Mosteiro de Santa Clara (Vila do Conde)
Igreja de Santa Clara e Túmulos dos Fundadores D. Afonso Sanches e Teresa Martins
Templo do séc. XIV, pertencente ao Mosteiro de Santa Clara, de estrutura gótica, com alguns acréscimos renascentistas. Planta em forma de cruz latina, de uma só nave, transepto e abside. A capela-mor apresenta um arco profusamente decorado e abóbada polinervada, notáveis os tectos de madeira com caixotões da nave, parte do transepto e coro alto. Na Capela dos Fundadores (séc. XVI) encontram-se os túmulos do Infante D. Afonso Sanches e sua mulher D. Teresa Martins, considerados das mais belas obras de escultura tumular em estilo manuelino. É digna da maior atenção a obra de marcenaria dos tectos, especialmente os do coro alto.
Os claustros podem ser visitados durante o horário de culto.
Enquanto a igreja se conservou até hoje, a casa conventual que conhecemos não é a primitiva. Trata-se de uma edificação do Séc. XVIII. Do grandioso projecto de contrução para o novo mosteiro, apenas foi concluída a fachada Sul, e que por força da sua monumentalidade é hoje o ex-libris de Vila do Conde.
Desde o início que existiam dificuldades no abastecimento de água ao mosteiro. Ao princípio, as freiras remediavam-se com uma cisterna; depois contrataram serviços de aguadeiros; e mais tarde, recorreram a uma grande arca de água, fábrica da fundação do Mosteiro, e que descia por dilatados degraus de pedraria.
O aqueduto foi construido entre 1705 e 1714, para abastecer com água, captada em Terroso, o Mosteiro de Santa Clara. Inicialmente formado por 999 arcos. É o segundo mais extenso aqueduto do país. Do conjunto ainda resta uma grande parte da estrutura inicial, embora já muito fraccionada, sendo o troço da Igreja de Santa Clara até ao limite do Concelho de Vila do Conde o que melhor conservação apresenta, num total de cerca de quatro quilómetros. Possui uma arcatura de envergadura e altura decrescente, com arcos de volta perfeita e perfil superior do canal arredondado.
Como o Aqueduto e o Convento se encontram intimamente ligados, a cache encontra-se guardada num dos pilares do Aqueduto.
Muito cuidado com os "mugles"!