A freguesia de Porto Salvo foi até 10 de Junho de 1993 um
simples lugar da freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de
Oeiras. Entretanto, o progresso registado justificou a elevação à
categoria de freguesia, anseio antigo da sua população. É hoje a
segunda maior freguesia do concelho, mas uma das menos
populosas.
No extremo sudoeste do concelho de Oeiras e no seu limite com os
concelhos de Cascais e de Sintra, é delimitada pelas freguesias de
Oeiras, Barcarena e Paço de Arcos. Tem uma área de 7,3 km2.
Leião era um dos extremos norte do antigo reguengo de Oeiras, no
século XIV.
Em 1679, por ordem de D. João V, aqui foi construída uma
fortaleza, projectada pelo conde de Cantanhede, depois marquês de
Marialva, que visava a defesa da barra do Tejo e a protecção de
novas investidas espanholas. Apesar do nome, este forte encontra-se
já no termo da freguesia de Paço de Arcos.
Até ao século XVIII, Porto Salvo foi um obscuro lugar, parte
integrante da chamada “vintena da Caspolima”. Não tinha qualquer
importância sob o ponto de vista económico ou político. A partir
daí, tudo mudou. É construída uma nova igreja paroquial e o povoado
cresce em poder, pelo menos a nível religioso. O grande
desenvolvimento, no entanto, ocorreu já neste século, e daí a
elevação à categoria de freguesia em 1993.
Foi 1.º Visconde de Porto Salvo Henrique José da Costa,
fidalgo-cavaleiro da casa real e opulento proprietário. Nasceu em
Lisboa em 10 de Março de 1808 e morreu em Brescia, Itália, em 10 de
Junho de 1877. Recebeu o título das mãos de D. Miguel. O seu irmão,
Heliodoro Costa, fora encarregado pelo rei absolutista de angariar
em Itália dinheiro para a sua causa política. O enviado real morreu
e toda a sua fortuna, calculada em mais de dois mil contos de réis,
passou para as mãos daquele que viria ser visconde de Porto
Salvo.
Os trabalhos de recuperação do chafariz e da zona envolvente
terminaram... poderão testemunhar um dos cada vez mais raros
exemplos de conservação do nosso património histórico.