A via com 300 m de extensão, localiza-se na região central da cidade de São Paulo. Inicia-se na Praça Ramos de Azevedo, onde está o Theatro Municipal de São Paulo, Edifício João Bricola (antigo prédio do Mappin, hoje funciona uma loja de departamentos) e o Edifício Alexandre Mackenzie (onde funcionou o Teatro São José, depois a antiga Light, hoje, opera um Shopping Center) e termina na rua Bráulio Gomes, ao lado a da Biblioteca Municipal Mario de Andrade.
É um local majoritariamente comercial, mas alguns prédios e sobrados residenciais também o constituem. Muitas das construções da rua são tombadas, sendo utilizadas apenas os andares térreos para comércio.
Toponímia
A via também já foi chamada de “Rua da Memória” e “Travessa e Rua do Paredão”, por ter sua origem no paredão de arrimo (um tipo específico de muro que serve para suportar a terra, uma solução de segurança para terrenos em declive e ou com inclinação que receberão cortes para se tornarem planos) na região de Piques, como era chamada a região superior Vale do Anhangabaú.
O nome atual foi oficializado pela lei nº 397, de 20 de maio de 1899 em homenagem ao famoso chefe de polícia Francisco de Paula Xavier de Toledo, antigo morador da rua e pai de Dr. José Xavier de Toledo, conhecido como Magistrado.
Francisco fora chefe de polícia durante governo de Campo Sales, atuando ativamente na contenção e repressão de manifestações da “Questão dos Protocolos” em agosto de 1896 — um acordo negociado entre os dois países estipulando o pagamento de indenizações aos italianos em virtude de danos supostamente causados a pessoas e propriedades de seus nacionais em território brasileiro. Francisco faleceu em 09 de julho de 1898, aos 78 anos.
Transporte
A esquina entre o Viaduto do Chá com a rua Coronel Xavier de Toledo já foi considerada uma das mais movimentadas da cidade. Por isso, havia uma profusão de bondes que passavam pela região. Inclusive, o primeiro grande marco da extinta Light, que se encontrava nessa mesma esquina, foi criar um circuito elétrico para os bondes da capital que até então eram puxados por burros.
Educação para o Trânsito
Nos anos de 1970, no cruzamento com o Viaduto do Chá, o trânsito de veículos e pedestres era tão intenso que o Departamento de Trânsito da cidade destacava um policial para orientar e assegurar a convivência e fluidez, o icônico Sr. Luiz Gonzaga, conhecido como Guarda Luizinho, ilustre figura pública, que no exercício de suas funções jamais se cansou de corrigir e ensinar os passantes mais afoitos, assim como os motoristas desvairados.
Não era raro vermos uma cena um tanto pitoresca: quando um veículo parava no semáforo vermelho, sobre a faixa de pedestre, ele convidava os transeuntes a atravessar por dentro do automóvel infrator. Hilário!! Com isso “fazia a alegria da moçada, dos anciãos e dos Officeboys. Ele foi o herói de todos? todos aqueles que amam a paz, o respeito, a civilidade e o amor ao próximo?” descreveu José Antônio Correia, em texto enviado ao jornalista Mílton Neves.
Em entrevista o fotoblog “Saudade de São Paulo”, de Eli Moraes, afirmou o cidadão patriota, que acima de tudo, amava a profissão e, na velha esquina famosa, no centro de São Paulo: “Eu não gostava de dar multa, acreditava mais na educação do que na punição para conscientizar o povo da importância de obedecer aos sinais e às leis de trânsito. Todos os dias eu recebia uma advertência. Várias vezes fui transferido de posto, mas o pessoal fazia abaixo-assinado com 40 mil, 60 mil assinaturas e eu acabava voltando para a esquina do Mappin.”
Biblioteca Mario de Andrade https://coord.info/GC6QTD3
Ramos de Azevedo - https://coord.info/GC5NE3M
Theatro Municipal https://coord.info/GC6HEM0