, aromáticas, condimentares, ornamentais, forrageiras (i.e. para alimentação do gado) ou florestais. A flora é dominada pelas zonas de pinhal, carvalhal e mato alto. 

FAUNA: 

O morcego, o bufo-real e a gralha-de-bico-vermelho são os animais que mais de destacam.

VESTÍGIOS FÓSSEIS e ARQUEOLÓGICOS:

Na Serra de Aire é possível observarem-se pegadas de dinossauros saurópodes, um registo fóssil importante a nível mundial. A nível arqueológico, as abundantes grutas e algares foram encontrados objetos.

 

Fontes: https://ria.ua.pt/bitstream/10773/28013/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Sandra%20Santos.pdf

 

A quem está sempre ao meu lado, fisicamente ou como estrelinha…

 

 

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