Localizada nos subúrbios da cidade, é
monumento simples e gracioso que detêm a honra de ser o mais antigo
do Concelho.
Admite-se que a primeira fase da sua
construção, correspondente à actual sacristia, se situe entre 660 e
715; a segunda, da ampliação ogival, entre 1390 e 1450; a terceira,
do revestimento azulejar, nos finais do século XVII; e a quarta, em
1783, aquando da instalação da Roda dos Enjeitados.
Em
1973, foi demolida a velha e arruinada casa do ermitão que nada
tinha que a impusesse; construída a escadaria de acesso; removido
muito do que era postiço e anacrónico; e revestida as paredes da
sacristia de belos azulejos de Seiscentos, trazidos da demolida
capela de Nossa senhora de Monserrate, da Meia Via.
Durante
as obras foi desemparedada a escultura truncada, de pedra hoje
exposta em nicho da sacristia.
O
pórtico de entrada da capelinha, defendido por alpendre sustentado
por seis colunas, tem arco subido de duas arquivoltas decrescentes,
ladeado por duas janelas baixas.
No
interior, pavimento de lajedo, lambrim de 2,10 metros de azulejos
seiscentista, pia de agua benta quinhentista, Painel policromo da
Anunciação sobre a porta de entrada, púlpito em talha dourada com
dossel, altar mor e colaterais com frontais revestidos de azulejos
relevados mudéjares.
O arco
triunfal da capela-mor, muito subido, do ogival primário, assenta
em pilastras formadas por três colunas. A capela-mor tem abobada de
cinco nervuras que repousam em mísulas góticas e rematam no fecho
por bocete com as armas dos Almeidas. A meio da abobada, um
encordoado de pedra enlaça as cinco nervuras
À
entrada da dependência lateral, a velha Roda dos Enjeitados, que
ali funcionou entre 1783 e 1869.
inTemplos
do Concelho de Torres Novas (texto de Joaquim Rodrigues Bicho). Edição O ALMONDA
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