Há milhares de anos, a Glaciação na Serra da Estrela permitiu a existência de neves perpétuas
(a partir de 1.650m) que se fundiam durante o ano ficando compactadas e dando origem ao gelo.
Assim, acabou por se formar uma cúpula de gelo no Planalto da Torre que teria uma superfície de cerca de 70km2 e uma espessura de 80m.
O progressivo aumento da temperatura – sempre negativa, nesta era de glaciação – originou a formação de línguas de gelo que escoavam para as altitudes mais baixas, moldando então os vales já existentes.
O Vale Glaciar de Loriga
Situado na vertente oeste, o glaciar de Loriga quase atingia o local actual da vila.
Tendo início a 1750m de altitude, perto do Planalto da Torre, apresenta uma série de quatro covões alguns com aproveitamento hidroeléctrico, que descem abruptamente uma extensão de 7km.
Na época do glaciar, o gelo progredia até à altitude máxima de 800m que, posteriormente, removia todo o manto vegetal deixando a descoberto a superfície do granito sujeita a fracturação, visível nos dias de hoje.
A ribeira de Loriga é a linha de água herdada deste glaciar constituindo um dos cenários magníficos da Serra da Estrela.
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