# 44 Wtshnn - Maison Morcego
Where the streets have no
name
Where the streets have no name
(Wtshnn), além de ser o tema de uma música dos U2, é também o nome
escolhido para o percurso que se pretende mostrar. Foi elaborado
por três geocachers, Napoleão, DIVA***** e ÉterLusitano. Este é um
percurso circular, não marcado que no fundo é uma espécie de volta
a Santa Cruz da Trapa. Além desta freguesia, passa também em terras
das freguesias limítrofes como Carvalhais, Candal, Manhouce, São
Cristovão de Lafões e Serrazes. Durante este longo e belo passeio,
irão encontrar desde locais míticos, paisagens deslumbrantes a
monumentos e localidades históricas. Este percurso foi projectado
para ser feito de bicicleta todo terreno, mas também poderá ser
feito a pé, ou num misto automóvel e a pé, pois há locais onde o
automóvel não poderá ir. A pé torna-se extenso, mas claro que pode
ser feito por etapas, pois o percurso é para se fazer com calma
para desfrutar cada momento. As caches estão numeradas, sendo assim
mais fácil escolher o caminho a seguir, no entanto, nem só onde
está a cache é que se encontra o sumo, por isso aventurem-se por
essas ruas e caminhos sem nome…
Maison morcego
Típico habitante de cavernas, onde forma
colônias de milhões de indivíduos, o morcego adaptou-se também ao
meio urbano, onde ele encontra tudo de que precisa para viver:
árvores que servem de pouso e fornecem alimento, luzes que atraem
insetos e prédios onde se refugiam.
Os morcegos
(ordem Chiroptera) são os únicos mamíferos capazes de voar,
sendo divididos em morcegos propriamente ditos (subordem
Microchiroptera) e raposas-voadoras (subordem Megachiroptera).
Representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo. São
pelo menos 1.116 espécies , que possuem uma enorme variedade de
formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a
dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer
ambiente (só não ocorrem nos pólos), e uma ampla diversidade de
hábitos alimentares. Os morcegos tem a dieta mais variada entre os
mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar,
pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue. Somente
três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os
chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na
América Latina e no Sul do México. Dessa maneira, morcegos
contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos
ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de
sementes e predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas).
Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar
ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de
alimento e comunicação. A grande maioria dos morcegos possui um
sexto sentido, aliado aos cinco a que nós humanos estamos
acostumados: a ecolocalização, ou seja, orientação por ecos. Este
sentido funciona basicamente da seguinte maneira: O morcego emite
ondas ultra-sônicas (frequência acima de 20 KHz, inaudíveis para
humanos) pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas
ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com
freqüência menor. Esses ecos são percebidos pelo morcego. Com base
no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direções de onde
vieram, e na frequência relativa dos ecos (efeito Doppler), os
morcegos sentem se há obstáculos no caminho, assim como suas
distâncias, formas e velocidades relativas. Isso é especialmente
útil para caçar insetos voadores, por exemplo, mas morcegos com
outras dietas também usam bastante esse
sentido.
Alguns
dos ancestrais dos morcegos - musaranhos e toupeiras (mamíferos da
ordem Insectivora) - já possuíam um sistema de ecolocalização
rudimentar. Supõe-se que os morcegos da subordem Microchiroptera
desenvolveram seu sistema sofisticado como uma novidade evolutiva,
e que as raposas-voadoras da subordem Megachiroptera perderam esse
sistema originalmente, tendo algumas espécies desenvolvido
posteriormente um sistema rudimentar baseado em cliques da língua.
Outros sistemas de ecolocalização evoluíram de forma independente
em golfinhos, baleias, andorinhões e outros
animais.
A ecolocalização também pode
ser chamada de biossonar, pois a partir desse sistema natural foram
desenvolvidos os sonares de navios e os aparelhos de ultra-som. Na
verdade, nenhuma "imitação humana" se compara à qualidade do
sistema natural. Assim, os morcegos contam com um recurso muito
importante para animais que precisam se orientar à noite ou em
ambientes escuros, como as cavernas. A eficiência da ecolocalização
varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito
alimentar insetívoro, ou predadores de insetos em geral, possuem-no
mais desenvolvido. A ecolocalização é importante também para
morcegos que se alimentam de plantas, pois ela os ajuda a encontrar
frutos e flores e reconhecer suas espécies com base no padrão de
ecos que produzem. Alguns morcegos usam a ecolocalização também
para se comunicar com outros indivíduos da mesma espécie; isso é
importante principalmente no reconhecimento entre mães e filhotes.
Já se tem estudado aplicações da ecolocalização na orientação de
pessoas cegas.