A História da Freguesia de Nogueira, remonta-nos
ao longínquo, ano de 1195, onde, a Paróquia Santa Maria de Nogueira
aparece mencionada no "Censual do Cabido da da Sé do Porto"; usando
o nome "Santa Maria de Nogueira de Vilar";. Tal designação o
demonstra a importância que o lugar de Vilar terá ocupado, nos
finais do século XII, ao servir de referência Identificadora.
A origem do nome "Nogueira" estará; relacionada com a existência de
um grande numero de nogueiras, ou de um grande exemplar desta
espécie de árvores, que durante séculos existiram por estas
paragens, como chegou a ser referido nas "Inquisições Afonsinas".
Ainda será interessante relembrar como a própria palavra "Nogueira"
sofreu, durante estes longos anos, várias alterações na sua
forma escrita e fonética : "Nocaria", (1258) "Nugaria", "Ngeira",
"Nogueyra".
Orago: Santa Maria. Foi curadoria da apresentação do mestre -
escola de Cedofeita. Passou a abadia. Aproveitou do foral da Maia,
concedido por D. Manuel a 15/12/1519.
Abrigada no sopé do Monte da Senhora da Hora, ou do Calvário,
Nogueira urbanizou-se ao longo da Rua da Igreja, ou do Padre
António Costa. A outra, que a atravessa, vem de Matosinhos e
Barreiros e segue para Ermesinde. Ambas oferecem uma viagem a este
urbanismo harmonioso, na sua grande parte do século XIX.
É a estética das pequenas habitações conjugadas com os
solares, as casas grandes - de que a mais relevante, do século
XVIII, com capela e brasão, se encontra na Rua Padre António Costa
(em frente à Rua de António José de Almeida): é a Casa da Quinta
(consta que nela estiveram alojados os franceses, aquando das
invasões).
No lugar de Barroso, o Largo é o rocio da freguesia que, por ser
cruzamento de rotas e possuir antigas empresas de camionagem, está
associada a (quase) todo o concelho e ao Porto.
A Matriz é, depois da de Moreira, a mais imporatante das terras
maiatas. Imponência criada por um artifício arquitectónico: a
frontaria de um biombo, grandioso e requintado, maior do que o
interior. A nave é mais baixa um pedaço do que a fachada. Na torre
sineira, a data em azulejo (1929) é a da sua reconstrução, pois o
templo é setecentista (e o brasão bispal da fachada seria,
disse-nos o pároco, sinal de visita festejada do bispo do Porto).
No interior, bem conservado, o altar-mor possui talha
extraordinária - toda a talha do templo o é e mantém-se como nova.
Os tectos de caixote são bem pintados. À esquerda do altar,
atenção à imagem da Senhora do Rosário, do século XVIII, e, do lado
direito do arco triunfal, à expressiva Senhora das Dores.
Na Igreja e no jardim lateral festeja-se em Agosto (sem romaria)
Nossa Senhora de Fátima; <<chove sempre>> desabafou um
jovem. (Este ano não choveu, mas dizia a vendedeira, das poucas que
lá foram: "O ano passado ainda vendi uns melões este ano não veio
ninguém.") No século XIX, a maior romaria era a de S. Bartolomeu.
(Álvaro Oliveira, 1985.) Metia teatradas, comédias no adro da
igreja, com mimos dirigidos à assistência. Calaram-se há muito... E
na Quaresma há o Senhor dos Passos, sempre no terceiro Domingo da
Quaresma. A procissão seguia o caminho do Calvário: 1.ª estação dos
Passos é na elegante e setecentista capela na entrada da Rua
António José de Almeida; e há mais cinco até ao alto do Monte.
Nele, está a capela do Senhor dos Passos, de 1869. No interior,
austero, a imagem do padroeiro. Tem à direita uma representação
dolorosa e ingénua da Senhora do Encontro, e à esquerda a Senhora
das Hora com o Menino ao colo. E o S. Miguel Arcanjo, que anda por
aqui a lancear o dragão.
O Monte é miradouro espectacular da Maia, e a visita torna-se, por
isso, obrigatória. Aqui faz-se a romaria de Nogueira à Senhora da
Hora, em Maio (onde também existe uma cache).
Por causa dela chamam a isto o Monte da Senhora da Hora, mas também
é do Calvário. O monte está arranjado e possui uma escadaria de
acesso: à esquerda, na entrada, está a popularmente designada
Capela do Senhor dos Amarrados (imaginativo nome, invocando
cativeiro, dos cativos e perseguidos, dada a uma capela dos
Passos). "È; bonita. Viu as imagens? São de santeiros daí, mas não
sabemos quem eram.>> Diante da capela do Senhor amarrados há
um marco com a legenda "Mercado 1º de Dezembro 1933". "Ó Senhora
Albina, aqui é a feira?". "Era, era às quartas-feiras. Mas já não
se faz há 50 anos. As lavadeiras vinham lá de baixo dos campos,
vender as coisas. Aí meia dúzia, mas o povo não aparecia - também
quem vem ao Calvário fazer compras?- e desistiram. Morreu tudo...".
A nascente, um pequeno burgo e o Monte Penedo, como lá dizem.
A CACHE
A cache está localizada na Zona Industrial, mesmo
no coração de Nogueira da Maia, junto a uma das empresas lá
instaladas
A cache contém um logbook e um lápis, bem como um
objecto para trade.
Este local foi escolhido, pois foi aqui que
começou o nosso interesse pelo Geocaching.
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