Bicha de 7 Cabeças
História
A área envolvente à Bicha das 7 Cabeças preenche o imaginário colectivo da freguesia de Silvalde pela lenda popular associada a este local.
Ladeada pela Ribeira de Silvalde, é uma área de floresta e vegetação ripícola, com campos agrícolas e moinhos abandonados que importa preservar e salvaguardar como futuro espaço público e de lazer.
Conta a Lenda que:
"Junto à Ribeira de Silvalde, nas proximidades de uma ponte que foi romana e que já não o é por obras e vontade da gente de outros tempos, existia um campo e dele tirava sustento uma mulher, com a força do seu suor e trabalho. E assim ela estava, como era hábito dos dias, quando viu em sua direcção aproximar-se bicho nunca visto, que só de cabeças tinha muitas, e de cujas intenções a mulher fez tal juízo que logo deitou a correr no meio de grande gritaria. E porque estas coisas do susto se pegam como pestes e maleitas, com ela fugiram todos os que por ali mourejavam, sem causa ou nome de tamanho alvoroço.
Com a noite ficou maior a canseira e, apesar do acontecimento ter perturbado o sono de muitos mais que alguns, acabaram todos por adormecer sobre os seus receios.
Assim estava o povoado quando, altas horas da noite, o despertou súbito alarido, feito de balidos e cacarejos e tudo quanto é fala e canto de animais de criação, com mostras de grande medo.
Acorreram todos a currais e capoeiras, mas nada mais viram que os despojos da confusão, entre animais degolados e feridos de morte certa, além de muito sangue espalhado pelo chão.
Foi assim que decidiram os camponeses que um deles ficaria a vigiar durante a noite, enquanto esperavam pelo nascer do sol para ver o que melhor conviria fazer. E porque se lembravam ainda do que a mulher tinha visto e contado, mais decidiram que o que fosse escolhido para vigiar tocaria uma corneta para toda a gente chamar se algo de novo acontecesse.
Começava a aurora a render a noite, quando se ouviu a corneta e, como estava combinado, todos acorreram ao chamado.
Então, o que de entre eles tinha sido escolhido para vigiar o sono de todos, lhe contou que vira uma bicha que só de cabeças tinha muitas, e que lhe tinha batido com um ancinho, mas que ela tinha logo fugido para a floresta vizinha, destruindo hortas e cultivos.
Ouvindo o que hora se contou, ajustaram os camponeses matar o monstro, pelo que se armaram de paus , varapaus, foucinhas, ancinhos e o mais que à mão encontraram; e pelos campos fizeram batidas e no povoado esperaram dias e noites até que lhes aparecesse a bicha, o que veio a acontecer numa tarde cinzenta e chuvosa.
Uns fugiram logo, mas outros atacaram com redobrada força, golpeando-a em vários sítios e órgãos, só se detendo quando a julgaram muito morta.
Então um dos homens dela se aproximou mas a bicha o fez pagar com a vida o seu atrevimento, golpeando-o no pescoço.
Desta feita sobre ela de novo caíram os camponeses e com outros tantos golpes a mataram de vez.
Contaram-lhe as cabeças e acharam com número de sete.
Em seguida enterraram-na junto a um pilar da velha ponte romana e ali construíram uma capela para celebrar o acontecido.
Uma cheia do rio terá levado a capeta e hoje, resta uma pequena placa em azulejo a contar a lenda aos que ali passam".
(Boletim Cultural da Câmara Municipal de Espinho. Vol. VI)
A Cache
Esta cache é desvendável através da resolução de um enigma como sabem todavia relembro que o enigma é um pouco difícil mas resolvível com perseverança e imaginação e é esta a forma que devem privilegiar, assim:
A primeira forma de a resolverem é solucionando o ENIGMA.
O ENIGMA