
Esta geocache convida-vos a descobrir a encantadora Cacela Velha, uma terra repleta de história e inspiração.
Ao percorrer este belo povoado, terão a oportunidade de apreciar a sua riqueza, mas para verdadeiramente conhecer Cacela Velha, é essencial prestar atenção a cada detalhe.
Não se preocupem, pois não estarão sozinhos nesta jornada! Ilustres poetas acompanhar-vos-ão, guiando-vos na desafiante missão de recolher as pistas necessárias para alcançar a cache final.
A aventura começa no parque de estacionamento. Nas coordenadas indicadas, devem deixar o carro (embora, no verão, possa ser um desafio encontrar lugar). A partir daqui, mergulhem neste fascinante mundo de histórias, poetas e poemas…
Estão prontos para a viagem? Então desliguem o GPS, sigam as instruções e observem atentamente tudo o que vos rodeia.
Bom passeio!
A aventura
Cacela Velha é uma aldeia pitoresca situada no concelho de Vila Real de Santo António, no Algarve. Com uma localização privilegiada sobre uma falésia, oferece uma vista deslumbrante sobre a Ria Formosa e o oceano Atlântico.
A arquitetura desta pequena localidade mantém um forte caráter tradicional algarvio, refletindo influências árabes e mediterrânicas. As casas apresentam um traçado simples e harmonioso, com paredes caiadas de branco que brilham sob o sol intenso do sul de Portugal.
As construções são tipicamente térreas ou de um único piso, com fachadas brancas que contrastam com o azul do céu e do mar. A cal, usada há séculos, não só confere esse tom luminoso às casas, mas também ajuda a regular a temperatura no interior, mantendo o ambiente fresco nos dias quentes de verão.
Muitas casas ostentam portas e janelas coloridas, geralmente em tons de azul, verde ou amarelo, um detalhe tradicional algarvio que acrescenta vivacidade à paisagem. O uso da cal e dos tons claros também reflete uma herança mourisca, pois era uma prática comum nas regiões de influência islâmica.
Cacela Velha é um verdadeiro postal do Algarve tradicional, onde a arquitetura e a paisagem natural se fundem numa harmonia única. Perfeita para passeios tranquilos, é um local onde o tempo parece abrandar e onde a beleza simples das casas brancas conta histórias de séculos de tradição.
Nas fachadas caiadas de branco que brilham ao sol, que outra cor se destaca na paisagem de Cacela Velha? = A
1 = Amarelo
2 = Verde
3 = Azul
Embora seja proibido, nesta terra nada é exatamente o que parece. Sigam sem receios, pois os caminhos de Cacela Velha são feitos de silêncios que contam histórias e de sombras que guardam segredos. A primeira a receber-vos é uma guardiã das palavras, senhora desta rua e de tantas outras onde o mar sussurra versos ao vento.
Chama-se Sophia, e foi ela quem desenhou o infinito em palavras, quem fez do mar um espelho da alma e do tempo um rumor eterno. Dois anos ficaram gravados no mural, como pegadas no areal de um tempo que já passou.
Qual o ano mais antigo assinalado no mural? = B
O caminho segue sempre em frente, às vezes para os lados, mas nunca para trás. Como a própria poesia, que avança sem pressa, moldando o tempo a seu favor. Subam as escadas e deixem-se guiar pelo eco de um nome antigo, Abû Al-Abdari, poeta de outras eras, que fez da palavra um refúgio e da melancolia uma canção.
Na sua poesia, a Andaluzia e o tempo misturam-se, como o céu e o oceano ao cair da tarde. Entre metáforas refinadas e versos que deslizam como a água das fontes mouriscas, este poeta deixou-nos memórias de um mundo perdido, onde a beleza e a saudade caminham lado a lado.
Qual o século assinalado no mural? = C
ATENÇÃO – Substituir a numeração romana por numeração árabe).
Sigam pela Rua de Teresa Rita Lopes, onde a memória e a escrita se entrelaçam. O seu nome ergue-se discreto, mas firme, como as palavras que deixou ao mundo. E ali, junto ao nome, uma data repousa, como se esperasse para ser descoberta.
Teresa Rita Lopes soube traduzir o íntimo em versos, transformando emoções em matéria palpável. A sua poesia tem o peso das marés e a leveza do vento que atravessa Cacela Velha ao entardecer.
Qual o ano assinalado no mural? = D
Eis que vos aproximais da sentinela da vila, a imponente fortaleza de Cacela Velha, guardiã de um tempo de escudos e espadas, de vigílias e tempestades. A sua pedra, marcada pela história, conta de batalhas e de dias em que o horizonte era um aviso, não uma promessa.
Aqui, onde o olhar se perde entre o azul do céu e o reflexo dourado das areias, onde o sol adormece no oceano como um poeta a fechar um livro, uma inscrição espera por vós.
Qual a data que aparece no final da inscrição? = E
O Largo de Ibn Darradj al-Qastalli respira poesia. Este poeta da Al-Andalus capturou a nostalgia do tempo, a efemeridade da existência e a melodia do vento que sopra entre os montes e as dunas.
Qual a sua estação de eleição? = F
1 = Verão
2 = Outono
3 = Inverno
4 = Primavera
Antes de contemplar a belíssima ria Formosa, terão de atravessar uma pequena floresta. Entre as folhas e as sombras, a natureza sussurra segredos aos viajantes atentos.
Ao todo, quantas folhas têm estas árvores? = G
Por fim, chegamos à igreja. Um lugar de oração e tranquilidade, que, mesmo estando perto do mar, faz-nos sentir como se ele estivesse bem aqui, ao nosso lado. Observem atentamente esta igreja e digam-me:
A Igreja de Nossa Senhora da Assunção ergue-se com serenidade, um refúgio de paz diante da vastidão azul. As suas pedras guardam ecos de fé, preces murmuradas ao longo dos séculos, e as sombras que nela repousam contam histórias que só os olhos atentos saberão escutar.
Qual o número de cruzes na fachada? = H
O último poeta aproxima-se. Mas, embora seja o último, não será de certeza o pior nem o melhor, pois entre poemas, todos são iguais e todos são especiais. Eugénio de Andrade está prestes a proporcionar uma ajuda muito importante. Se prestarem atenção, um dos seus poemas ficará para sempre.
Eugénio de Andrade escreveu com a pureza das fontes e a intensidade dos ventos que beijam a terra. A sua poesia é um cântico de amor e de silêncio, um lugar onde as palavras se desnudam até à sua essência.
Qual o ano mais antigo assinalado no mural? = I
Este largo, sob o manto da história, conserva o nome de Ibn Darradj al-Qastalli, que nas suas palavras encontrou o perfume do vento e o silêncio do mar. Na sua poesia, o amor tornava-se eterno, mesmo nas margens do efémero. O que ele nos deixou não é apenas poesia, mas uma melodia suave, que se ouve nas sombras do passado e no murmúrio das águas que tocam a terra.
Agora, é o vosso turno. Aqui, onde o nome de um poeta ecoa, escutem as palavras que o vento trouxe das suas estâncias de Córdova. A alma de Ibn Darradj al-Qastalli não se apaga, pois na sua poesia, como nas estrelas que adornam o céu, o tempo é apenas um suspiro.
Qual o ano de colocação desta placa comemorativa? = J
Cada vez mais próximos do desfecho desta aventura, chegam ao coração desta povoação, onde a história e a vida se entrelaçam. Com todos os dados reunidos, resta apenas um derradeiro passo para alcançarem o tesouro de Cacela. Estarão à altura deste desafio final para conquistarem a glória??
AGORA É SÓ FAZER AS CONTAS PARA ENCONTRAR A CACHE
Para encontrar a cache:
Antes de iniciarem as contas, devem ficar só com um número por ponto. Deste modo, devem somar todos os números do respectivo ponto até ficarem só com um número.
Exemplo:
- Se o número for 3558:
- Soma: 3 + 5 + 5 + 8 = 21
- Soma dos dígitos de 21: 2 + 1 = 3
Este procedimento é feito para cada ponto das coordenadas que a cache exige.
A soma de todos os pontos é 32.
Para obterem as coordenadas finais, devem aceder ao link abaixo e inserir os valores obtidos na seguinte ordem (Ordem Alfabética), sem espaços:
ABCDEFGHIJ
Podes validar a solução do puzzle com
certitude
Para encontrarem a cache, desçam as escadas e sigam na direção da ria. Daqui, terão vistas magníficas sobre Cacela Velha, talvez as mais deslumbrantes desta pitoresca povoação. Mas lembrem-se: como na vida, nem sempre o caminho mais direto é o melhor para chegar ao destino certo.