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A água é um elemento comum na nossa vida quotidiana e a sua
presença habitual, continua, regular e abundante faz com que,
muitas vezes, nos esqueçamos da sua extrema importância, bem como
do seu carácter esgotável.
A água é fonte de vida, sem este recurso a própria terra não
passaria de um astro morto e, por este motivo, é a água que,
distribuída de forma desigual no tempo e no espaço, dita e molda a
vida e a História do Homem. Desde os tempos mais remotos, o acesso
e o controlo da água apresenta-se como factor elementar na
subsistência de qualquer comunidade. As primeiras civilizações
(Mesopotâmia e Egipto) nasceram junto a grandes rios que tornaram
férteis as suas terras e, ao longo da História, a proximidade da
água será sempre procurada, visto impor-se como recurso
indispensável à agricultura, à manufactura, aos transportes e à
energia. Para um melhor aproveitamento da água impõe-se o controlo
da sua abundância ou da sua escassez, ir ao seu encontro e fazê-la
chegar certa e regular onde é necessária e, para isso, inventar
recursos. Auxiliando-se da ciência e da técnica, o Homem constrói
engenhos hidráulicos que lhe permitiram aproveitar as águas dos
rios ou ribeiras e extrair do interior da terra a água tão
necessária à superfície. |
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A
queduto |
O aqueduto de Torres Vedras é Monumento Nacional desde 16 de Junho
de 1910, a sua construção ter-se-á iniciado no século XIV, mas as
primeiras referências documentais à sua existência datam de 1651.
Em 26 de Abril daquele ano, era concedida a licença à Câmara
Municipal de Torres Vedras para prolongar o aqueduto “ por meio de
um prazo, um apequena cãs do domínio directo da igreja de S. Pedro
e por meio do cemitério, para que a água fosse levada para a fonte
que queria construir num largo da vila”. Desde 1613 é uma provisão
régia que fixa uma verba anual de cem mil réis para a sua
construção, verba essa que passaria para o dobro em 1682. Em 1778,
o aqueduto foi aumentado com o largamento do arco sobre a estrada
para Runa.
Trata-se de um aqueduto renascentista, um canal artificial com 2 km
de comprimento, que corre tanto à superfície como de forma
subterrânea. Quanto à superfície, possui duas ordens de arcos de
volta perfeita sobrepostos. Os arcos superiores são de menores
dimensões e dispõem-se regularmente sobre os arcos inferiores e no
seu seguimento. |
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C
hafariz dos
C
anos |
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O chafariz dos canos, situado no largo Infante D. Henrique, é
monumento nacional desde 16 de Junho de 1910. No passado este
chafariz era alimentado pelas águas conduzidas pelo aqueduto
referido. É referido pela primeira vez num documento de 1331. Viria
a ser reconstruído muito mais tarde, em 1561, por D.Maria, filha de
D. Manuel I, segundo inscrição sob o arco central. Monumento de
características góticas, embora conserve os merlões chanfrados do
século XVI e as bicas em cano do século XVIII. O seu aspecto é um
pavilhão semicircular de cinco faces, separadas por colunas
adossadas na caixa da muraria e com as armas de Portugal. O
interior é de abóbada de cruzaria, com grossas nervuras que
assentam sobre mísulas cónicas.
Ainda no princípio do século existia um tanque de água em frente ao
chafariz, feito em 1831, “onde pela boca de dois golfinhos
esculpidos em bôa pedra cáe a agua para uso de
animais
“ |
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C
hafariz do
L
argo
do
M
unicípio |
A Fonte da praça do município, foi construída em 1776 e tem uma
frontaria de um andar, com quatro pequenas janelas de resaibo
pombalino, únicas nesse género, que existam na cidade. A água corre
na bica saliente de boca de golfinho para um pequeno tanque de
mármore e era trazida por um ramal subterrâneo do aqueduto do
Chafariz dos Canos. Foi o corregedor da comarca que fez erigir esta
fonte, para comodidade da cadeia que existia no edifício ao lado
(actualmente edifício Paços do Concelho) e do povo reinando D.José
I. Sobre a lápide existente podemos encontrar um curioso escudo em
forma de coração e no centro do qual estão duas torres inclinadas
semelhantes ás antigas insígnias das armas da vila do chafariz dos
canos. |
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F
onte
N
ova |
Actualmente a Fonte Nova está desactivada. Nos limites do centro
urbano de Torres Vedras, numa rotunda que se abre para novas
urbanizações, o chafariz foi deslocado pelas necessidades
urbanísticas. A água chegava a este local por canalização de uma
nascente que se encontra na colina por detrás da fonte. Do lado
esquerdo da rua Aurélio Ricardo Belo, por detrás dos prédios, numa
antiga azinhaga, sensivelmente a meio, resta uma construção em
nicho que seria possivelmente a entrada da mina, ou mesmo um
pequeno chafariz da mesma água. |
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C
ache: |
Esta multi-cache tem como objectivo dar a conhecer a Arquitectura
da água da cidade de Torres Vedras. As coordenadas dadas indicam o
início do percurso, obrigando-vos a recolher várias informações a
fim de obter a coordenada final onde se encontra o cache.
O percurso que terão de realizar é o seguinte:
1º
Ponto
N 39° 05.602 W 009°
15.501
- Quantos marcos existem defronte do Chafariz ? = A
2º
Ponto
N 39° 05.583 W 009°
15.581
- Quantas tiras de ferro estão dentro da pia da fonte ?
=B
3º Ponto
N 39° 05.226 W 009°
15.390
- A fonte é composta por quantas ameias ( as que estão juntas
contam como duas)? = C
4º Ponto
N 39° 05.582 W 009° 15.068- De que lado está colocado o
Brasão? Sul=1/Norte=2
Faça a soma dos valores A+B+C+D=
X
A cache final está em: N39º 05.096-X
W009º 15.129+X
P.f. sejam discretos recoloquem a cache no mesmo local e da mesma
forma como a encontraram.
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