Vila romântica e mística situada entre a serra e o mar, Sintra é Património Mundial, por decisão da UNESCO, exibindo um acervo cultural e natural de invulgar beleza e riqueza. Chamada pelos romanos de Cynthia - e a sua serra, intitulada de Serra da Lua, por nela se prestar culto ao Sol e à Lua -, passou ainda pelas mãos dos mouros até ter sido definitivamente conquistada por D. Afonso Henriques.

Cobiçada por diferentes povos, ao longo dos séculos, e pela elite intelectual portuguesa, nos últimos séculos, exibe não só vestígios de ocupação pré-históricos, como edifícios admiráveis em estreita convivência com uma paisagem feita de verde luxuriante, do lado da serra, e de azul profundo, junto ao mar.
De entre os seus vários Palácios, destacam-se o da Vila, onde é possível vislumbrar reminiscências árabes, nomeadamente os azulejos, os pátios e as fontes, o da Pena, edificado na época do romantismo num dos picos da Serra, o de Seteais, do séc. XVIII, hoje convertido num elegante Hotel, e o de Monserrate, célebre pelos seus belíssimos jardins, que possuem espécies exóticas únicas no país. De resto, não faltam, ao longo de toda a serra, chalets e quintas, alguns dos quais oferecem alojamento nas modalidades de Turismo no Espaço Rural.
Mas nem só de arquitectura e natureza vive esta vila: a sua doçaria faz as delícias dos mais gulosos, nomeadamente os travesseiros e as famosas queijadas, que, segundo consta, já se confeccionavam no séc. XII e faziam parte do rol de pagamentos de foros.
As praias (das Maçãs, Praia Grande, Praia da Adraga), por outro lado, cativam os apreciadores de desportos náuticos e de extensos areais, valendo ainda uma visita demorada, junto à costa, à pitoresca aldeia das Azenhas do Mar, e ao Cabo da Roca, o ponto mais a ocidente do continente europeu.
Desde tempos imemoriais, musa inspiradora de escritores e poetas, Sintra é hoje palco de várias iniciativas, onde a arte se integra e funde com a paisagem. É o caso do Festival de Música de Sintra, a transportar a música clássica para espaços ao ar livre, ou das Noites de Bailado, no cenário dos jardins de Seteais, a par de diversas recriações históricas, exposições de pintura, escultura, artesanato e fotografia, instaladas em recentes espaços culturais.

Lisboa-Sintra a menos de 2 horas Aos 31 de Janeiro de 1870 foi inaugurado em Lisboa o primeiro percurso que ligava o Arco do Cego e o Lumiar. Cerca de três anos mais tarde, aos 2 de Julho de 1873, pelas 9horas, foi inaugurada a linha de Sintra. Para realizar este percurso a locomotiva demorou quase 2 horas: para ser mais preciso 1 hora e 55 minutos. A viagem teve 3 paragens sendo que duas delas foi para se abastecer de água - de lembrar que a locomotiva era a vapor. A abertura ao público foi feita 3 dias depois. A linha de Sintra com 26Km de extensão tinha como estações: Sete Rios, Benfica, Porcalhota (Amadora), Ponte de Carenque, Queluz, Cacém, Rio de Mouro, Ranholas e Sintra. A composição era composta por carruagens de 1ª e 3ª classe cujos preços eram de 550 e 400 reis respectivamente.
Por favor juntamente com o log publiquem uma fotografia da estação e visitem-na pois é linda e antiga!