
Informação / Information
Vilar de Suente

Um lugar inserido na montanha, voltada a Sul, privilegiado com o
calor do forte brilho do sol, com pura reverência à natureza,
sempre renovada, com o ciclo das estações climáticas, e acumulando
os sinais do decorrer do tempo e de várias gerações, construíram em
granito e formaram mais uma bela aldeia de Portugal.
Vilar Suente, um dos lugares que constituem a vila de Soajo, é
um lugar comum, com escasso número de pessoas que se ocupam em
actividades, como a horticultura, silvicultura e agro-pecuária de
auto-consumo, uma população envelhecida em resultado dos processos
migratórios que afectaram este lugar encontrando-se vilarenses
espalhados por todos os continentes da terra. Em Vilar Suente
pode-se ver disperso pelo lugar várias ruínas de abrigos e outras
rudimentares construções. Na área central do lugar vêem-se
construções bastante antigas, como capela cujo padroeiro é St.º
António - e se festeja no primeiro Domingo de Julho - mas também
muitos espigueiros em granito, com alguns conjuntos muito
interessantes, há também pelo menos 3 grupos compostos por grandes
pedras em forma circular, que serviam como os primitivos
espigueiros. Na sua área agrícola que se estende até ao Soajo e a
Vilarinho das Quartas, com muitos caminhos e trilhos, ladeados por
muros que formam um labirinto de pedra por entre a floresta e por
muitos campos abandonados, diversos casebres em ruínas que outrora
sustentavam a logística da actividade agrícola, Ainda há velhas
árvores de fruto abandonadas, recantos com moinhos, de água e
muitas construções primitivas para guardar os animais.


Um pouco de História - dos primeiros vestígios à fixação humana
em Vilar de Suente
Um complexo de arte rupestre da idade do bronze no gião
(GC1845E)
afirmam presença humana, com uma duração multi-milenar, localizado
na área adjacente a Vilar de Suente e com a presença de
civilizações tão distintas como a megalítica, a romana, ou, a
árabe, não restam dúvidas, que muitos dos seus actuais traços
fisionómicos, sociais e tecnológicos tem raízes nesse passado
distante, cuja actividade principal era a caça com a captura de
animais: ursos, javalis, cabras bravas, coelhos, lobos e
raposas.
Nos finais do primeiro milénio, o homem fixou-se no local e foi
substituindo a floresta, dando origem a este aglomerado rural e a
uma mutação rápida na cobertura vegetal contribuindo para o
aparecimento dos regimes agro-pastorais implementados. A criação
desta aldeia, e as características deste lugar, resulta da
adaptação dum pequeno planalto formado nos declives dos montes do
Gião, Travanca e da Urzeira, com potencial agrícola e linhas de
água que permitiram aos solos boas aptidões para a manutenção da
agricultura de auto sustento, formando assim este povoado na
interligação entre o lugar e os solos cultivados.
Mas o homem só à custa de um árduo trabalho conseguiu, na grande
maioria dos casos, preparar os seus espaços de cultura. A
abundância da pedra permitiu levantar muros que não só seguram a
terra em forma de socalcos a desembaraçam para a lavoura, como
começaram a assinalar na paisagem o vínculo de propriedade,
enquanto resguardam as culturas dos gados, que, diariamente ladeiam
as courelas a caminho das pastagens.
O pastoreio extensivo - a actividade, para melhor aproveitar os
terrenos incultos e pousios, dominantes na paisagem - foi povoado
por gado bovino, cavalar (o resistente garrano), ovino e caprino.
Contudo, o que distinguiu a vida pastoril -nomeadamente o pastoreio
dos bovinos - foi o aproveitamento da serra, isto é, das áreas
acima dos limites da povoação e respectivas manchas agrícolas, que
apresentando "pastos" mais verdejantes, porque a humidade é maior,
justificavam nos meses de Maio a Outubro a subida dos animais, para
os montes próximos, os animais de Vilar de Suente. Vilar era a
única aldeia do Soajo, em que se cortava erva que, depois era
transportada em molhos e às costas, a fim de constituir repasto
para gado, na corte. o que contrasta com a actualidade em que o
gado isolado, ou, em manada, como que de modo errante, deambula
pela serra.


O outro elemento na fixação das pessoas, a este lugar, é a
proximidade com o Mosteiro de Ermelo (GC1GQG4),
contribuído para a humanização da área envolvente na forma
contemporânea de desenvolvimento, dando origem à construção da
capela dedicada a Santo António, consequentemente em sua volta
achegava-se um conjunto de casas pequenas. As casas, de colmo ou
telha vã, no primeiro andar englobavam uma única divisão, que
servia de cozinha, quarto de dormir e sala das refeições muito
escurecidas pelo fumo da lareira sem chaminé, algumas de maiores
dimensões com o piso superior dividido por um tapamento em madeira
continha duas divisões, a cozinha e o quarto de dormir (de
dimensões mais reduzidas), sempre com espaço para os animais no
nível inferior.
Após o surgimento da cultura do milho, havia sempre, desfolhadas
em conjunto na eira, para serem, de imediato, debulhadas, ou,
transportadas directamente para os canastros de vime em forma
circular com suporte em granito (como no ponto 2 da cache), onde
armazenavam e secavam, sendo, gradualmente, retiradas num futuro
próximo, de acordo as necessidades do agregado familiar. Surgiram
também os sistemas de regadio como o da veiga alimentada pelo
ribeiro da lapa, que abastecia três poças, que se tapavam ao fim da
tarde, para se soltarem muito cedo - lá pelas cinco da manhã - para
serem tapadas pelas oito.
Estas novas actividades agrícolas deram origem à forma
contemporânea desta aldeia inserida na montanha, com as primeiras
referências escritas conhecidas são sobre o Soajo e datam do ano
950 D.C. no legado de Hemenegildo entre a Mumadona de Guimarães e
seus filhos. Nos anos de 959 e 1059 surge, de novo, o Soajo,
respectivamente no testamento deixado pela Mumadona ao mosteiro que
fundou em Guimarães Inquirições de 1258. O Soajo na Idade Média e
na sequência de usos e costumes vindos de gerações anteriores,
superintendia maioritariamente toda a serra na gestão dos espaços
de culturas, pastagens e caça. Só em 1753, o dicionário geográfico
menciona, Vilar de Suente, enquanto o Tombo da Igreja de 1795,
refere este lugar com capela, mas Vilar Suente embora sem registos
escritos anteriores a estas datas, vem acumulando os sinais do
decorrer do tempo e de várias gerações que a construíram em granito
e formaram mais uma bela aldeia.

A place in the mountains, built in granite, facing south,
secured by the strong sunshine heat, with a pure reverence for
nature, always renewed by the cycle of seasons, showing the sights
gathered over time by various generations, forming a beautiful
Portuguese village.
Vilar de Suente, in Soajo, is a place with few of people, who
are engaged in activities such as horticulture, forestry and
pasture for self-sufficient. Contains an ageing population as a
result of migration processes that have affected this zone, that
also left naturals spread across all continents of the earth.


In Vilar Suente, several ruins of rudimentary shelters and other
buildings can be seen scattered throughout the place. In the
central area can be seen old buildings, a chapel - whose patron
saint is Saint Anthony, and celebrated the first Sunday in July -
but also many of granite granaries, there is also at least 3 groups
composed of large circular stones, which served as the primitive
granaries (see canastros de varas), overall the granite
predominates the place architecture In the agricultural area that
stretches to the Soajo and Vilarinho das Quartas, with many trails
and paths,flanked by walls that form a maze of stone in the forest
and many in abandoned fields. There are several dilapidated hovels
that once supported the logistics of the agriculture, and also
there are old and abandoned fruit trees, watermills, and many early
buildings to save animals.
Canastros de varas

O espigueiro, também chamado canastro ou caniço, é uma estrutura
normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns
inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através
das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do
mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer
que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado
possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno
(fonte).

Os espigueiros ou canastros de varas são mais antigos que os
mais conhecidos em pedra e mais abundantes na zona do Soajo.
São compostos por varas entretecidas, construções de forma
arredondada formadas por "tanchões" espetados numa mesa sobrelevada
de pedra ou madeira sobre a qual são tecidas as varas de carvalho
ou giesta, sendo a cobertura constituída por um capuz de colmo.
Estes canastras redondos representam simultaneamente um exemplo
notável da tecnologia tradicional no domínio do armazenamento de
cereais e um elemento altamente valorizador da paisagem. Associado
a espigueiros e canastros, o milho participou na construção da
paisagem da Peneda-Gerês. (fonte).
De referir que este património pode estar em perigo, pois penso
não existir protecção a estas construções circulares, como existe
para os outros espigueiros.


An espigueiro (Portuguese) is a granary built in wood (Iberia or
Scandinavia) or stone (Iberia), raised from the ground by pillars
ending in flat stones, to avoid the access of rodents. Ventilation
is allowed by the grooves in its walls. In some areas, espigueiros
are known as hórreos, hórreu, horru (Asturian), horriu (Leonese),
hurriu (Cantabrian), hórreo, paneira, canastro, piorno (Galician),
canastro, eira (Portuguese), stabbur (Norwegian), härbre or more
precisely stolphärbre or stolpbod (Swedish) (source).
Wood poles espigueiros are older, less known and less abundant
in this area.
They are round-shaped buildings made of interwoven sticks and poles
stuck at a stone or wood table raised on which are woven into
branches of oak or broom, and their coverage consists of a thatched
hood. These round espigueiros round represent both an outstanding
example of traditional technology in the field of grain storage and
a highly valued element of the landscape.
Cache
Waypoint 1 - Capela
N 41° 52.354, W 8° 17.899
 |
 |
As coordenadas iniciais levam-no à capela da aldeia. Aqui terá
que anotar o ano (A) que indica na placa comemorativa da parte
frontal da capela
Neste local pode também passear pelo o centro de Vilar de
Suente, e as suas casas - algumas antigas e outras restauradas.
No verão e fins de semana deixe o carro no
local indicado no waypoint "Parque / Park" e venha a pé até
aqui.
|
The initial coordinates takes you to the chapel, where you
should take note of the year (A), located in the plaque in front of
the chapel.
In this place you can also check Vilar de Suente center
In the summer and weekends you should leave
the car in the parking spot described in the waypoints
|
Waypoint 2 - Espigueiros
N 41° 52.277, W 8° 17.819
 |
 |
Aqui pode apreciar alguns espigueiros de pedra "modernos" e
também várias bases de espigueiros de varas abandonadas
Para chegar ao ponto final vai ter que contar o número de
buracos (B) na antiga base/mesa de um espigueiro de varas
localizado nestas coordenadas. Em caso de dúvida é a mesa melhor
conservada nas coordenadas e pode sempre usar confirmar as
coordenadas com a formula abaixo.
Nota: Pelo caminho vai encontrar um portão na estrada, pode o
abrir sem problemas, pois apenas serve para não passar gado e a
estrada é publica, apenas certifique-se que o fecha a seguir.
|
In this spot you can view some stone espigueiros and several
abandoned wood poles espigueiros bases.
To reach the cache spot, you have to count the number o holes
(B) contained in the espigueiro base at the given coordinates. In
case of doubt it is the best-preserved table at the coordinates.
You can always use the formula to confirm the values. </
P>
Note: On the way you will find a gate on the road, you can open
it without problems, the road is public and the gate is tere
because of cattle. Just make sure that you close it after
passing.</ p>
|
Exemplo da base/mesa dos canástros / Example of the
"canástros" base/table.
Final
 |
 |
A formula para o ponto final é:
N 41° 52.0X
X = (B × 6) + 8
W 8° 17.Y Y = 2951 - A
Para confirmar as coordenadas a soma de todos os algarismos dela
devem dar 59 (por exemplo N 41° 52.354 W 8° 17.899 dá
4+1+5+2+3+5+4+8+1+7+8+9+9 = 66)
Para se dirigir ao ponto final deve voltar da Eira para o centro
da aldeia pelo mesmo caminho e depois seguir pela estrada para o
cemitério.
A caminho do ponto final passamos também por um cruzeiro,que nas
festas de Julho marca o regresso da procissão. Depois do cruzeiro e
de uma ponte chegam a um entroncamento (waypoint trlho), onde que
devem virar á direita para se aproximaram do ponto final.
O ponto final é um sitio muito bom para relaxar, observar a
aldeia, meditar e respirar o ar puro da montanha! Se quiseram
continuar no trilho após a obtenção da cache podem ainda visitar
uma antiga casa do Guarda.
Esta é a nossa primeira cache, espero que gostem do passeio e
apreciem a paisagem neste local.
Se tiver duvidas contacte-me, pode obter o meu número
enviando-me um e-mail ou tomando nota dele em qualquer uma das
minhas caches.
|
The final point formula is:
N 41° 52.0X
X = (B × 6) + 8
W 8° 17.Y Y = 2951 - A
To confirm the final coordinates, the sum off all it's digits
should be 59 (for example N 41° 52.354 W 8° 17.899 gives
4+1+5+2+3+5+4+8+1+7+8+9+9 = 66)
To reach the final point return to the village center, and take
the road to the cemetery.
In the way to the final point, you will pass by a cross, and then a
small bridgh, followed by crossroad (waypoint trilho), where you
should turn right, to enter the final trail, that leads you to the
cache.
The final spot, is a nice place to relax a breath some fresh
air.
This is our first cache, hope you like'it and enjoy the
visit.
If you have any doubt contact me, you can get my number send me
an e-mail or taking note of it in any of my caches.
|