Conserveiras de Matosinhos - Bónus Adventure Lab

Foi no início do século XX, com a construção do porto de abrigo de Leixões no concelho de Matosinhos, que se deu o início da nossa indústria conserveira em Matosinhos.
Na altura, os peixes eram abundantes, facto este que estimulou os industriais da “Lopes, Coelho Dias” e da “Brandão Gomes” a fundarem as primeiras fábricas em Matosinhos.
Em 1926 foi criada a União dos Conserveiros de Matosinhos que, contudo, acabou por ser dissolvida em 1932 com a Grande Depressão de 1929, a indústria foi bastante atingida em Portugal o que originou uma baixa drástica nas receitas das exportações, no entanto, por uma série de razões, Matosinhos foi o centro industrial que menos sofreu.
Com a Segunda Guerra surgiram também novas oportunidades para a nossa indústria e em 1940 Matosinhos já era o maior centro conserveiro a nível nacional.
Em 1959, criou-se em Matosinhos a COPENOR, uma cooperativa de vendedores, com 24 fábricas aderentes à mesma, que na sua maioria eram fábricas de Matosinhos. Sem dúvida, os anos de 1964 e 1965 foram marcados pelo auge da produção e exportação na zona norte.
Contudo, logo de seguida veio a crise da pesca, onde as sardinhas deixaram de ser abundantes no Norte e migraram para o sul.
Infelizmente, várias fábricas encerraram as suas atividades no início dos anos 70 e em 1971, 13 fábricas aderiram à proposta de cessação voluntária da actividade e um pouco mais tarde em 1984 restavam apenas 10 fábricas activas em Matosinhos e 5 em Leça da Palmeira.
Actualmente existem 4 fábricas em actividade. Duas em Matosinhos: (Conservas Portugal Norte, Lda. e Fábrica de Conservas Pinhais & C.A) e duas em Leça da Palmeira: (Fábrica de Conservas La Gondola, Lda. e Fábrica de Conservas Ramirez & Cª (Filhos).
A atual Praça Guilherme Pinto, é muito próxima do local onde nasceu a primeira das grandes fábricas conserveiras – “A Real Fábrica de Conservas de Matosinhos”.
Cerca de meia centena de empresas conserveiras, em grande parte, se localizaram nos quarteirões envolventes à Praça Guilherme Pinto e daí a justa homenagem aos operários conserveiros com uma produção de latas com mão-de-obra maioritariamente masculina, e a produção da conserva e o seu enlatamento, em grande medida, assegurada por mulheres.

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