Regadas
«A área que vamos percorrer é uma
zona de Quinta ou propriedades um tanto extensas, habitadas, em
geral, por pastores, espalhadas pela vertente nordeste da Serra da
Estrela, desde a Ribeira da Fórnea até às alturas de São Domingos
(…). (…) Antigamente era percorrida pelo Caminho da Guarda (…).
Servia Melo, Folgosinho, Freixo, Figueiró e Linhares, além de
outras povoações mais afastadas. (…)
Desçamos pela ladeira do Castelo.
Em poucos minutos estamos na Ribeira a atravessar a ponte.
Em frente, a Quinta da Ribeira dos pastores, (…). Não muito acima,
surge uma outra Quinta. É o Soito (…). Ao cimo do Caminho das
Quintas, na Barroca do Espinheiro, vive o Tio Romano, figura
popular típica que toda a gente conhece. (…)
Deixámos para trás muitas quintas como as dos Fidalgos, a do
Peixoto, a das Bugalhas, a do Prazo e muitas outras porque o nosso
principal alvo é chegar às Regadas.
Na casa do Tio Romano, voltemos à
esquerda. Atravessamos a Barroca da Fonte d'Arca, na Quinta dos
Tentes, linha de separação do termo de Folgosinho do antigo de
Linhares e chegamos ao lugar das Regadas, à esquerda do caminho que
seguia para Linhares. Hoje pertence ao concelho de Gouveia.
As Regadas tinham 19 fogos, tudo gente oriunda de Folgosinho,
Freixo e Linhares, que se dedicava à pastorícia e à agricultura de
subsistência. Hoje vive ali apenas um casal de idosos (…) [que me]
acompanhou sempre na visita ao lugar onde as casas de granito,
primitivas e típicas da Serra, continuam de pé, com raras
excepções, porque os donos, de vez em quando vão lá cuidar delas.
Pertencem a gente de Folgosinho e do Freixo, com ligações a
Linhares. As ruas são estreitas e declivosas, as casas têm lojas
para os animais e para a despensa de produtos agrícolas.
As silvas e urtigas já começam a invadir os recintos.
No meio há um castanheiro gigante,
bicentenário (…). Encontrei ali o Sr. Manuel Saraiva, de 86 anos, a
apanhar as castanhas do célebre castanheiro, plantado pelo seu avô.
»
(Leonel Abrantes, Novas Portas de
Acesso à Serra da Estrela, Viseu, Eden Gráfico, 1997: pp.
114-118)
A Cache
A cache encontra-se escondida neste antigo lugar que, apesar de
desabitado, não está abandonado - por isso, pedimos que respeitem
as casas e tudo aquilo que por ali encontrarem. Pedimos ainda que
sejam discretos pois, sem se aperceberem, poderão estar a ser
observados.
Há várias maneiras de chegar a este lugar. A que nós sugerimos é
uma caminhada desde Folgosinho com início no waypoint "Start". A
meio da descida, quando a estrada de terra acabar devem seguir o
waypoint "Trail" até às pontes (zona mais exigente do percurso). Aí
encontrarão a estrada que vos levará até às Regadas.
Esperemos que gostem do local e, sobretudo, que se divirtam com
mais esta cache que vos propomos!
English
The cache is hidden in this ancient place that, despite not
inhabited, isn’t abandoned. We ask you to respect the houses and
everything you may find. You should also be discreet because,
without realising, you may be being observed. There are several
ways to reach this place. The one we suggest is a walk from
Folgosinho beginning in the waypoint "Start". When the path stops,
you should follow the waypoint "Trail" until the bridges (the most
demanding point of the route). Here you will find the road that
will lead to "Regadas". We hope you enjoy the place and have fun
with this cache!
|