A História da Freguesia de Nogueira, remonta-nos ao longínquo, ano de 1195, onde, a Paróquia Santa Maria de Nogueira aparece mencionada no 'Censual do Cabido da da Sé do Porto'; usando o nome 'Santa Maria de Nogueira de Vilar';.
Tal designação o demonstra a importância que o lugar de Vilar terá ocupado, nos finais do século XII, ao servir de referência Identificadora. A origem do nome 'Nogueira' estará; relacionada com a existência de um grande numero de nogueiras, ou de um grande exemplar desta espécie de árvores, que durante séculos existiram por estas paragens, como chegou a ser referido nas 'Inquisições Afonsinas'.
Ainda será interessante relembrar como a própria palavra 'Nogueira' sofreu, durante estes longos anos, várias alterações na sua forma escrita e fonética : 'Nocaria', (1258) 'Nugaria', 'Ngeira', 'Nogueyra'. Abrigada no sopé do Monte da Senhora da Hora, ou do Calvário, Nogueira urbanizou-se ao longo da Rua da Igreja, ou do Padre António Costa.
É a estética das pequenas habitações conjugadas com os solares, as casas grandes - de que a mais relevante, do século XVIII, com capela e brasão, se encontra na Rua Padre António Costa (em frente à Rua de António José de Almeida): é a Casa da Quinta (consta que nela estiveram alojados os franceses, aquando das invasões).
No lugar de Barroso, o Largo é o rocio da freguesia que, por ser cruzamento de rotas e possuir antigas empresas de camionagem, está associada a (quase) todo o concelho e ao Porto.
A Matriz é, depois da de Moreira, a mais imporatante das terras maiatas. Imponência criada por um artifício arquitectónico: a frontaria de um biombo, grandioso e requintado, maior do que o interior. A nave é mais baixa um pedaço do que a fachada. Na torre sineira, a data em azulejo (1929) é a da sua reconstrução, pois o templo é setecentista (e o brasão bispal da fachada seria, disse-nos o pároco, sinal de visita festejada do bispo do Porto). No interior, bem conservado, o altar-mor possui talha extraordinária - toda a talha do templo o é e mantém-se como nova. Os tectos de caixote são bem pintados. À esquerda do altar, atenção à imagem da Senhora do Rosário, do século XVIII, e, do lado direito do arco triunfal, à expressiva Senhora das Dores.
Na Igreja e no jardim lateral festeja-se em Agosto (sem romaria) Nossa Senhora de Fátima; > desabafou um jovem. (Este ano não choveu, mas dizia a vendedeira, das poucas que lá foram: 'O ano passado ainda vendi uns melões este ano não veio ninguém.')
No século XIX, a maior romaria era a de S. Bartolomeu. (Álvaro Oliveira, 1985.) Metia teatradas, comédias no adro da igreja, com mimos dirigidos à assistência. Calaram-se há muito... E na Quaresma há o Senhor dos Passos, sempre no terceiro Domingo da Quaresma. A procissão seguia o caminho do Calvário: 1.ª estação dos Passos é na elegante e setecentista capela na entrada da Rua António José de Almeida; e há mais cinco até ao alto do Monte. Nele, está a capela do Senhor dos Passos, de 1869.
No interior, austero, a imagem do padroeiro. Tem à direita uma representação dolorosa e ingénua da Senhora do Encontro, e à esquerda a Senhora das Hora com o Menino ao colo. E o S. Miguel Arcanjo, que anda por aqui a lancear o dragão. Fonte: http://www.freguesias.pt/portal/index.php?cod=130610
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