Chafariz da Praça da
República
Actual:
O Chafariz da Praça da República
localiza-se em Santa Maria Maior (Viana do Castelo), Portugal.
Chafariz renascentista, o último de uma série de três projectos
monumentais realizados pelo canteiro portuense João Lopes, o Velho
no Minho e na Galiza. Situa-se na parte oriental da Praça da
Rainha, actual Praça da República, em frente aos antigos Paços de
Concelho de Viana do Castelo. Teria substituído uma fonte mais
antiga em que teriam participado os canteiros Fernão Anes (1512);
João Gonçalves (1523).
Segundo Actas da Câmara de 1553, a
administração municipal decidiu chamar o canteiro portuense João
Lopes o Velho para avaliar a viabilidade de um projecto similar ao
que fora concluído nesse ano em Caminha, pagando-lhe a viagem do
Porto a Viana. Posteriormente, vários impostos locais foram
aplicados para financiamento da obra.
"... A 12 Julho de 1553, em acta de reunião
da Câmara, (os vereadores) acordaram chamar o pedreiro João Lopes,
"por ser o melhor oficial que agora há nesta terra e experimentado
por ter feito outros muitos chafarizes e por saber trazer as águas
de onde é necessário; acordaram que fizesse um chafariz novo como
fez o de Caminha, "e melhor se melhor se puder fazer", tirasse
todos os canos rotos e quebrados até à "arca" existente no Campo de
Valverde... A Câmara pede ao Rei autorização para "fintar", ou
seja, para lançar contribuições municipais, visto as rendas do
concelho não serem suficientes; gastar-se-ia então o dinheiro que
as principais pessoas e povo da vila dessem por sua vontade, e o
que faltasse seria pago pelo concelho..."
O chafariz foi iniciado em fins de 1553, e
provavelmente concluído em 1555. Mas a falta de verbas, levou ao
arrastamento das obras, ao não cumprimento do contrato com João
Lopes e à falta de materiais. É provável que João Lopes, Filho,
filho do canteiro contratado, tenha colaborado na parte final do
projecto. O chafariz em si teria sido construído num ou dois anos,
talvez devido à experiência de João Lopes neste tipo de construção.
As obras prolongaram-se pelo resto da década de 1550s devido a
problemas, tanto técnicos como jurídicos, na colecta e no
encanamento de águas.
Em Agosto de 1559, devido à falta de meios
da Câmara, esta decide tomar e vender roupa (colchas e bandeiras)
do concelho para se pagar a dita obra do chafariz e outras
necessidades.
Chafariz de grande riqueza decorativa,
constituindo quase uma cópia do de Caminha, do mesmo pedreiro, e
que serviu de modelo de construção conforme o contrato; a data da
conclusão está mencionada num friso da base, quase ilegível. As
semelhanças são notórias, até no gradeamento protector que
desapareceu no início do séc. XX no chafariz de Viana, mas que o de
Caminha ainda conserva. Juntamente com aquele chafariz e o de
Pontevedra, constitui um dos trabalhos mais representativos da
carreira de João Lopes, sendo os três de maiores dimensões, com
claro carácter urbanístico e sentido iconográfico
Antigamente:
A CACHE NÃO ESTA DENTRO DE ÁGUA
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