A actividade piscatória no rio Sado é exercida em moldes artesanais, em barcos de pequeno porte.
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A pesca é assumida muitas vezes como complemento de outras actividades, nomeadamente a agricultura e a apanha da amêijoa e da poliqueta (minhoca-isco para a pesca). Na diminuição dos recursos piscícolas, se a questão da excessiva captura não é consensual, a poluição é considerada globalmente como a principal ameaça à prossecução da actividade piscatória na região.
O estuário do Sado sofre a acção de efluentes (esgotos) urbano-industriais e agrícolas (muitos deles de zonas situadas no exterior da Reserva Natural do Estuário do Sado) que têm não só sido responsáveis pela mortandade dos efectivos marinhos como também têm influenciado negativamente o ecossistema estuarino, impedido a reprodução em
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consequência da destruição de sapais e desequilibrando a cadeia alimentar existente. Um outro aspecto que se reflecte negativamente nos recursos estuarinos, é a actividade dos barcos que utilizam artes de pesca ilegais, capturando juvenis e impedindo o seu crescimento.
Os portos da Gâmbia e Carrasqueira correspondem aos lugares com maior concentração de pescadores e com maior actividade piscatória. O Porto de Pesca de Gâmbia, tem uma comunidade piscatória com cerca de 30 pescadores, proprietários das cerca de 25 embarcações que ainda ali operam.
Actualmente, a pesca está reduzida essencialmente à captura de choco e de linguado (pescados com rede solheira - um tresmalho de fundo), representando o primeiro mais de 80% do total. Alguns, poucos, pescadores continuam a dedicar-se ao polvo (de Inverno, utilizando alcatruzes) e ao caranguejo (utilizando covos).
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Sobre as áreas de sapal, a mão do homem edificou complexas estruturas montadas sobre estacarias de madeira: os Portos Palafíticos. O Porto Palafítico, de característica artesanal (palafita) constitui pelas características de composição, implantação e desenho popular, uma das referências da região do Sado. Usadas por gerações de pescadores, nas estruturas existentes atracam, ainda, múltiplos barcos de pesca, sobre dezenas e dezenas de metros de cais de tabuado, assentes em paus fixos, espetados mais fundos que as vasas. Detectou-se a existência de estruturas e Portos Palafíticos disseminadas nas margens do Estuário do Sado, inseridas em áreas de grande valor ecológico e paisagístico com
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grande potencial turístico, actualmente a precisarem de novos incentivos, como é o exemplo do Porto Palafítico da Herdade da Gâmbia
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As condições naturais de porto e os recursos marinhos associados (pesca e sal) foram os principais factores de fixação humana nas margens do Sado. Durante o Neolítico médio final, há cerca de 5000 anos, ocorreu o estabelecimento de diversas comunidades de pescadores nas margens do estuário entre a Comporta e a Carrasqueira, a Gâmbia e a Marateca, Alcácer e Porto Rei. Os dados concretos da presença humana na área só ocorrem por volta da segunda metade do século XVI, durante a época da exploração do sal, que foi uma importante fonte de riqueza para a zona. A progressiva redução dessa actividade originou, sobretudo no século XVIII, a deslocação da população para as zonas interiores da freguesia.
Se uma das actividades predominantes é a pesca artesanal, praticada mais na época da primavera e verão, com a apanha do choco, caranguejo e lamejinha, uma outra actividade que predominou nesta freguesia durante várias décadas foi o sal e a apanha de ostras. Hoje existe unicamente uma salina a funcionar – A Marinha Nova, nas Bispas, as outras salinas, grande parte delas, foram transformadas em pisciculturas, uma actividade em grande expansão e com um peso económico valioso para a região. As espécies de peixe mais produzidas são a dourada, o robalo, o linguado e a enguia.
Toda esta zona tem espaços magníficos que vale a pena visitar, podendo-se observar muitas espécies de aves e vegetação únicas, podendo ser visitadas as pisciculturas e a zona do Pontal de Musgos, o qual possui um espaço de areia, onde pode pescar, apanhar sol, andar de bicicleta ou caminhar a pé. Pode ainda apreciar o pôr-do-sol, que é magnífico nesta zona.
Na zona do Pontal de Musgos, existiam nos anos 60 e 70, uns armazéns onde era feita a escolha das ostras tendo, nestes últimos anos, ficado ao abandono.
Poucos são os estuários que apresentam características tão variadas e peculiaridades tão apreciáveis como o Estuário do Sado. Entre a terra e o mar, porta para o oceano Atlântico, com vista para a Arrábida e para as planícies Alentejanas que se iniciam no horizonte, o estuário e o rio Sado oferecem impressões muito especiais e diferentes das que recebemos em qualquer outro rio português.
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Caracterizado por terrenos planos com declives moderados e com um clima mediterrânico de influência atlântica, o estuário é um excelente local de nidificação e invernada para numerosas aves, mas é a população residente de golfinhos (roaz-corvineiro), única a nível nacional, que simboliza a Reserva e a representa como ex-libris. A par da população sedentária de golfinhos existente no sado, os flamingos são uma das imagens de marca deste estuário, sobretudo durante os meses de Outono e Inverno. No total, cerca 260 espécies de animais distribuídas por cerca de 23 000 hectares demonstram a enorme biodiversidade que esta zona húmida possui.
Grande parte da reserva é um ecossistema estuarino, sendo constituído por inúmeras zonas húmidas de condições muito particulares.
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Esta zona estuarina apresenta um elevado nível de biodiversidade. Sendo principalmente durante o Inverno que o estuário acolhe milhares de aves, estas são, no entanto, abundantes durante todo o ano, encontrando aqui um excelente local de alimentação, repouso ou nidificação. São de salientar a garça-vermelha Ardea purpurea, o pernilongo Himantopus himantopus, o ostraceiro Haematopus ostralegus, a tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola, o maçarico-real Numenius arquata, várias espécies de anatídeos, a cegonha-branca Ciconia ciconia, a águia-sapeira Circus aeruginosus, a andorinha-do-mar-anã Sterna albifrons, o alfaiate Recurvirostra avosetta e o flamingo Phoenicopterus ruber. Quanto à restante fauna, destaca-se a lontra Lutra lutra, várias espécies de moluscos como o choco, o polvo e a lula (cefalópodes), o berbigão e as amêijoas (bivalves), búzios (gastrópodes) e crustáceos como o camarão e os caranguejos. Entre os peixes, salientam-se o charroco, o sargo, as tainhas, o garrento, a raia-riscada e o linguado. Foram inventariadas como potencialmente ocorrentes na área da bacia hidrográfica do Sado 433 espécies de vertebrados, entre mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes, de águas interiores e estuarinos.
Há que salientar a vegetação de sapal que se desenvolve nos solos aluviais do estuário, composta por espécies capazes de suportar um encharcamento do solo, mais ou menos prolongado, e teores variáveis de salinidade das águas. Cerca de 173 das espécies florísticas identificadas, são consideradas como espécies com interesse para a conservação, ou seja, espécies protegidas segundo direito comunitário e nacional e espécies consideradas raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção em território nacional.
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A Cache
Para encontrar a cache final terá de dirigir-se ao primeiro ponto onde deverá encontrar as coordenadas da cache final. Neste primeiro ponto pode-se obter uma extraordinária vista para as várias espécies de aves que se encontram sobre o sapal.
O trajecto para a cache deverá ser muito bem planeado, ou então deverá levar calçado apropriado. A maré também poderá facilitar/dificultar a busca da mesma.
A cache não apresenta perigo de maior para as crianças, mas atendendo às características da zona poderá ser perigoso se não forem pela mão de um adulto. Pela mesma razão não é aconselhável tentar fazer à noite.
Esta é uma cache que recomendo especialmente para quem gosta de fotografia. Ao longo do percurso poderá desfrutar de paisagens deslumbrantes, nomeadamente no Porto de pesca, as antigas salinas abandonadas, as salinas convertidas em actuais viveiros de piscicultura, toda a área de sapal e uma enorme diversidade de aves aquáticas como é o caso dos flamingos. As paisagens ao pôr do sol também são soberbas.
En:
To find the final cache you only need to find the coordinates at the first point.
Hydro Cache (May be submerged)
Beware of Muggles!
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