Nos
anos 20 do século passado, uma companhia composta por 9 pessoas
sediada na marinha Grande começou a comprar vários terrenos neste
local, a maioria dos terrenos eram de agricultura e os seus
proprietários eram maioritariamente da localidade da Burinhosa. A
propriedade foi toda semeada com pinheiro, dividida em 40 talhões
(cada talhão tem 400m por 800m, os talhões do Pinhal do Rei têm
400m por 900m) e estendia-se desde o facho até pedra do ouro e Água
de Madeiros. No final dos anos 30, a vasta propriedade foi comprada
por Narciso Dias da Silva.
Narciso
Dias da Silva era espanhol e possuía uma vasta fortuna, refugiou-se
em Portugal durante a Guerra civil espanhola, onde comprou a
propriedade pertencente à companhia e construiu uma grande casa
onde habitou até a propriedade ser novamente vendida. O responsável
pela propriedade era o seu genro Carlos que vivia em Água de
Madeiros.
Narciso Dias procedeu ao fabrico de carvão artesanal na sua
propriedade e construiu também uma pequena casa onde o responsável
pelo fabrico do carvão vivia (um pouco mais acima da casa de
Narciso Dias, local conhecido como cova do forno).
No Final dos anos 40, foi obrigado a pagar uma coima ao estado
Português e Espanhol por tráfico de bens alimentares para a
Alemanha. Assim teve de cortar parte dos pinheiros da sua
propriedade. Acabou por vendar a sua propriedade à Família Cardeira
da Moita e foi viver para Lisboa. A propriedade manteve-se com a
família Cardeira até aos finais dos anos 80 e ai foi vendida à
família Raposo Magalhães.
Actualmente a propriedade tem sido vendida aos poucos, para
construção de habitações na Pedra do Ouro. A casa construída por
Narciso encontra-se praticamente em ruínas.


Actualmente encontra-se planeado a construção de um campo de
golf que ocupará grande parte da propriedade
Perto
da casa encontram-se ruínas de mais uma casa do guarda.