Algés é uma terra situada à beira rio que era famosa pela sua praia, agora quase exígua. Ainda ouvi histórias de pessoas, tanto de família como outras, que ir para as praias de Belém e Algés era uma festa. Ainda havia Golfinhos no TEJO... depois veio um meteorito e matou os dinaussaros... Just Kiding... não foi assim há tanto tempo, foi só à 50 ou 60 anos atrás. Depois, bom depois os seres humanos, resolveram que a água era um excelente depósito para esconder os seus lixos, e o Tejo belo que era, começou a fica sujo e porco, e os Golfinhos (e bem) fizeram as malas e foram-se embora. Um baque na consciência dos humanos, fez com que tratassem as águas, mas a poluição ainda é tanta que vai levar alguns anos a voltar o que era. Os Golfinhos, essa sociedade avançada, estão a voltar ao Tejo, nada nos diz que não são os cientistas Golfinhos, a vir experimentar as águas, a ver se podem voltar, ou então se calhar são os "David Attembourgh" dos Golfinhos, e estão a fazer uma espécie de "Vida Selvagem" (em que os selvagens somos nós),e veêm aqui visitar-nos.
MAS É DA HISTÓRIA DE ALGÉS QUE FALAMOS... Para quem não conhece aqui fica um resumo da história desta localidade:
SÚMULA HISTÓRICA DE ALGÉS
Algés, como muitas toponímias portuguesas, é um nome de origem árabe, derivando da palavra
"algeis". Com mais de oito séculos no vocabulário luso, foi D. Afonso Henriques quem usou primeiro o seu actual nome ao fazer constar, nos documentos do novo reino de Portugal, a expressão Reguengo de Algés para identificar a parte que vai de Alcântara ao Jamor. A primeira sede de freguesia a que pertenceu Algés foi a de Nossa Senhora dos Mártires (ao Chiado), igreja nessa época situada fora das muralhas e a segunda, depois da Sé, freguesia cristã.

Muitos anos depois a freguesia mudou a sua sede para a Ermida de Santa Catarina, erguida no alto de Ribamar, e mais tarde, no século XVI, para São Romão, em Carnaxide. Ainda no século XVI, mais ou menos por volta do ano de 1559, inicia-se o desenvolvimento do litoral doreguengo para o que muito contribuiu a doação dos terrenos, pelo fidalgo D. Francisco de Gusmão, aos Frades Arrábicos (Franciscanos da Serra da Arrábida) que não só desenvolveram a agricultura, as vias de comunicação e a vida religiosa, como ergueram, entre outros, o Convento de S. José de Ribamar.

No ano de 1605 segundo inscrição em latim que ostenta, foi erguido algures na zona de Algés um Cruzeiro de mármore, por ventura com o objectivo de servir de marco às embarcações para ficarem de quarentena como medida de protecção a Lisboa contra a peste trazida de outros locais. Deslocado do seu primitivo lugar, conforme outra inscrição ("Mudou-se em 1727"), este Cruzeiro encontra-se hoje colocado junto ao Palácio de Ribamar e constitui uma das principais referências históricas de Algés, tendo sido, mesmo, incluído no Brazão da Freguesia.

Em 1728 numa propriedade, que descia a encosta de Ribamar, mandou o Conde de Vimioso construir o Palácio de Ribamar para residência familiar e centro de uma pequena Corte. Foi ainda neste período áureo que um devoto, Luís Tomé, mandou construir em meados do séc. XVIII, em Algés de Cima, a Capela de Nª Srª do Cabo, que ainda hoje existe, constituída por uma só nave, com coro e onde se destaca o altar com a imagem de Nª Srª do Cabo.

Contudo, por volta do século XVIII e princípios do século XIX todo este belo cenário se degradou devido ao desvio das águas e ao confisco dos bens das ordens religiosas em proveito da fazenda pública o que motivou a saída dos frades tendo o Convento e as suas terras sido vendidas em 1837. Depois de diversos proprietários, o Conde de Cabral, em 1872, comprou tudo o que restava e fez a muralha e a bela construção dum palacete de airosas linhas, que ficou a chamar-se o Palácio Foz, que ainda hoje se pode contemplar na dianteira da encosta de Ribamar.

No fim do século XIX foi edificado por Policarpo Anjos, para sua residência particular, nuns terrenos comprados aos senhores Condes de Cabral o Palácio Anjos, recentemente objecto de obras de reabilitação, manteve o seu carácter histórico, tornando-se num novo espaço de cultura, tendo dado lugar ao Centro de Arte Manuel de Brito, materializada na sua colecção particular, prevendo-se ainda desenvolver exposições temporárias e a promoção de actividades de natureza transdisciplinar no contexto artístico contemporâneo.

Veio depois a linha do caminho de ferro (1889) e a do eléctrico (1901) e Algés passou a crescer rapidamente deixando de ser uma aldeia saloia para se tomar num arrabalde em franco crescimento. No entanto, só em 1991 Algés é elevada a Vila e em 1993 a Freguesia do concelho de Oeiras, sendo hoje, como diz Levy N. Gomes, no seu livro "Algés ao longo dos tempos", "...uma das Vilas do Município que reúne melhores condições para se afirmar, cada vez mais, num dos pólos de desenvolvimento do Concelho...". Algumas das artérias de ALGÉS vistas por
Pedro Martinho