A EarthCache é sobre Tectónica ou Diapirismo. O GZ assinala um pequeno trecho de rochas sedimentares francamente verticalizadas. O desafio é colheres alguma informação da listing e observares a posição desta camada que, sendo uma rocha sedimentar, deveria estar, em condições normais, na posição horizontal.
Tarefa de log: Como é que classificarias esta geoforma? Justifica!
Critérios para uma tarefa de log completa de acordo com as guidelines:
(1) resposta às questões via mail do meu perfil. (2) colocação de foto no log (não obrigatoriamente do teu rosto se assim não quiseres) a testemunhar o teu trabalho de campo. Não cumpridos ambos os preceitos, a tua tarefa de log está incompleta e sujeita a ser indeferida!
Verticalização dos estratos por Tectónica:
A figura 1 A,B e C acima ilustra um cenário de Tectónica inversa: quando dois blocos se comprimem a superfície que separa ambos passa a ser uma superfície de deslizamento. A compressão e o encurtamento entre os blocos fazem com que um acaba por passar por cima do outro formando um cavalgamento (1A). Continuando o movimento compressivo, os estratos terão tendência a repetir-se e a formar dobras que, a determinada altura, podem sofrer rutura (1B). Finalmente, quando a rutura ocorre entre planos secantes (dois ou mais planos que se interceptam), pode haver deslocamento de uma camada ou bloco isolado (1C). Neste caso a geoforma que observas poderá ser classificada como uma ESCAMA TECTÓNICA.
Verticalização dos estratos por Diapirismo:
A figura 2 acima já ilustra outro cenário e a verticalização destes estratos pode ser atribuída a Diapirismo Salino. O Diapirismo ocorre sempre que rochas menos densas ascendem, por gravidade, através de rochas mais densas criando estruturas abalonadas (tipo um balão) ou em forma de cúpula designados por diapiros. Estas cúpulas com origem em evaporitos, nomeadamente o sal (rochas que, na sequência de evaporação formaram cristais que se agregaram dando origem a grandes formações dessa litologia/tipo de rocha) é, no entanto, a mais dúctil/maleável/plástica, das rochas sedimentares e neste caso, por via da sua menor densidade, tem tendência a ascender, empurrando os estratos de contenção, causando a sua verticalização e tendência a moldarem-se ao formato abalonado do diapiro. Neste caso esta geoforma que observas poderá ser classificada como um FLAP.
Breve enquadramento da Geologia local:
No final do Mesozoico, aprox há 80 m.a., a bacia algarvia também foi palco de tectónica compressiva e consequente geração de falhas inversas em que um bloco terá cavalgado o outro. Na sequência desse movimento compressivo, ocorreu verticalização dos estratos, formação de dobras e geração de orogenia sendo disso exemplos a serra do Caldeirão e a serra de Monchique.. Esta porção da bacia Algarvia, contém vívidos testemunhos de tectónica compressiva desde alguns milhões de anos e que ainda hoje persistem. Esse impulso compressivo teve pulsos de maior atividade, tendo o mais recente ocorrido no Miocénico (aprox 20m.a. atrás), ocasião que marca o início da ascensão destes lençóis de sal através de fraquezas nas camadas mais densas formando diapiros ou domos e impactando, na sua ascensão, a posição desses estratos que se acomodaram ao seu formato.
Fontes/Sources:
- Loulé and Albufeira - Algarve Salt Tectonics, Rob Butler, Univesity of Aberdeen
- DEFORMAÇÕES DA CRUSTA TERRESTE, texto pedagógico , Jorge Bonito, UNIVERSIDADE DE ÉVORA, 2021
- Nota explicativa folha 52-B, Albufeira, Rocha et al, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa 1989
The EarthCache is about tectonics or Diapirism. The GZ points out a small stretch of clearly verticalised sedimentary rock which. The challenge is to gather some information from the listing and observe the position of this layer which, being a sedimentary rock, should, under normal conditions, be in a horizontal position.
Log task: How would you classify this geoform? Justify it!
Criteria for a complete log task according to the guidelines:
(1) answering questions via email from my profile
(2) posting a photo in the log (not necessarily of your face if you don't want to) showing your fieldwork.
If you don't fulfil both of these requirements, your log assignment is incomplete and liable to be rejected!
Verticalisation of strata by tectonics:
Figure 1 A,B and C above illustrates a scenario of Reverse Tectonics: when two blocks compress, the surface separating them becomes a sliding surface. The compression and shortening between the blocks means that one ends up running over the other, forming a thrust (1A). As the compressive movement continues, the strata begin to form folds which, at a certain point, can break (1B). Finally, when the rupture occurs between transverse planes (two or more planes that intersect), there may be displacement of an isolated layer or block (1C). In this case, the geoform you are observing could be classified as a TECTONIC FLAKE.
Verticalisation of strata by Diapirism:

Figure 2 above illustrates a different scenario and the verticalisation of these strata can be attributed to salt diapirism. Diapirism occurs when less dense rocks rise, by gravity, through denser rocks, creating abalone (balloon-like) or dome-shaped structures known as diapirs. These domes originate in evaporites, namely salt (rocks that, following evaporation, formed crystals that aggregated giving rise to large formations of this lithology/type of rock), but it is the most ductile/malleable/plastic of the sedimentary rocks and in this case, due to its lower density, it tends to rise upwards, pushing the containing strata causing them to verticalise and tend to mould themselves into the abalone shape of the diapir. In this case, the geoform you see here may be classified as a FLAP.
A brief overview of the local geology:
At the end of the Mesozoic, around 80 m.y. ago, the Algarve basin was also the scene of compressive tectonics and the consequent generation of reverse faults in which one block rode the other. As a result of this compressive movement, strata verticalised, folds were formed and orogeny was generated, examples of which are the Serra do Caldeirão and the Serra de Monchique. This section of the Algarve basin contains vivid evidence of compressive tectonics dating back several million years and which still persist today. This compressive impulse has had pulses of greater activity, the most recent of which occurred in the Miocene, an occasion that marks the beginning of the ascent of these salt sheets that through weaknesses in the denser layers above formed diapirs or domes, impacting, in their ascent, the position of these strata that accommodated themselves to the shape of the diapir.