Portugal antes de o ser já o era. Um território ambicionado por
povos distantes, conquistado várias vezes até ter nascido a partir
duma luta, diz a história. Entre mãe e filho. Este pequeno País
aumentou e desenvolveu-se sempre à custa de lutas. Quer com seus
vizinhos, chamados na altura Leão e Castela e posteriormente
Espanha e inimigo figadal mas sempre nuestros hermanos; quer com
outros mais distantes chamados holandeses, ingleses e
franceses.
Com tratados, ou com armas, o certo é que o nosso rectângulo
manteve-se independente e unido. Depois partimos a ajudar países
invadidos. Por esse País fora encontramos monumentos, estátuas,
lápides, bustos, a assinalar todas essas efemérides. E a homenagear
os mortos. Mesmo aos que ainda não eram portugueses. Mas já viviam
ou reconquistaram este território.
A expansão ultramarina portuguesa a partir o séc. XIV veio criar
novas lutas. Pela conquista, descoberta, desenvolvimento ou apenas
passagem por territórios africanos, americanos, asiáticos, etc. Mas
em todos esses locais, foram colocadas lembranças, fossem um
simples padrão ou a construção de edifícios monumentais que ainda
hoje existem pelo mundo.
No início dos anos 60 e até meados dos anos 70 do século passado,
novas lutas se travaram. Mas fora do território continental
europeu.Começou com o inevitável abandono dos territórios
indianos.
Mas foi a África que uma teimosa política, levou centenas de milhar
de jovens, sem um mínimo de preparação militar, psicológica e moral
a combater inimigos em desconhecidos territórios. Mas não foi só
para combater os naturais, como também cubanos, chineses, russos,
militarmente mais conhecedores e melhor armados. Por lá ficaram as
vidas de milhares deles. Por cá ainda muitos vegetam, quer
fisicamente quer psicologicamente. Estes combatentes serão talvez
os únicos da História de Portugal que não são reconhecidos. Nem
fazem parte dos manuais. Quási 15 anos como se nunca tivessem
existido.
Em algumas localidades do País (quantas não sei) erigiram a sua
homenagem ao Soldado do Ultramar. Algumas freguesias têm no
cemitério um jazigo que recordam as mortes dos seus fregueses. É o
que existe de memórias
desse tempo.
In:http://tabancapequenadematosinhos.blogspot.com/2009/05/portugal-antes-de-o-ser-ja-o-era.html
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Boas cachadas a todos.