Na garra da águia
O Castelo de Celorico da Beira localiza-se na vila de mesmo nome,
Freguesia de Santa Maria, Concelho de Celorico da Beira, Distrito
da Guarda, em Portugal.
Erguido num cabeço granítico, no sopé da serra da Estrela, em
posição dominante sobre a vila e o rio Mondego, do alto de seus
muros avistam-se os vizinhos Castelo de Linhares (a sudoeste),
Castelo da Guarda (a sudeste), Castelo de Trancoso (a norte), o
Parque Natural da Serra da Estrela (a sul) e o rio Côa (a leste). A
vila encontra-se cercada por pastagens, que alimentam as ovelhas
responsáveis pelo que é reputado como o melhor queijo português: o
queijo da Serra.
Características
Castelo de montanha, erguido na cota de 550 metros acima do nível
do mar, apresenta planta no formato oval irregular, onde se
identificam elementos do estilo românico e do estilo gótico. Os
muros, desprovidos de merlões, conservam o adarve e as escadas de
acesso, sendo rasgados por duas portas: a principal, a sul, e a
Porta da Traição, a oeste. Ambas as portas são em arco de volta
quebrada, recobertas por abóbada de berço quebrado, conservando os
gonzos de cantaria, comunicando com a parte histórica da
vila.
Desprovido de fosso, o conjunto apresenta, ainda, adossados
externamente pelo troço oeste da muralha, dois cubelos um de planta
quadrangular irregular e outro de planta trapezoidal irregular,
ambos também desprovidos de merlões.
Internamente, no ângulo sudeste da cidadela, ergue-se a hoje
chamada torre de menagem, com planta quadrangular, em três
pavimentos, com cobertura ameada, rebaixada a quatro águas,
decorada com gárgulas. Pela sua disposição e características
construtivas, alguns autores defendem ser esta a primitiva torre de
menagem. Outros, ao contrário, afirmam ter sido a de menagem uma
outra torre, demolida em algum momento do século XIX, que se erguia
ao centro da praça de armas, sobre a cisterna. Esta torre
remanescente apresenta o alçado principal pelo lado sul, acedida ao
nível do segundo pavimento por porta em arco recto, encimada por
arco de descarga em volta quebrada. Internamente os pavimentos e
suas respectivas escadas de acesso são de madeira.
A lenda de Fernão Rodrigues Pacheco
Após a deposição de D. Sancho II (1209-1248) em 1245, sendo o
governo do reino confiado ao seu irmão, o infante D. Afonso,
refugiou-se o primeiro em Toledo, no reino de Castela. Reza a lenda
que Fernão Rodrigues Pacheco, alcaide do Castelo de Celorico da
Beira, fiel a D. Sancho II, a quem prestara menagem, recusou-se a
entregá-lo ao regente, mesmo suportando um longo cerco (1246).
Quando na praça já começava a sentir-se a fome, o alcaide,
inabalável, pedia aos Céus uma solução que não implicasse no
desdouro de sua honra. Neste momento, percebeu nos ares uma águia
trazendo nas garras uma truta, apanhada no rio Mondego. Ao esvoaçar
por sobre o castelo, deixou sua presa cair, o que sugeriu ao
alcaide um estratagema: mandou fazer pão com a sua última farinha e
cozinhar a truta, enviando-os como um presente ao príncipe-regente,
com a mensagem de que, se por fome o esperava tomar, que visse se
os homens que daquela vianda eram bem abastecidos, se teriam razão
de entregar-lhe, contra as suas honras, o castelo. (in: Rui de
Pina. Crónica de D. Sancho II). Impressionado, o príncipe levantou
o cerco, tendo o castelo mantido a sua menagem até o falecimento de
D. Sancho II. O feito é recordado no brasão de armas de Celorico da
Beira, exaltando a lealdade, o valor e astúcia da vila.
Da Guerra Peninsular aos nossos dias
No início do século seguinte, no contexto da Guerra Peninsular, foi
utilizado como aquartelamento de tropas. Luís Duarte Vilela da
Silva refere que possuía quartéis, cisterna e aqueduto, que se
comunicavam por um passadiço com o Poço d’El Rei (1808). Em 1810,
serviu como quartel às tropas luso-britânicas, que ademais,
mantinham um hospital de campanha nas dependências da vizinha
Igreja de Santa Maria.
Com a paz, diante do crescimento da malha urbana, foram demolidos
progressivamente, ao longo do século XIX, diversas das estruturas
defensivas, como a cerca exterior, a torre de menagem e mesmo parte
dos muros do castelo, tendo a sua pedra sido vendida pela Câmara
Municipal, para a execução de obras de pavimentação (1835). Do
mesmo modo, também foi demolido o passadiço (1857).
No século XX, o castelo foi classificado como Monumento Nacional
por Decreto publicado em 16 de Junho de 1910. Entre 1936 e 1941, a
Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN)
procedeu-lhe os primeiros trabalhos de consolidação e restauro,
renovados na campanha de 1972-1973 quando, entre outros trabalhos,
foi recuperada a hoje chamada torre de menagem. Finalmente, nos
anos de 1981-1982 e 1986, aquele órgão executou trabalhos ligados à
iluminação exterior do monumento. Mais recentemente, entre 1996 e
2001, o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR)
procedeu-lhe trabalhos de prospecção arqueológica e obras de
valorização.
Embora actualmente não mais exista a cerca da vila, desaparecida
desde o século XVIII, da qual subsiste apenas a chamada Torre do
Relógio, observa-se ainda a cerca amuralhada do castelo,
delimitando a cidadela, reforçada a oeste por cubelos. O topo da
muralha é percorrido por adarve e em seus panos rasgam-se duas
portas, comunicando com a parte histórica da vila.
(fonte: wikipédia)
Encontram-se a decorrer desde 2007, importantes trabalhos de
requalificação da Torre e Castelo de Celorico da Beira que visam a
recuperação deste importante património cultural do concelho de
Celorico da Beira.
As escavações arqueológicas que decorreram no Castelo de Celorico
da Beira, foram realizadas com objectivos bem delineados,
nomeadamente obter informações histórico - cronológicas através dos
materiais arqueológicos recolhidos, que permitissem compreender
como foi feita a ocupação humana deste espaço ao longo da história.
A intervenção arqueológica evidenciou a existência de um espólio
arqueológico considerável, composto, na sua grande maioria, por
milhares de fragmentos cerâmicos, desde a época medieval até ao
período contemporâneo. O espólio arqueológico recolhido é também
constituído por alguns metais e moedas.
A cache
Esta cache de tamanho pequeno, leva-vos a conhecer este Castelo,
Monumento Nacional.
A coordenada inicial é a da cache.
A Cache contém um cartão de boas vindas e de informação acerca do
que é o geocaching. Um “Log Book” ,algumas letrinhas para troca e
uma TB. Por favor, se levar alguma coisa deixe algo em
troca.
Lembre-se:
- Traga as crianças, eles adoram uma “caça ao tesouro”.
- Traga um saco para lixo “Cache in, Trash out”.
- Traga a máquina fotográfica pois vai querer tirar
fotografias!
- Coloque a suas impressões na web.
Seja discreto. Alguma colaboração na manutenção do Cache será muito
apreciada.
Divirta-se e obrigado pela sua visita!