
O Local
A
Capela de Santa Catarina situa-se no lugar de
Antinha perto do
Ladoeiro no concelho de Idanha-a-Nova.
Esta capela guarda uma imagem de Santa Catarina de Sena muito
antiga, inspiradora de forte devoção. É um pequeno e harmonioso
templo datado de 1872.
A Lenda
Andava um honrado lavrador a amanhar a
terra com uma junta de vacas no sítio da
Antinha, conta-se que um dos animais
morreu repentinamente. Aflito e desgostoso com a perda de tão útil
como necessário animal pôs-se o lavrador a chorar a sua pouca
sorte, pois, acabava de perder o "ganha-pão" da sua numerosa e
necessitada família e implorava, por isso, o auxílio divino.
Apareceu-lhe , então, Santa Catarina que
devolveu a vida ao animal e lhe ordenou para ir ao povoado contar o
sucedido e dizer do seu desejo que naquele preciso local fosse
eriguida uma capela em sua honra, mas
com o alpendre voltado a poente.

Acudiram os habitantes a satisfazer
prontamente o pedido mas virando o alpendre a nascente como era
costume na época, pensando que o lavrador vidente se havia
equivocado. No dia seguinte, porta e alpendre estavam caídas no
chão. Refizeram a obra deixando na mesma o alpendre dirigido a
nascente e de novo ele voltou a ruir. Convenceram-se, então, os
habitantes de que o lavrador não se havia enganado e executam a
obra segundo as indicações recebidas. E ainda hoje podemos apreciar
a capela com a porta e o alpendre voltados a poente e, estamos
certos, a fé dos ladoeirenses jamais
deixará cair por terra este pequeno templo que tanto carinho e
estima infunde ao povo do
Ladoeiro.
In www.cm-idanhanova.pt

Catarina de Siena
Catarina de Siena (25 de Março 1347 -
29 de Abril 1380) foi uma leiga da Ordem Terceira de São Domingos,
venerada como Santa Catarina na Igreja Católica. Catarina de Siena
foi ainda uma personagem influente no Grande Cisma do
Ocidente.
Catarina nasceu em Siena, Itália no
dia 25 de março do ano 1347, sendo a
24ª filha de um tintureiro chamado
Giacomo di
Benincasa. Os seus pais eram burgueses
comerciantes, com forte sentido religioso e familiar, próprio do
seu tempo.
Aos 7 anos de idade Catarina consagrou
a sua virgindade a Cristo e aos 15 ingressou na Ordem Terceira de
São Domingos. Catarina encarou a sua clausura com seriedade e vivia
encerrada no seu próprio quarto, onde, por intermédio da oração e
diálogo afirmava que estava sempre com e em Cristo. Catarina
abandonou a sua cela somente em 1374, quando a peste se alastrou
por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e abandonados,
tendo praticado grandes actos de caridade. Nesse mesmo ano (1374),
recebeu uma visão e ficou estigmatizada. Na visão Cristo lhe disse
de d'ora em diante ela trabalharia pela
paz, e mostraria a todos que uma mulher fraca pode envergonhar o
orgulho dos fortes.

No ano 1376, quando toda a Itália
estava envolvida em graves disputas políticas à volta do papado,
organizaram-se nas cidades de Peruggia,
Florença, Pisa e em toda a Toscânia milícias e revoltas contra o
poder político do Papa Gregório XI. Catarina decidiu seguir até
Avinhão, cidade onde os papas viviam desde há mais de 70 anos, e
apresentar-se diante do mesmo para o convencer a regressar a Roma,
pois que tal seria fundamental para a unidade da Igreja e
pacificação da Itália. Tendo obtido esse grande sucesso em 1378,
voltou para sua cidade, onde adoeceu e faleceu em 29 de Abril de
1380, dia em que se comemora a sua memória litúrgica. Tal sucesso
foi no entanto de pouca duração, pois que a eleição seguinte tornou
a mergulhar a cristandade em nova divisão: o Grande Cisma do
Ocidente.
Embora analfabeta, Catarina ditou mais
de 300 cartas endereçadas a todo o tipo de pessoas, desde papas,
aos reis e líderes, como também ao povo humilde, onde lutava pela
unificação da Igreja e a pacificação dos Estados Papais. Uma das
suas obras ditadas, Diálogo sobre a Divina Providência, é um
livro ainda hoje considerado
um dos maiores testemunhos do misticismo
cristão e uma exposição clara de suas ideias teológicas e
espiritualdiade.
Em 1970, o Papa Paulo VI declarou-a
Doutora da Igreja, sendo a única leiga a obter esta distinção. O
Papa João Paulo II declarou-a co-padroeira da Europa, juntamente
com Santa Brígida da Suécia e Santa Teresa Benedita da
Cruz.
In
“Wikipédia, a
Enciclopédia livre” (pt.wikipedia.org)