A
História
Pataias existe há
muitos anos ... ou, por outra, Pataias existe há muitos séculos.
Quantos, não se sabe; mas sabe-se que já em 1151
o nome era referido por D. Afonso Henriques, no documento de
doação feito por este rei aos monges beneditinos da ordem de
Cister.
E o documento diz: “ eu, D. Afonso, pela Divina
Misericórdia rei dos Portugueses, juntamente com a rainha Mafalda,
minha mulher
e companheira no reino fazemos testamento em Couto a vós D.
Bernardo abade do Mosteiro de Claraval de Hua nossa
própria
herdade que temos entre aqueles dois lugares chamados Leiria e
Óbidos, abaixo do Monte de Faixa, comarca de Lisboa, águas
vertentes ao mar. Damo-vos também o lugar que chamam Alcobaça e
dele vos fazemos testamento e Couto ... pelos limites
abaixo
declarados ... e passa por Mélvoa até à mata de Pataias, donde
corta direito por entre Pederneira e Moel até chegar ao
mar”.
Em 1992 comemorou-se a
passagem do 450º aniversário da Vila como sede de freguesia; aqui
deve ficar dito que esta era antigamente
a Vila de Paredes da Vitória, que foi até 1536, tendo tido até
carta de foral dada por D Dinis em 17 de Dezembro de 1282 e
renovada
em 29 de Setembro de 1286; teve ainda novo foral dado por D.
Manuel em 1614. Pelo avanço das areias a Vila de
Paredes começou
a perder importância e os preceitos religiosos
passaram a ser cumpridos, Domingo sim,
Domingo não, nas Paredes da Vitória e em
Pataias, até que, em 1542, passou a paróquia a ser em definitivo
nesta Segunda Vila.
AS
LENDAS
1ª Lenda
Esta lenda diz-nos que Pataias se deverá
provavelmente aos deuses Pataicos, deuses Fenícios que enfeitavam
os barcos desse
povo e que frequentemente viajou pelas nossas costas.
2ª Lenda
Lenda do Padre José Ferreira Lacerda,
defendendo que Pataias derivava de Pataias, oriundo da abundância
de patos existentes
nas lagoas da região.
3ª Lenda
Aponta-se como mais credível é a que situa
nesta terra as tulhas dos frades de Abadia de Cister, sabendo-se
que Pataias é um
vocábulo de origem indiana que significa tulhas.
4ª Lenda
A tradição popular, descrita pelo nosso
poeta JOAQUIM RODRIGUES RATO, informa-nos da lenda que indo a
rainha Santa Isabel
a passar por aqui com o seu séquito e sentindo que os cavalos
iam cansados, por pisarem carregados as areias do caminho que
na
altura eram muitas, terá dito às suas aias para que
aliviassem as montadas: “ À PATA, AIAS!”.
A
LAGOA
Um dos elementos de interesse
central em Pataias é sem dúvida a sua espectacular lagoa N39 40.639
W09 00.159. Inserida num ambiente de pinhal e rodeada
de uma calma permanente torna-se um local propício a uns bons
momentos de lazer. Existe nas suas margens um parque de
merendas
provido de condições óptimas para a realização de merendas e
convívio.
Na sua fauna encontram-se
muitas variedades de peixes, sendo de destacar as Perca, os
Arruivacos,
os Achegãs e as Carpas. Muitos patos bravos e algumas
espectaculares aves de migração escolhem
também estas paragens para fazer dos caniçais que ladeiam um dos
lados da Lagoa, o seu lar.
Fornos de
Cal
Os
fornos de cal não devem ter conhecido grandes transformações, desde
o período romano até aos nossos dias, tanto no que se
respeito às duas dimensões, como até no que diz respeito ao seu
funcionamento. A altura média dos fornos de cal de Pataias
oscila
entre os 4,5 m e os 6 m. A largura da base situa-se entre os 3,7 m
e os 4,6 m. A largura superior é um pouco menor do que a da
base.
Esta actividade chegou a ter uma importância considerável para a
economia local. O último forno em actividade, na região, deixou
de
laborar em 30 de Junho de 1995.Os fornos de cal tiveram uma
importância tão grande nesta localidade que no próprio brasão
da
Junta de Freguesia de Pataias está representado um forno de
cal.
Descrição
Conjunto de construções parcialmente enterradas, de secção
circular, bojuda, estreitando para a goela; abertura lateral em
arco.
À frente de cada forno ergue-se um alpendre constituído, na
maioria, por 3 ou 4 colunas de pedras e argamassa a cada lado e
2,
ao centro, ao centro, que sustêm uma cobertura de telha sobre
estrutura de madeira, disposta a 2 águas. Alguns alpendres têm
telhado de aba corrida


Utilização Inicial
Industrial. Engenhos de fabricação de cal
Utilização Actual
Marco histórico-cultural
Época de Construção
Séc. 19
Cronologia
Séc. 19, finais - construção dos fornos; 1980 - estavam 25 fornos
operacionais, fazendo em média 7 cozeduras por ano, cada
um,
consumindo em cada fornada de 60 a 100 carradas de mutano,
conforme eram feitas no Verão ou no Inverno; 1990 -
encontravam-se
desactivados.
Observações
A riqueza geológica (maciços calcários) e a abundância de material
lenhoso na região, favoreceu o aparecimento dos fornos de fabrico
de cal.
Os fornos tiveram influência no desvio da rota da linha do Oeste
(Pataias-Gare) que garantia a drenagem da produção para quase todo
o País.
Tinham no interior uma grade onde se queimava o combustível,
as pedras eram dispostas formando uma abóbada sobre a grelha, por
ordem
decrescente de tamanhos. A boca do forno era tapada, deixando
algumas aberturas para regular a tiragem dos gases. A operação
dava-se
por terminada quandoas pedras da camada superior estavam
cozidas.
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