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Ponta de Sagres EarthCache

Hidden : 7/27/2011
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
1 out of 5

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Geocache Description:


A Ponta de Sagres (o étimo tem origem no latim Promontorium Sacrum, "Promontório Sagrado") é um promontório localizado a sudoeste de Sagres, no Algarve, Portugal. Fica 4 km a leste e 3 km a sul do Cabo de São Vicente, tido como o extremo sudoeste da Europa. Separa a oeste a Enseada do Belixe (que vai até ao Cabo de São Vicente) da Enseada de Sagres (mais pequena, com 1500m de largura, e que vai até à Ponta da Atalaia).

Muito embora alguma tradição associe Sagres ao infante D. Henrique, a verdadeira escola de navegação funcionou em Lagos, porto com características ideais, e não neste rochedo desolado e com poucos locais acostáveis. Este promontório rochoso, visível de muito longe e elevando-se a cerca de 50 metros acima das ondas, sempre empolgou as imaginações. Jaime Cortesão dizia não haver em toda a costa portuguesa «aspecto de conjunto com tão erma e trágica beleza, nem seria fácil encontrar refúgio e cenário mais propício para um pensamento obstinado de Herói ou de Profeta».

O acesso ao promontório é defendido por uma muralha abaluartada construída no século XVIII. Esta substituiu a que fora destruí da pelo terramoto de 1755 e que, por sua vez, sucedera à arrasada pelo corsário inglês Francis Drake em 1587, durante um dos seus vários ataques à costa portuguesa, então sob domínio espanhol.

No interior do recinto amuralhado, encontram-se diversos edifícios (alguns antigos, como é o caso da capela, outros mais recentes, como o Centro Cultural, alvo de muita polémica) e uma enigmática rosa-dos-ventos de pedra de 43 mts. de diâmetro, posta a descoberto no século XVIII por ocasião da reedificação da muralha.

Mas o grande monumento é, sem dúvida, natural: o espectáculo das ondas batendo contra a arriba rochosa e o ruído do ar a passar nas fumas junto ao pequeno farol no extremo do promontório.
Com efeito, no promontório de Sagres, o espectáculo é o mar, de um azul intenso, com o cabo de São Vicente a espreitar à direita. Trata-se, na verdade, de um local privilegiado para observarmos o grandioso Oceano Atlântico, que tanta ligação tem à nossa gloriosa história.

O Oceano Atlântico

O oceano Atlântico é o segundo maior oceano em extensão, com uma área de aproximadamente 106.200.000 km², cerca de um quinto da superfície da Terra. É o oceano que separa a Europa da África, a Leste, e da América, a Oeste. O seu nome deriva de Atlas, uma divindade da mitologia grega. É por isso que às vezes o oceano Atlântico é referido como "mar de Atlas". A menção mais antiga sobre seu nome é encontrada em Histórias, de Heródoto, por volta de 450 a.C. Antes dos europeus descobrirem outros oceanos, o termo "oceano" foi sinónimo de todas as águas que circundam a Europa Ocidental, que agora é conhecido como Atlântico e que os gregos acreditavam ser um grande rio que circundava toda a Terra.

O oceano Atlântico está localizado no hemisfério ocidental e alonga-se no sentido Norte-Sul. Com um formato que lembra um S, comunica com o oceano Ártico pelo estreito da Islândia; com o oceano Pacífico e com o oceano Índico pela ampla passagem que se abre entre a América, a África e a Antártida, nas altas latitudes austrais. No hemisfério Norte, as costas continentais, muito recortadas, delimitam numerosos mares anexos (mar da Mancha, mar do Norte, mar Báltico, mar Mediterrâneo, mar das Antilhas). Ao sul, ao contrário, as costas são bem rectilíneas.

A linha do Equador divide o oceano em Atlântico Norte e Atlântico Sul. Com um terço das águas oceânicas mundiais, o Atlântico inclui mares como o Mediterrâneo, o mar do Norte, o Báltico e o mar das Caraíbas (Caribe).

O Atlântico, embora seja o segundo maior extensão, é o oceano que junto com os seus mares banha a maior quantidade de países:
• Os países litorâneos das Américas do Norte e do Sul - Canadá, Estados Unidos, Brasil, Uruguai, Argentina.
• Pelo Mar do Caribe, parte do Atlântico são banhados os países no norte da América do Sul, os da América Central e todos os insulares do Caribe.
• Os países do litoral oeste da África.
• Os países litorâneos do oeste da Europa e os do Báltico.
• Pelo Mar Mediterrâneo são banhados os países litorâneos do sul da Europa, Norte da África, oeste da Ásia Menor.

Fundo Oceânico

O fundo oceânico apresenta uma disposição regular: a plataforma continental, ampla ao largo das costas da Europa, da América do Norte e da porção meridional da América do Sul, estreita-se nas costas da África e do Brasil; uma enorme cadeia de montanhas submarinas, a dorsal meso-atlântica, estende-se ao longo do oceano. Entre ela e os continentes abre-se uma série de bacias de 6.000 a 7.000 m de profundidade (bacias americana, brasileira e argentina, a Oeste; bacias escandinava, da Europa Ocidental, da Guiné, de Angola e do Cabo, a Este). A crista dorsal é sulcada em toda a sua extensão por uma grande fossa tectónica (rift), que secciona no sentido longitudinal. Área de constante instabilidade geológica, provocada pela contínua emissão de material ígneo, é objecto de estudos geológicos que analisam os processos de formação e evolução das placas tectónicas, ou seja, da crosta terrestre. A crista da dorsal meso-atlântica situa-se geralmente entre -3.000 e -1.500 m, mas emerge em alguns pontos, formando ilhas: Jan Mayen, Islândia, Açores, Ascensão, Tristão da Cunha. Nas latitudes equatoriais, a dorsal é cortada por falhas transversais que determinam fossas abissais (fossa da Romanche -7.758 m). Nas outras porções do Atlântico as fossas são raras: situam-se nas Antilhas (Ilhas Caimão e Porto Rico - a mais profunda com -9.218 m) e nas ilhas Sandwich do Sul (-8.264 m)

A origem da cordilheira meso-oceânica (ou Dorsal Atlântica) está relacionada à dinâmica da tectónica de placas. O afastamento entre as placas Sul-Americana e Africana, em consequência das correntes de convecção do magma existente no manto, determina a formação de um extenso dobramento moderno que se estende de norte a sul ao longo do oceano Atlântico.
Das áreas cobertas pelas águas oceânicas pode-se considerar um domínio continental e um domínio oceânico.

No domínio continental englobam-se os seguintes elementos morfológicos:
• Plataforma continental – zona circundante da maior parte das costas, ligeiramente inclinada, coberta por sedimentos continentais, que corresponde às zonas marginais imersas dos continentes; zona que prolonga o continente para o mar até uma profundidade de 200 mts.
• Talude continental – nesta zona, o declive acentuado é, muitas vezes, sulcado por desfiladeiros, representando o limite da parte imersa do domínio continental; a zona imersa estende-se até profundidades de 4000 mts.
No domínio oceânico englobam-se os seguintes elementos morfológicos:
• Planícies abissais – zona plana que ocupa grande extensão do fundo dos oceanos e que ocorre às profundidades de, aproximadamente, 5000 metros em média. São superfícies quase planas que representam o tecto da crosta oceânica não perturbada, oculta por uma camada de sedimentos pelágicos, de um modo geral pouco espessa. Os relevos que perturbam esta planície são normalmente de origem vulcânica, mas dividem-se em dois grupos consoante são, ou não sismicamente activos.
• Dorsais médio-oceânicas – são relevos vulcânicos dos fundos oceânicos que se situam geralmente na parte média ou nos bordos dos oceanos, formadas por alinhamentos de cadeias montanhosas separadas por ríftes; elevam-se a 3000 mts. acima dos fundos das bacias e estendem-se por uma largura se cerca de 1000 km.
• Fossas oceânicas – zonas profundamente entalhadas no fundo oceânico, onde se verifica a convergência de placas tectónicas; localizam-se perto dos arcos vulcânicos ou na base do talude continental, nas proximidades de cadeias montanhosas que ocorrem nas margens dos continentes.
• Bacias oceânicas – nascem, evoluem e morrem com relativa rapidez, pelo que os seus fundos são essencialmente constituídos por rochas relativamente recentes.

Origem das águas

O meio ambiente terreno, exposto ao calor dos raios solares e os ventos, promove a evaporação e precipitação dos líquidos sobre os continentes dando início ao ciclo das águas, responsável pela sedimentação do fundo do mar e a salinização dos oceanos. Nesse sentido, tem-se que na fachada ocidental, grandes bacias hidrográficas despejam considerável quantidade de sedimentos sobre a plataforma continental, definindo cones aluvionais, como os dos rios São Lourenço e Mississippi, no Atlântico Norte, e o do Amazonas, na faixa equatorial. As águas do Atlântico são as mais salgadas de todos os oceanos (37,5 por mil de salinidade média) e animadas por correntes que asseguram intensa circulação entre as águas frias das altas latitudes e as águas quentes equatoriais. As correntes frias do Labrador e das Falkland descem respectivamente ao longo das encostas setentrionais e meridionais da América. De Benguela percorre a costa sul-ocidental africana, em direcção ao equador. São compensadas pelas correntes quentes do Brasil e Equatorial Atlântica, nos seus ramos N e S, pela corrente do Golfo, que tem grande influência sobre os climas da Europa norte-ocidental tornando-os menos rigorosos. Essa circulação das águas favorece sua oxigenação e a proliferação de plâncton, definindo importantes zonas pesqueiras, como as costas do Brasil meridional, a fachada norte-americana em torno da Terra Nova, as costas da Escandinávia e da Islândia, além da África meridional. As plataformas continentais encerram, às vezes, jazidas petrolíferas (mar do Norte, costas da Venezuela e do Brasil, golfo da Guiné). Ladeado no hemisfério Norte pelas duas áreas mais industrializadas do globo (NE dos EUA e Europa Ocidental), o Atlântico Norte apresenta o mais intenso tráfego marítimo e aéreo transoceânico do mundo.

Alguns dados:
• Área: cerca de 88 milhões de km2
• Ranking oceânico: segundo maior
• Costas: 111.866 km
• Maiores distâncias: norte-sul -14,5 mil km, excluído o Oceano Antárctico, ou 21,4 mil km incluindo o Oceano Antárctico. Leste-oeste: 8,8 mil km.
• Profundidade média: 3.700 metros
• Maior profundidade: 9.218 metros, na Fossa de Porto Rico
• Temperaturas de superfície: mais alta, cerca de 30° C, perto do Equador no verão; mais baixa, -2° C, perto da divisa com o Oceano Antárctico, no inverno.
• Marés: mais altas – acima de 15 metros, nas baías de Fundy e Ungava, no Canadá. Mais baixa – abaixo de 50 centímetros em certas áreas do Golfo do México e do Mar Mediterrâneo.
• Grandes mares: há diversos mares que fazem fronteira com o Atlântico, entre os quais o Mediterrâneo, o Báltico, o Caribe, o de Labrador e o Mar do Norte; o golfo do St. Lawrence e o golfo do México. O Oceano Árctico é considerado por alguns cientistas como mais um dos mares do Atlântico.
• Transportes: existem muitos portos e terminais. O Canal de Kiel e a Via Marítima do St. Lawrence são duas importantes vias aquáticas. Existe considerável uso comercial e recreativo da via marítima intracosteira, que se estende pela costa central e sul do Atlântico e pela costa do Golfo do México, nos Estados Unidos.
• Economia: o Oceano Atlântico oferece algumas das rotas mais navegáveis nos hemisférios ocidental e oriental. Outras actividades económicas incluem a exploração de recursos naturais, pesca, exploração de areias minerais (Bahamas) e produção de petróleo cru e gás natural (Caribe, Golfo do México e Mar do Norte.)

Curiosidades

Piso Oceânico: cerca de três quartos do piso do Atlântico estão recobertos de sedimentos marinhos profundos. A maior parte desses sedimentos macios são feitos de cascas e esqueletos de diversos microorganismos.

Cadeias montanhosas submarinas: A serra do Atlântico Central, a mais longa das cadeias montanhosas submarinas, descreve uma curva em forma de S com extensão de cerca de 16 mil km, a cerca de meio caminho entre os continentes que ficam a leste e a oeste.

Fossas oceânicas: a fossa de Porto Rico é a mais profunda das fossas do Atlântico. Estende-se num arco estreito começando em Hispaniola e Porto Rico, e atinge profundidade de 9.218 metros. A fossa de South Sandwich, logo ao norte das ilhas South Sandwich, atinge profundidade máxima de 8.325 metros.

A cache

Para poderem registar esta cache vão ter que nos enviar um email com a descrição, em breves palavras, da origem do Oceano Atlântico e a indicação da altura da falésia junto ao GZ

 

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