Porcalhota /Amadora - História
A Porcalhota, que esteve na origem da Amadora, foi um topónimo inventado por um curioso, que atribui o apelido de Vasco Porcalho, comendador-mor da Ordem de Avis e protagonista da Batalha de Aljubarrota.
Não há documentação específica conhecida da ligação deste Vasco Porcalho à Porcalhota, mas esta ligação só pode ter ocorrido antes da crise de 1383-1385 em que Vasco Porcalho foi protagonista.
As suas propriedades estendiam-se até ao sopé da Serra do Marco. Partidário do Reino de Castela, Vasco Porcalho fugiu para Cáceres após a derrota dos castelhanos na Batalha de Aljubarrota.
Pensa-se que era casado em Portugal e aqui teria deixado a mulher e a filha, a quem a tradição atribui a origem do topónimo.
A região da Amadora serviu em finais do século XIX e inícios do XX para famílias abastadas de Lisboa.
A salubridade do sítio, a proximidade da capital, as facilidades de comunicações e vasta área disponível para urbanização estão na base do desenvolvimento espetacular de construções, que, em determinadas zonas, ainda tem habitações clandestinas.
O atual território da Amadora nasceu da divisão da antiga freguesia de Benfica, cortada pela Estrada da Circunvalação aquando da redefinição dos limites de Lisboa, em 1885-1886. A freguesia extra-muros, chamada Benfica-Extra, ficou a pertencer ao concelho de Oeiras.
O principal núcleo da freguesia passou a ser o lugar da Porcalhota. Em 1907, a população local pediu ao rei D. Carlos que permitisse a mudança de nome, situação a que o Ministério do Reino deu despacho, renomeando a povoação de Amadora em 28 de Outubro de 1907.
Foi elevada a freguesia dentro do concelho de Oeiras em 17 de Abril de 1916, e foi elevada a vila em 24 de Junho de 1937.
O município da Amadora viria a ser criado 42 anos depois, em 11 de Setembro de 1979.
Dias depois, a 17 de Setembro de 1979, a vila da Amadora é elevada a cidade, e a freguesia homónima é dividida nas freguesias de Alfragide, Brandoa, Buraca, Damaia, Falagueira-Venda Nova, Mina e Reboleira. A Venteira (como freguesia) só surge em 1980 do nordeste do concelho de Oeiras.
Na ocasião agregou a si partes das freguesias de Queluz e de Belas, pertencentes ao concelho de Sintra, e tendo cedido a localidade de Presa que passou a fazer parte da freguesia de Odivelas, atual concelho de Odivelas.
Em 1997, foram enfim criadas as freguesias de Alfornelos, Falagueira, Venda Nova e São Brás, prefigurando assim a divisão municipal que vigorou até à reorganização de freguesias ocorrida em 2013.
Entre os seus símbolos contam-se o Aqueduto das Águas Livres, bem como os campos de aviação que tiveram tanta importância na emergência da aviação em Portugal, sendo que ainda hoje o Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa se situa no concelho, na freguesia de Alfragide. Ambos figuram nas armas da cidade.