A Cache no sofá
Já durante a ocupação romana, nos tempos que a Galaécia era província que se contava a história de um tesouro roubado e escondido por estes lados. Reza a lenda que alguns dos sete trabalhadores da Geira romana que fundaram Vilarinho da Furna algures perto do ano 75 descobriram um tesouro escondido por aqui 8 anos depois da fundação. Tudo indica que fazia parte de um saque de um assalto a uma rica casa de Bracara Augusta.
Foi roubado da morada de Zacarias, que era Publicano como posição, um tesouro formidável. Devido às suas funções de colector de impostos a casa acumulava um peculiar tesouro. Era uma tentação demasiado grande para os membros da resistência celta e que não apreciavam já há algum tempo a opressão romana.
A mesma fonte relatava ainda que o marco miliário XXVII foi mudado do seu local original para assinalar a descoberta. Actualmente ainda se consegue ver a seguinte inscrição:
IMP CAES / G MISSO TR / DACO NVTO / PIO / FEL AVG / P MAX TR P / PC IIII C II / P C A BRAC / M P / XXVII
Igualmente alguém apontou as indicações de como chegar ao tesouro, usando o que via enquanto mudavam o marco de local. Ali, mesmo ao lado da Geira, via onde o movimento ainda era notório nestes tempos, rapidamente seria descoberto. E enquanto os romanos se lembrassem continuariam à procura de quem assaltou a casa do Publicano mesmo sem saberem da zona onde o tesouro foi escondido.
Durante séculos este achado ficou perdido na história. Todos os registos escritos, pelo menos aqueles que se conheciam, foram destruídos. Até aos dias de hoje ninguém sabia da existência do tesouro. O assunto foi esquecido. Mesmos os arqueólogos mais empenhados na caça ao tesouro julgavam que não passava de um mito ou um devaneio de algum legionário a sucumbir ao deus Baco.
Um dia, em escavações para os estudos da futura barragem, foi encontrado um pedaço de olaria velha com várias linhas escritas e onde ainda se conseguia ler:
RWRJKRDVEKF ZM, OMZ, OOOMZ, CMZZZ, CZO DVKIFJ
ILDF OOOMZ, CMZZZ, CZO, CO, COZ, COZZ XIRLJ
Nada mais restou da peça. Essa foi guardada numa pequena caixa de doze polegadas de lado num recanto do museu e por lá ficou. Só num dia de arrumações, de maneira que a exposição da história da aldeia afogada fosse melhorada e muitos séculos depois, voltou a ver a luz do dia. Foi nessa data que Indiana foi informado com uma mensagem electrónica. Aí estavam todas as informações e instruções de como chegar à localização actual.
Serão capazes de descobrir por este montes o paradeiro do tesouro encarnando Indiana?
Mas primeiro é necessário obter todas as informações para, chegados à zona do ponto inicial, começar a aventura bem preparados e sem ser às cegas. Não há nada para ser encontrado no ponto inicial.
Omnium rerum principia parva sunt.
Esta história é baseada em alguns factos reais embora os personagens sejam fictícios.
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