
Enquadramento Histórico:
Em Julho de 1855, o então governador civil de Aveiro, Antero Albano
da Silva Pinto, anuncia, em sessão da Junta Geral do Distrito, que
o Engenheiro Director das Obras Públicas, cumprindo as deliberações
da Junta tomadas em sessão ordinária do ano anterior, apresentara
um relatório com os orçamentos, projectos e plantas para a
construção ou reforma de várias pontes no distrito, entre elas a
chamada ponte da Rata. No entanto, só em Agosto de 1864 teve início
a construção da estrada entre Eixo e o local onde viria a ser
construída a ponte da Rata, em Eirol. As obras de construção da
ponte começaram em Maio de 1865 e ambas as obras foram dadas como
concluídas em Outubro de 1866. A ponte da rata, cujas obras
decorreram sob a direcção do engenheiro Silvério Augusto Pereira da
Silva (que, em 1858, também fora encarregado da direcção das obras
da barra de Aveiro), permitiu ligar os lugares de Eirol, na margem
esquerda do rio Águeda, e de Almear, na margem direita. O material
utilizado na construção da ponte da Rata foi o grés vermelho de
Eirol, vulgarmente conhecido como pedra de Eirol.

É curioso notar que, não havendo pedra em Aveiro,
toda a que era utilizada na construção vinha de fora, sendo uma das
proveniências precisamente as pedreiras de Eirol. Não é de admirar,
por isso, que a pedra utilizada na construção da ponte da Rata
fosse essa. Durante o séc. XIX, esta pedra foi comumente utilizada,
a par de outras, na região de Aveiro, quer na construção de
habitações, quer em obras públicas, como as do porto de Aveiro e as
do quartel de Cavalaria 10, em 1885. O grés de Eirol é um arenito,
isto é, uma rocha sedimentar constituída por areias aglutinadas por
um cimento, sendo, por isso, pouco resistente. Essa é,
possivelmente, a principal razão que explica a relativa efemeridade
da ponte da Rata: pouco mais de 130 anos.
Actualmente resta apenas um pilar da antiga ponte, tudo o resto foi
retirado

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trocas. de objectos
Agradecimento especial ao Sr. Jorge Cunha pelos dados partilhados e
algumas fotos.