Skip to content

Praça Forte de Peniche Multi-cache

Hidden : 8/31/2007
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:

A Praça-forte de Peniche localiza-se na cidade de mesmo nome, no Distrito de Leiria, em Portugal.

Forte de Peniche


Portão interior / Inner gate

Acredita-se que origem do topónimo Peniche possa derivar de Phenix, nome de uma antiga cidade na ilha de Creta, cuja configuração geográfica era semelhante à da primitiva ilha de Peniche. Vizinha ao cabo Carvoeiro, atualmente encontra-se a treze metros acima do nível do mar, ocupando uma península de 2.750 metros de comprimento, no sentido Oeste-Leste.

À época da Independência de Portugal, Peniche era uma ilha, distante cerca de oitocentos passos do continente, fronteira à foz do rio de São Domingos.

O antigo lugar da Ribeira d’Atouguia, na foz desse rio, constituía-se num dos mais importantes portos portugueses da Idade Média, e em ponto-chave para acesso aos principais centros do país (Leiria, Óbidos, Santarém, Torres Vedras e Lisboa), nessa qualidade tendo estado envolvida em diversos episódios da História de Portugal.

A acção das correntes marítimas e dos ventos, com o passar dos séculos, levou ao assoreamento desse curso de água, vindo as areias a formar, progressivamente, um cordão de dunas que, consolidando-se, uniu a ilha de Peniche ao continente, fazendo desaparecer o porto de Atouguia.

Alvo constante de ataques de corsários ingleses, franceses e argelinos, o rei D. Manuel I (1495-1521) encarregou o Conde de Atouguia da elaboração de um plano para a defesa daquele trecho do litoral, que foi apresentado ao seu sucessor, o rei D. João III (1521-1557).

Os trabalhos foram iniciados pela construção, em 1557, do chamado castelo da vila, estrutura abaluartada concluído por volta de 1570, ao tempo do reinado de D. Sebastião (1557-1578).

Durante a Dinastia Filipina, foi em Peniche que as tropas inglesas, cedidas por Isabel I de Inglaterra, sob o comando de D. António, Prior do Crato, iniciaram a sua marcha sobre Lisboa (Julho de 1589), na tentativa, infrutífera, de restaurar a soberania portuguesa.

Ainda nesse contexto, a povoação pesqueira foi elevada a vila (1609) tendo sido promovidos pequenos reparos nas suas muralhas.

Ao se iniciar a Guerra de Restauração da independência, o Conde D. Jerônimo de Ataíde prosseguiu as obras de fortificação de Peniche, sob projectos do engenheiro militar francês Nicolau de Langres e, posteriormente, do português João Tomaz Correia.

Esta fortificação era coadjuvada pelo Forte da Consolação e pelo Forte de São João Baptista das Berlengas, integrando um extenso sistema defensivo que, entretanto, revelou-se débil no contexto da Guerra Peninsular, diante da invasão napoleônica de 1807 (sob o comando de Jean-Andoche Junot), quando entre o final desse ano e Agosto de 1808, permaneceu ocupada por tropas francesas. Na ocasião foram procedidos reparos nas suas defesas pelos invasores, que, entretanto, picaram as armas de Portugal sobre o portão principal. Ocupada por tropas inglesas sob o comando de William Carr Beresford, foram executados novos reparos nas defesas, o mesmo se repetindo sob o reinado de D. Miguel (1828-1834), que culminaram na ampliação do perímetro defensivo. A fortificação teve, entretanto, uma débil atuação durante as Guerras Liberais.

Em 1836, a Praça-forte viveu dois eventos funestos: o incêndio que destruiu completamente o chamado Palácio do Governador (que não voltaria a ser recuperado) e a explosão da pólvora armazenada em um dos paióis.

Neste século, diante da progressiva perda da sua função defensiva, as suas instalações passaram a ser utilizadas como prisão (época das Invasões Napoleônicas) e posteriormente, como prisão política (época das Guerras Liberais, quer para liberais, quer para absolutistas).

No alvorecer do século XX, foi utilizada como abrigo para os bôeres que se asilaram na então colônia portuguesa de Moçambique após a vitória inglesa na África do Sul. À época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), nela estiveram detidos alemães, convertendo-se, durante o Estado Novo português (1930-1974), em prisão política de segurança máxima.
Alvaro Cunhal, talvez o mais famoso dos presos politicos de Peniche esteve aqui encarcerado durante 11 anos. Foi mantido incomunicável durante 14 meses, dos quais, 8 em total isolamento.

No dia 3 de Janeiro de 1960 evadem-se do forte de Peniche: Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues.

A famosa fuga de Peniche foi uma das mais espectaculares da história do fascismo português, por se tratar de uma das prisões de mais alta segurança do Estado Novo.

No fim da tarde pára na vila de Peniche, em frente ao forte, um carro com o porta-bagagens aberto. Era o sinal de que do exterior estava tudo a postos. Quem deu o sinal foi o actor, já falecido, Rogério Paulo.

Dado e recebido o sinal, no interior do forte dá-se início à acção planeada. O carcereiro foi neutralizado com uma anestesia e com a ajuda de uma sentinela - José Alves - integrado na organização da fuga, os fugitivos passaram, sem serem notados, a parte mais exposta do percurso. Estando no piso superior, descem para o piso de baixo por uma árvore. Daí correm para a muralha exterior para descerem, um a um, através de uma corda feita de lençóis para o fosso exterior do forte. Tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila, onde estavam à espera os automóveis que os haviam de transportar para as casas clandestinas onde deveriam passar a noite.

Álvaro Cunhal passou a noite na casa de Pires Jorge, em São João de Estoril, onde ficaria a viver durante algum tempo.

Esta fuga só foi possível graças a um planeamento muito rigoroso e uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.

Do interior a comissão de fuga era composta por Álvaro Cunhal, Jaime Serra e Joaquim Gomes. Do exterior, organizaram a fuga Pires Jorge e Dias Lourenço, com a ajuda de Otávio Pato, Rui Perdigão e Rogério Paulo

Em 25 de Abril de 1974, ao eclodir a Revolução dos Cravos, foi um dos pontos-chave dos revolucionários, passando a ser utilizada como abrigo para os retornados dos ex-territórios ultramarinos portugueses na África quando do processo de descolonização.

A partir de 1984 o espaço das suas dependências passou a ser utilizado como Museu Municipal, exibindo material arqueológico, histórico e etnográfico, destacando-se o chamado Núcleo da Resistência, a reconstituição do ambiente de uma prisão política do Estado Novo.

No ano de 2006 as dependências da fortaleza serviram como cenário para a dramatização do desembarque inglês de 1589, visando repor a verdade histórica sobre a popular expressão "os amigos de Peniche".
Museu / Museum


Características
A Praça-forte é constituída por uma série de obras defensivas com estrutura abaluartada, com planta no formato de um polígono irregular estrelado, adaptado ao terreno. O perímetro amuralhado abrange uma área de cerca de dois hectares, nele se inscrevendo quatro portas - a das Cabanas, a Nova, a da Ponta e a de Peniche de Cima. O conjunto da fortificação divide-se em dois grandes setores:

a norte, Peniche de Cima, dominado pelo Forte da Luz, hoje em ruinas. No formato poligonal com baluartes nos vértices coroados por guaritas circulares, apresenta as canhoneiras no terrapleno, pelo lado do mar. Pelo lado de terra, protegendo o portão monumental, ergue-se um revelim triangular.
a sul, Peniche de Baixo, constituindo-se na Cidadela. Pelo lado do Campo da Torre, um revelim protege a entrada e a cortina da Cidadela, cuja defesa é complementada por um fosso. Cortinas e fossos adicionais protegiam o setor Oeste, bem como diversas canhoneiras, caminhos cobertos e esplanadas. Outras duas cortinas a Norte e os baluartes a Leste e a Oeste são acompanhados por várias construções de planta rectangular e pelas famosas prisões, dominadas por uma torre de vigia.

It´s a popular belief that the name Peniche may come from Phenix, , the name of an ancient city on the island of Crete (Greece), wich would be very similar to the former island of Peniche. Near the Carvoeiro cape, Peniche is now 13 mts above sea level in a 2.750 mts long peninsula.

At the time of Portuguese independence, Peniche was an island at about 800 feet from mainland near the estuary of the São Domingos river.

The ancient place of Ribeira d´Atouguia at the estuary of the São Domiingos river was one of the most important ports of the Portuguese coast during the Middle Age and a key point to acess all the main cities from the center of Portugal (Leiria, Obidos, Santarém, Torres Vedras and Lisbon) and in that wuality it was involved in several episodes of the Portuguese History.

Trough the centuries, the action of the sea and the winds, took the island closer to mainland untill it became what´s today. A large peninsula connected to mainland trough sand and dunes and this way, eliminating the port of Atouguia.

The place was one of the favourite targets of the English, French and Algerian Corsairs so the King, D. Manuel (1495-1521) ordered the Count of Atouguia to prepare adefense plan for that part of the coast. This plan was presented to his sucessor, King D. João III (1521-1557) and the works began in 1557 with the construction of the "Village Castle".

During the "Filipes" Dinasty (Spanish Kings that rulled Portugal from 1580 to 1640) it was in Peniche that the English troops under the comand of D. Antonio Prior do Crato started his march to Lisbon (July 1589) in an attempt to restaur Portuguese Independency.

It was also during this period that the small fishermans settlement was promoted to village (1609) and some repairs were made in the walls.

At the begining of the Independece Wae, Count D. Jerônimo de Ataide continued the fortification works of Peniche with projects of French Military engineer Nicolas de Langres and later from Portuguese João Tomaz Correia.
This fort´s line of defense was helped by the Consolação Fort and the São João Batista das Berlengas fort and was part of a large defensive sistem that was proved to be very fragile during the Peninsular wars and the Napoleon invasion in 1807 under the command of Jean-Andoche Junot and was ocupied from the end of that year untill August 1808 by the French troops. During that time some repairs were made by the invaders.
Later it was ocupied by the allied English troops and new repairs were made under the comand of William Beresford. During the Reign of King D. Miguel (1828-1834) a new defensive perimeter was build, but, during the Liberal wars the fort had again proved to be very fragile.

In 1836 the fort has suffered two major incidents. A large fire destroied completely the so called Governors Pallace (never recovered) and a large explosion in the powder warehouse.

During the XIX century the defensive function was progressively lost and the compound was used as a prison. First as a regular prison after the Napoleons invasions (they were three) and later as a political prison during the Liberal War.

At the dusk of the XX century it was used as a shelter for the Boers that escape from South Africa to Mozambique and then to Portugal after the English victory in South Africa. At the time of WWI (1914-1918) it held some German Prisioners and, during the Portuguese Estado Novo (Dictatorship from 1930-1974) it was converted in a High Security Political Prison.
Alvaro Cunhal, historic leader of the Portuguese Comunists was prop
ably the most notorious prisioners of Peniche. He was incarcerated here during 11 years. Incomunicable during 14 months being 8 of them of total isolation.

At th 3rd January 1960 in what was called the Famous escape from Peniche, Alvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho and Francisco Martins Rodrigues.

The Famous Escape from Peniche was one of the most spectacular jail breaks of the Portuguese Fascism mostly because this was considered one of the most secure prisons of the country.

In the 25 April 1974, after the April Revolution it was used as a shelter for the refugees from the former African colonies during the decolonization process.

After 1984 it was converted in a museum with archeologic, historic and etnographic material where the called Resistance area (where you can see how the prison environment during the dictatorship period was) stands out.

A Cache: A cache foi propositadamente colocada fora do forte de modo a que o horário do forte (09h-17h) não prejudicasse a sua busca.
As coordenadas indicadas levar-vos-ão até proximo do portão exterior do Forte de Peniche ao qual aconselhamos uma visita. É gratuito. Só tem que pagar se quiserem visitar o museu. Fica ao vosso critério.
Nesse local deverão verificar qual o ano indicado por cima do referido portão.
Esse ano representará A, B, C e D respectivamente (por exemplo: se o ano fosse 2007 teriamos A=2, B=0, C=0 e D=7).
Para encontrar as coordenadas finais deverão notar que: X=ABC e Y=DBC.
Latitude Final = N39° 21.X
Longitude Final= W009° 22.Y
No local podem contemplar o mar, meditar e pensar como seria a vida naquela prisão. Agradecemos apenas que tenham algum cuidado com os mugglers que poderão aparecer das redondezas nomeadamente pescadores.

The Cache: The cache was placed outside the fort so you could search for it and the fort opening hours (09h-17h) wouldn´t be a problem.
The given coordinates will take you close to the fort´s outside gate. We advise you to visit the fort. It´s free. You only have to pay for the museum. It´s up to you.
At that place, please notice the date above the gate.
This year will represent A, B, C and D (example: if the year was 2007 we would have A=2, B=0, C=0 e D=7).
To find the final coordenates you must consider thats:
X=ABC and Y=DBC .
Final Latitude= N39° 21.X
Final Longitude = W009° 22.Y
At the cache place you can watch the sea, meditate and think how it would be the life in this prison. Please take care with mugglers. Fisherman can show up at any time.

Poupe papel

Additional Hints (Decrypt)

Ahz ohenpb qr ebpun, fcbvyre. Va n ebpx ubyr, fcbvyre.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)