Souto de Bairros
Neste local a duas coisas dignas de realce a Capela Nossa Senhora do Desterro e um marco alusivo a Segunda Invasão Francesa.
Capela Nossa Senhora do Desterro.
Oficina de fotografia Espaço T-Trofa
A primitiva capela da Nossa Senhora do Desterro, que se ergue num espaço arborizado chamado popularmente de Souto de Bairros foi edificada em 1646, século XVII.
É, pois, muito antiga. Segundo consta, entre as pessoas mais idosas, custearam as suas despesas quatro famílias, três de Bairros e uma da Maganha.
Em 1766 foi reparada e aumentada. E nos nossos tempos, em 1986/87, nela se operaram importantes obras que lhe alteraram profundamente a sua arquitectura primitiva, pouco mais restando do que o seu antigo altar.
Presentemente é um edifício de linhas modernas com espaço bastante para receber aos domingos e dias de festa os crentes que a ela acorrem em elevado número.
Está embelezada com painéis de azulejos com cenas da vida de Nossa Senhora.
A sagração da capela, depois das obras, foi feita no dia 8 de Maio de 1987.
O adro da capela foi pavimentado e ajardinado num arranjo de elevado gosto.
Anualmente, nem sempre com regularidade, no 4ºdomingo de Abril, realizam-se festejos com a actuação de uma banda de música, o desfile de uma procissão e lançamento de fogo-de-artifício na véspera à noite.
A eles acorrem povos da localidade e das freguesias circunvizinhas.
Muitos romeiros ali se dirigem para saborear o cabrito assado, com fama por bem cozinhado e temperado.
(Fonte: Livro, "Duas Comunidades um só Povo" autor: "Costa Ferreira" )
Segunda Invasão Francesa – Passou Por aqui
Éste marco encontra-se mesmo ao lado da cache, mas passa a muitos por despecebido. N41º20.417 W8º35.686
As águas calmas do rio Ave na Barca da Trofa não permitem imaginar a violência do combate ali travado há 200 anos, quando a população se opôs ao avanço dos invasores franceses que se dirigiam para o Porto.
Naquele local, onde existia uma barca que fazia a travessia mas também era possível passar o rio a vau, uma coluna militar comandada pelo general Soult enfrentou a oposição da Companhia de Ordenanças de Santiago de Bougado, liderada pelo capitão Luís Carneiro.
A pequena força de populares armados, apoiada por um grupo de militares milicianos e dispondo apenas de dois pequenos canhões, impediu a passagem dos franceses, que foram obrigados a subir o rio até à Ponte de Lagoncinha, onde mudaram de margem.
Avançavam para o Porto cerca de 25 mil franceses, dos quais Soult comandava 18 mil, que foram divididos em três colunas a partir de Braga.
A contribuição da Trofa para a defesa do território nacional ocorreu em finais de Março de 1809, impedindo a progressão de uma das três colunas em que tinha sido dividido o contingente militar francês que avançava de Braga para o Porto.
A minha coluna do centroviu-se detida na Barca da Trofa pelo inimigo", refere o general francês nas suas memórias, acrescentando que a força militar "teve que subir o rio" até à Ponte de Lagoncinha.
A valentia da população local atrasou por algumas horas a progressão dos invasores, que, depois de conseguirem atravessar o rio numa ponte a montante, acabaram por acampar na Trofa, em Lantemil e no Souto de Bairros.
Este acampamento ficava a poucas centenas de metros da casa onde o general Nicolas Soult pernoitou de 25 para 26 de Março de 1809, como se pode ler numa placa colocada na fachada principal.
Do outro lado da rua, fica a casa de José Moreira, escrivão da Companhia de Ordenanças de Santiago de Bougado, que foi severamente torturado e morto pelos franceses, depois de descobrirem que guardava armas no celeiro.
O seu nome consta da lista inscrita num monumento de homenagem aos 10 "heróicos bougadenses" que morreram nos confrontos com os franceses, erguido em 1999 pela Junta de Freguesia de Santiago de Bougado.
As tropas francesas tinham entrado pela fronteira de Chaves e chegado a Braga a 20 de Março, onde o comandante militar ordenou que o avanço para o Porto fosse feito em três colunas.
Os militares invasores chegaram à zona da Trofa a 23 de Março e, segundo as memórias do general Soult, saíram quatro dias depois, existindo registos de que, a 28 de Março, estavam nos arredores do Porto.
Dois séculos mais tarde, na Trofa, ainda se celebra a data em que um punhado de agricultores armados, como lhes chamava o general Nicolas Soult, impediram o avanço do poderoso exército francês.
A Cache:
Levem algo para escrever.
Atenção para não perderem a mola que esta no fundo do container, pois a saida do logbook depende simplesmente dessa mola.