Birdwatching
Portugal, situado na região mediterrânica, é uma das mais importantes para a biodiversidade, à escala mundial. Com uma paisagem variada e uma grande diversidade de habitats, o país apresenta ainda uma multiplicidade de espécies de aves da Europa, com cerca de 360 de ocorrência regular, muitas delas com uma distribuição muito restrita na Europa e no mundo.
Existem em Portugal 94 Áreas Importantes para as Aves (IBA – (Important Bird Areas), sítios com significado internacional para a conservação das aves. Estas áreas são identificadas através da aplicação de critérios científicos internacionais e constituem a rede de sítios fundamentais para a conservação de todas as aves com estatuto de conservação desfavorável.

As Reservas dos Estuários do Sado e Tejo, a Ria Formosa e o Sapal de Castro Marim, o Alentejo e o Vale do Guadiana, o Douro Internacional e o Tejo Internacional são algumas das áreas naturais ricas em recursos ornitológicos. A proximidade de Portugal aos mercados europeus emissores, o clima ameno, durante todo o ano (permitindo realizar, em qualquer altura, passeios de observação de aves), a segurança do destino, a diversidade concentrada de espécies, e a grande proximidade de locais de observação, relativamente a Lisboa e Faro, são os aspetos mais relevantes para a escolha do nosso país para a prática de birdwatching.
O Birdwatching consiste na observação das aves no seu meio natural. Além da observação simples, com recurso a binóculos e telescópios de campo, comporta outras variantes, tais como a fotografia. Esta atividade é praticada, ativamente, por cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo.
Um estudo recente da prestigiada revista Science aponta para a perda de 3 mil milhões de aves na América do Norte, ao largo dos últimos cinquenta anos. Surpreendentemente, esta enorme perda de biodiversidade é composta maioritariamente por aves comuns, espécies com estatuto de conservação favorável e para as quais não estão desenhadas medidas de proteção direcionadas. Infelizmente, do lado de cá do Atlântico, a situação não é muito diferente.

No continente Europeu, 39% de um total de 170 espécies de aves comuns encontra-se atualmente em situação de declínio populacional. Estas perdas são ainda mais preocupantes quando nos lembramos do papel fulcral que as espécies mais comuns têm nas cadeias tróficas e na sua contribuição para o bom funcionamento dos ecossistemas. Esta perda maciça de biodiversidade não está dissociada das atividades humanas e dos seus impactos: desde a intensificação da agricultura, com consequências diretas na homogeneização da paisagem agrícola, degradação das zonas húmidas e outros habitats essenciais e redução da quantidade de insetos e plantas nativas; a caça e o abate ilegal; a crescente urbanização e o desenvolvimento desenfreado, com grandes vias de transporte e linhas elétricas a seccionarem áreas importantes para a fauna; até à falta de gestão nas áreas protegidas.
Para ajudar a inverter esta situação é imprescindível o contributo ativo de cada cidadão. Em primeiro lugar, cabe a cada um, individualmente, fazer escolhas que conduzam a uma agricultura e pesca mais sustentáveis, a depender menos dos combustíveis fósseis, a promover as empresas que realmente se preocupem com o nosso Planeta.

Mas não menos importante, a envolvência em projetos de cariz social, cultural ou ambiental que possam contribuir de diferentes formas para melhorar o conhecimento sobre o estado do ambiente ou promover a consciencialização ambiental é também muito importante. Nesse sentido, a participação cívica em projetos de ciência-cidadã focados na monitorização ambiental é um excelente exemplo do contributo que cada um pode dar. Boas observações!
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Fechem bem o container e recoloquem a cache da mesma forma como a encontraram, pois a sua durabilidade depende muito disso.
Uma pinça poderá ser muito útil.
E acima de tudo divirtam-se a fazer geocaching.