A Alameda Dom Afonso Henriques foi construída em homenagem ao primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Implantada num eixo que se desenvolve entre o edifício principal do Instituto Superior Técnico e a monumental Fonte Luminosa, foi construída nos anos 30 do séc. XX. é a idealização típica das alamedas monumentais características da época, exponenciadas em Portugal pelo estado novo. Neste novo eixo urbano foram-se edificando diversos blocos de habitação entre 1936 e 1946.
Para rematar a extremidade oriente da Alameda D. Afonso Henriques, esteve prevista a construção de uma igreja, ideia que foi posteriormente abandonada. Em 1939, Carlos Rebelo de Andrade e Guilherme Rebelo de Andrade formulam um novo projecto, que valorizaria o conjunto edificado do Instituto Superior Técnico (IST), com a criação de uma fonte e um miradouro no seu terraço superior, permitindo a contemplação da vista panorâmica sobre a alameda. A Fonte Monumental é então inaugurada a 30 de Maio de 1948, cujas esculturas são da autoria de Maximiano Alves e de Diogo de Macedo e os baixos-relevos de Jorge Barradas.
Associada às grandes obras públicas que decorreram durante o Estado Novo, a Alameda D. Afonso Henriques imprime em várias gerações da população lisboeta uma influência muito significativa sobre a sua memória.
A estrutura do jardim
A Alameda D. Afonso Henriques é constituída por dois grandes tabuleiros relvados separados pela Avenida Almirante Reis e por um pequeno jardim no topo da fonte.
O eixo de simetria desta alameda serve de charneira às freguesias de Alto do Pina, de São João, de São Jorge de Arroios e de São João de Deus. Em ambos os tabuleiros sobressaem de imediato as duas alamedas paralelas de lodãos (Celtis australis e Celtis occidentalis), que delimitam os grandes relvados que descem do Instituto Superior Técnico e que sobem até à fonte monumental.
A área mais plana é onde se concentram as crianças no parque infantil, os jovens no relvado e os idosos nas mesas de jogos. Este espaço verde municipal com cerca de 5 ha está dotado de uma estatuária, bebedouros, um parque infantil, mesas de jogo e a famosa fonte monumental, que costumava ser colocada em funcionamento regularmente. Subindo as escadarias laterais da fonte monumental, chega-se ao primeiro patamar do miradouro, amplo espaço aberto, composto por com um lago e uma pérgola.
Este é encimado por um segundo patamar com caminhos ondulantes entre relvados e enquadrados por arvoredo que proporciona sombras agradáveis.
Apesar do tráfego intenso, é um espaço muito vivido e utilizado, especialmente pelos idosos e pelos jovens em actividades desportivas. Este jardim apresenta um elevado interesse turístico devido à sua fonte monumental, que confere uma imponência singular ao espaço, invocando o nacionalismo do período do Estado Novo. Além disso, por ser uma alameda-jardim, apresenta uma dinâmica diferente dos restantes espaços verdes de Lisboa.
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