Situado em
Trás-dos-Montes, no nordeste português, e tendo as serranias
espanholas por vizinhas, Montesinho é uma mistura fantástica de
riquezas naturais e de heranças cultutais antiquíssimas. Ao longe,
contra o azul do céu, pode-se acompanhar o voo sinuoso de uma
águia-real (Aquila
chrysaetus). Nas encruzilhadas dos caminhos de terra é fácil
detectar pegadas de lobos (Canis
lupus) e raposas (Vulpes
vulpes), dejectos de corço
(Capreolus capreolus) ou
marcas de passagem dos javalis
(Sus scrofa). As imensas
matas de carvalho-negral (Quercos
pyrenaica) são uma das principais riquezas da região, que
aliadas harmoniosamente com os castanheiros
(Castanea sativa) -
simbolo do parque natural - contribuem para o equilibrio da
floresta. O isolamento proporcionado pelas serranias permitiu o
desenvolvimento de formas culturais únicas. O rionorês, dialectgo
próprio falado pelas gentes de Rio de Onor e Guadramil, as forjas e
os fornos comunitários, a vezeira do gado (guarda à vez do rebanho)
e o concelho de vizinhos são exemplos vivos enraízadas tradições
sociais e do comunitarismo.
Rio de Onor,
apesar do isolamento, não vive só. A poucos metros do marco onde
está inscrito o "P" que marca a fronteira portuguesa, ergue-se a
aldeia espanhola de Rihonor de Castilla, onde o "E" ainda se
encontra bem vincado no marco que ladeia a estrada fronteiriça.
As suas casa são as típicas de Trás-dos-Montes, com o
rés-do-chão a ser ocupado pelo gado e o primeiro andar destinado às
habitações. Porém Rio de Onor não se resume à aldeia. Caminhando
pasa sul, atravessam-se prados de um verde imaculado, salpicado
pelos tons coloridos das pequenas flores. Diariamente, seja domingo
ou dia Santo, o pastor deambula com o gado pelas pastagens e pelas
serras, que os cercam. A tarefa de pastar o gado vai alternando
diariamente de família para família e nem o presidente da Junta se
coibe a tal missão.
in Guia de
Percursos Naturais


Nas
coordenadas publicadas devem encontrar o marco fronteiriço. A cache
encontra-se em:
N 41°
55.[nº_marco+564]
W 006°
36.[nº_marco+495]
Da cache terá uma vista sobre o
vale cavado pelo rio que deu nome à aldeia. O percurso pedestre que
passa pela cache tem uma duração aproximada de 3h (cerca de 12km) e
é de dificuldade acessível. Para os que não gostam assim tanto de
andar é possível deixar o carro a menos de 50m da
cache. |