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Castro de Pragança
"Este povoado
fortificado (ou castro), localmente conhecido por "Castelo", é um
dos mais importantes sítios arqueológicos da Estremadura
portuguesa. Do alto do monte rochoso onde se encontra, com a altura
máxima de 334 metros, apresenta boas condições naturais de defesa e
domina as terras baixas para Oeste e Norte.
Foi
reconhecido em 1893 por António Maria Garcia, professor primário em
Pragança e por José Leite de Vasconcelos, pioneiro da arqueologia
portuguesa, que aí fizeram as primeiras explorações. Em 1894 o
adjunto de Leite de Vasconcelos, Maximiano Apolinário, prosseguiu
as escavações. Foi então recolhido muito material que foi levado
para o Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa. Também no início
do século XX o Cónego Boto mandou fazer escavações tendo levado
material para Faro.
Na década de
30, Leonel Trindade, de Torres Vedras, realizou mais escavações
neste povoado. O material então recolhido também foi para o Museu
Nacional de Arqueologia. De todas estas escavações quase nada se
sabe, mas pode-se deduzir que tivessem provocado muitos
remeximentos nas camadas arqueológicas.
Nos anos de
1988,1989 e 1990 foram realizadas novas escavações no ponto mais
alto do castro de Pragança, orientadas pela Assembleia Distrital de
Lisboa e devido ao manifesto interesse da Câmara Municipal do
Cadaval. Foi então descoberta uma torre de defesa semicircular
sobre a falésia rochosa.
Em 2004 foi
feita a consolidação da torre pré-histórica e promovida a
valorização deste sítio arqueológico."
:: As
ocupações do povoado
"Pelos materiais
recolhidos verificou-se que este povoado teve a sua origem no
Calcolítico inicial (Idade do Cobre) e foi ocupado ao longo de toda
a Idade do Cobre. A sua vida prolongou-se pelas
Idades do Bronze e do Ferro até à chegada dos
Romanos.
Com estas
ocupações ao longo de cerca de 3 milénios por populações das Idades
do Cobre, Bronze e Ferro, o castro de Pragança é um dos povoados
com maior longevidade justificada pela sua situação estratégica
numa região fértil e pela sua posição charneira entre o norte e o
sul do território da fachada atlântica peninsular.
Das diversas
épocas foram recolhidos machados em pedra, pontas de seta e lâminas
em sílex, utensílios em osso, pesos de tear, instrumentos de cobre
e bronze e muitos fragmentos de vasos em cerâmica, destacando-se os
decorados da Idade do Bronze. Muitos destes materiais encontram-se
agora expostos no Museu Municipal do Cadaval
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