 As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório das formações calcárias existente em Portugal e esta é a razão primeira da sua classificação como Parque Natural. Morfologia cársica, natureza do coberto vegetal, a rede de cursos de água subterrâneos, uma fauna específica, nomeadamente cavernícola, são outros tantos aspetos relevantes para a sua preservação.
Reino da pedra, eis como se poderia denominar toda esta zona de relevo estremenho. Domínio dos calcários, que lhe conferem uma unidade profunda, o setor do Maciço Calcário Estremenho alberga distintas unidades geomorfológicas que, pelas suas características, representam um importante fator de diversidade.
A água corre através de uma intrincada rede subterrânea. A erosão cársica originou formações características - poljes, campos de lapiás, lapas e algares, uvalas e dolinas numa rara profusão de formas.
A flora do Parque Natural é igualmente variada: entre a Serra dos Candeeiros e a Serra de Aire, estima-se que existam entre 450 e 600 espécies florestais. As mais características da região serão talvez a azinheira, o carvalho-português e o alecrim, mas podemos encontrar coberto vegetal primitivo como o carvalho-cerquinho.
Outras espécies que povoam o Parque são o carrasco, o sanguinho, a aroeira, o zambujeiro, o rosmaninho, o tomilho peludo, o narciso, a rosa albardeira e mais de 25 variedades de orquídeas.
A Gruta do Lapeirão é um belíssimo exemplar de formação Calcária do Parque Natural. Simples e bem iluminada pela claridade natural do dia, é ampla e pouco profunda mas oferece um cenário panorâmico de grande beleza sobre o Vale dos Candeeiros. No interior da Gruta, limpo e seco, encontram-se alguns objetos de culto cristão. Aprecie e respeite o local.
A Gruta do Lapeirão é acessível por um trilho de pé posto que não oferece qualquer dificuldade. Aqui poderá explorar o local, tirar fotografias e apreciar a belíssima paisagem calcária. É possível levar crianças até à Gruta sem dificuldade de maior mas recomenda-se extrema vigilância.
|  The Aire and Candeeiros Natural Park are the most important repository of limestone formations in Portugal and this is the primary reason for their classification as a Natural Park. Karst morphology, nature of the vegetation cover, the network of underground watercourses, a specific fauna, namely cave fauna, are many other aspects relevant to its preservation.
Kingdom of stone, this is what this entire area of Extremadura relief could be called. Dominated by limestones, which give it a profound unity, the Estremenho Limestone Massif sector is home to different geomorphological units that, due to their characteristics, represent an important factor of diversity.
Water flows through an intricate underground network. Karst erosion gave rise to characteristic formations - poljes, fields of lapiás, lapas and sinkholes, uvalas and sinkholes in a rare profusion of forms.
The flora of the Natural Park is equally varied: between Serra dos Candeeiros and Serra de Aire, it is estimated that there are between 450 and 600 forest species. The most characteristic of the region will perhaps be the holm oak, the Portuguese oak and the rosemary, but we can find primitive vegetation cover such as the cerquinho oak.
Other species that populate the Park are the carrasco, the sanguinho, the mastic tree, the olive tree, the rosemary, the hairy thyme, the narcissus, the saddle rose and more than 25 varieties of orchids.
The Lapeirão Cave is a beautiful example of the Natural Park’s limestone formation. Simple and well lit by the natural light of the day, it is wide and shallow but offers a panoramic setting of great beauty over the Vale dos Candeeiros. Inside the Cave, clean and dry, there are some objects of Christian worship. Appreciate and respect the place.
Gruta do Lapeirão is accessible via a footpath that does not pose any difficulties. Here you can explore the place, take photographs and enjoy the beautiful limestone landscape. It is possible to take children to the Cave without any major difficulty, but extreme vigilance is recommended.
|