O percurso inicia-se junto à capela de Stª.
Maria do Monte, na freguesia de Stª. Eulália. Começamos a marcha
rumando para sul, em direcção à Serra da Freita, através de um
caminho que, partindo da capela, percorre o limite poente daquele
lugar. Acompanhando o vale profundo do curso superior do rio
Urtigosa, por entre castanheiros, carvalhos, pinheiros e
eucaliptos, chegamos à aldeia da Ameixieira, com construções
típicas de montanha, com telhados de lousa, algumas porém, em
avançado estado de degradação.
Chegando ao topo da aldeia, atravessa-se a
estrada de asfalto e por estreito carreiro atinge-se um estradão
que se dirige ao lugar de Currais. Para se chegar aí, toma-se um
caminho à direita, que sobe, primeiro, suavemente, e depois de
passar o ribeiro, de forma mais acentuada, até atingir um estradão
que se desenvolve pela curva de nível e se encaminha para os
Viveiros da Granja. Deste estradão tem-se uma imponente panorâmica
sobre o vale de Arouca ao fundo e sobre a Serra do Montemuro ao
longe. Toma-se este estradão, à esquerda, até à antiga casa do
guarda florestal e parque de merendas, envoltas no arvoredo cerrado
e frondoso do chamado "Viveiro da Granja", rumando, de seguida,
para Chão de Espinho. Daqui até à Granja é um pulo.
Depois de uns quinhentos metros de asfalto
retomam-se os caminhos tradicionais e florestais. Volta-se a
atravessar uma estrada de asfalto e inicia-se a descida para o vale
de Arouca, em direcção ao pequeno povoado de Povos.
O caminho até esse povoado, inicialmente, por
mata de pinheiro, atravessa soutos e manchas de carvalhos belas e
aprazíveis, com sub-bosque extraordinário de azevinho e loureiro.
Este é um dos recantos mais belos do percurso.
Depois de Povos continua-se por um estradão
agradável até à Forcada. Admire-se o núcleo mais antigo desta
aldeia, encavalitado num esporão sobranceiro ao vale, solarengo,
estratégico, belo. Daqui até Stª Maria do Monte o percurso faz-se
por caminhos antigos de rara beleza, campos em socalco, ribeiras...
A aproximação à Capela faz-se pelas ruas antigas e estreitas desse
lugar acolhedor e de gente hospitaleira.
Santa Eulália
A freguesia de Santa Eulália dista da sede do Concelho cerca 2 Km.
Foi anexada ao Mosteiro de Arouca pelo Bispo de Lamego, D. Fernando
de Noronha, em 15 de Junho de 1520, anexação essa confirmada pelo
Rei D. João III, por alvará de 24 de Fevereiro de 1540.
Existe na freguesia uma importante estação arqueológica, no monte
de S. João de Valinhas, sobranceiro, pelo norte, ao Vale de
Arouca.
Burgo
A freguesia do Burgo confina, pelo poente, com a freguesia sede do
concelho de Arouca. Foi concelho, ao longo de séculos, ainda que
com área muito inferior à da freguesia actual. Limitava-se a pouco
mais que uma rua, como é referido nas "Memórias Paroquiais" de
1758. Foi extinto e anexado ao Concelho de Arouca, em 17 de
Dezembro de 1817, por decisão que secundou a vontade dos próprios
moradores.
Doçaria
A variedade e qualidade da doçaria conventual e regional de Arouca
são hoje recurso de grande valia e fonte inestimável de riqueza
para o Concelho. O mosteiro e as suas freiras legaram-nos, nesse
domínio, um património riquíssimo, que continua a ser transmitido
de mãos em mãos, de geração em geração, mantendo-se o segredo da
sua confecção nas poucas famílias que a ele tiveram acesso. As
castanhas doces, as morcelas, o pão de S. Bernardo, as barrigas de
freira, o manjar de língua, as roscas e os charutos de amêndoa, o
pão de ló, os melindres, são apenas algumas das variedades da
doçaria arouquense que, semana a semana, atraem tantos visitantes
ao concelho.
Torre dos Mouros
Situada no lugar de Lourosa de Campos, datada do séc. XII, é uma
torre senhorial, quadrangular, de estilo gótico, com uma cisterna
(hoje enterrada) com seteiras e matacães e uma inscrição ainda não
decifrada até ao presente. É conhecida, entre a população, por
"Torre dos Mouros". É o monumento de maior dimensão e importância e
o melhor conservado de toda a freguesia do Burgo.
Memorial de Santo António
É um curioso arco funerário medieval, em granito, situado na
freguesia de Santa Eulália. É um dos seis monumentos deste tipo
existentes em todo o País. Foi classificado como monumento nacional
em 1910.
É também chamado "Arco da Rainha Santa" por, segundo a lenda, estar
ligado ao trajecto fúnebre da padroeira de Arouca, Rainha Santa
Mafalda.
Admitem alguns investigadores que se tratará de um monumento
tumular, datado dos séculos XII ou XIII.
Partida e chegada: Capela de Sta. Maria do
Monte
Âmbito: Desportivo, panorâmico e ambiental
Tipo de Percurso: de pequena rota, por caminhos
tradicionais e de montanha
Distância a percorrer: 13,3km - em circuito
Duração do percurso: Cerca de 3h
Nível de dificuldade: Médio, requerendo alguma
prática
Desníveis: Embora com um desnível acumulado de 840
metros, este dissipa-se pela distância não havendo descendentes e
ascendentes muito longas. Exceptua-se a ascendente entre a
Ameixieira e o estradão dos Viveiros que, além de algo longo (cerca
de mil metros), tem uma forte ascendente na sua parte final
Época aconselhada: Todo o ano
Mais
informações
DOWNLOAD DO
PERCURSO
A CACHE
A cache está na parte final do percurso, entre a
Forcada e Santa Maria do Monte, rodeada de uma paisagem florestal
deveras relaxante.
É uma lata dentro de dois sacos. Pode fazer
trocas. Se tiver dificuldades em encontrá-la, deve usar a hint.
Tire fotos do percurso e publique.
Pode também procurar esta
cache (Viveiros da Granja), que fica no mesmo percurso.
Obrigado.
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