FORMAÇÃO PRISMÁTICA DE BASALTO O afloramento integra-se num vasto filão-camada basáltico com vários quilómetros de extensão. Acompanha a E a estrutura diapírica de Rio Maior-Porto de Mós. O filão está instalado em níveis siliciclásticos do Jurássico Superior designados na carta geológica como "Grés Superiores com vegetais e dinossauros" (Formação do Bombarral, do Titoniano).
As Formações Prismáticas de Basalto podem ser encontradas na localidade da Portela da Teira. Os prismas estão muito bem definidos e o conjunto é uma autêntica maravilha da natureza. A formação das colunas prismáticas ocorre durante o arrefecimento da lava expelida por um vulcão. Quando a lava arrefece a tensão provocada pela contracção térmica excede a resistência da rocha à tracção, originando a fracturação. A formação de prismas pentagonais ou hexagonais é motivada pela estabilidade destas geometrias em condições de ruptura de uma superfície. O basalto é uma rocha eruptiva, de granulação fina em que os cristais não são vistos à vista desarmada, possui normalmente uma côr escura acentuada. Em Portugal podem-se encontrar formações semelhantes na Ilha de Santa Maria nos Açores e no Penedo de Lexim na região de Lisboa. A disjunção prismática mais conhecida é Calçada dos Gigantes que se encontra na costa nordeste da Irlanda. Infelizmente esta formação prismática é uma fachada pois todo o morro foi esventrado por efeito da acção extractiva de uma pedreira que existe nas traseiras desta formação. Esta actividade delapidou uma zona que poderia ser um importante centro de estudos geológicos e turístico, podendo mesmo colocar em risco a estabilidade das actuais formações prismáticas. Perto deste local havia uma fonte que devido à actividade da pedreira secou e ficou destruída e embora tenha sido substituída por uma nova que se encontra mesmo ao lado o mal já foi feito.O afloramento integra-se num vasto filão-camada basáltico com vários quilómetros de extensão. Acompanha a E a estrutura diapírica de Rio Maior-Porto de Mós. O filão está instalado em níveis siliciclásticos do Jurássico Superior designados na carta geológica como "Grés Superiores com vegetais e dinossauros" (Formação do Bombarral, do Titoniano). A parte mais espectacular, pela bela disjunção prismática que revela, situa-se numa frente abandonada da pedreira, voltada a W.
A disjunção verifica-se em colunas com cerca de 0,5 mde diâmetro por 15 a 20 m de altura, verticais. A cerca de 50 m a Sul, em frente desactivada da pedreira verifica-se a ocorrência de disjunção semelhante mas em colunas com uma disposição subhorizontal. A degradação não esta muito avançada, podendo ser facilmente recuperável, implicando, para tal, a limpeza dos restos dos equipamentos dos trabalhos da pedreira nas proximidades imediatas. O local é privilegiado ainda pela sua orientação a Norte, com vista magnífica para a depressão de Alcobertas, para o flanco oriental da Serra de Candeeiros, sendo visível em grande extensão o espelho da falha da estrutura diapírica de Rio Maior - Porto de Mós. Um aspecto que se salienta quando se observa este afloramento é a presença de prismas de secção aproximadamente hexagonal, aspecto este que é conhecido como disjunção prismática ou colunar. Esta disjunção ocorre quando o arrefecimento da rocha, que leva á sua contracção, induz o arrefecimento de fracturas. Este local foi me dado a conhecer numa visita ao PNSAC, pela Laura "Salprata" e tive o especial prazer de poder contar com a explicaçao in loco pelo Geólogo António José de Menezes Teixeira , aos quais desde já agradeço.