Paços do Concelho
Após a inauguração da via ferroviária
Lisboa-Sintra, em 1889, Sintra sofreu importantes alterações no seu
tecido urbano.
Porém, a impossibilidade da própria Vila vir a ganhar mais terreno
à Serra, conduziu felizmente à edificação de um novo bairro,
relativamente afastado e denominado da Estefânia, em homenagem à
Rainha D. Estefânia de Hohenzollern, mulher de D. Pedro V.

Assistiu-se, portanto, à deslocação do centro económico-social, o
que obrigou também à transferência das principais entidades
administrativas que permaneciam instaladas num edifício do século
XVIII, próximo do Paço Real.
Para a construção da nova Câmara optou-se por um lugar acessível,
quer para a dita Vila Velha, quer para o burgo da Estefânia. Por
isso, os modernos Paços do Concelho foram edificados entre ambos os
bairros, no local onde, até então, se erguia a antiga ermida de São
Sebastião.

A construção do novo edifício dos Paços do Concelho, iniciada em
1906, segundo projecto de Adães Bermudes, foi concluída em 1909. O
edifício apresenta fachadas austeras, com janelas neo-Manuelinas
sobriamente decoradas. No alçado principal destaca-se, pela sua
imponência, uma torre superiormente rematada por ameias, e por uma
cobertura piramidal revestida com azulejos, os quais representam
alternadamente a Cruz de Cristo e o Escudo Pátrio. No topo, surge,
magestosa, a esfera armilar. Ladeiam esta curiosa cobertura quatro
outras de menores dimensões, coroando “guaritas” que
lhe formam os cantos. Nesse mesmo alçado, sobressai um balcão,
pleno de arcos de feição manuelina, e encimado por um frontão em
que se inscrevem as armas municipais.
No interior abre-se um magnífico claustro, cujos varandins do piso
superior apresentam rica ornamentação neo-Manuelina e
Renascentista.
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